TEASER
FADE IN:
CENA 01 - EXT. CAMPO DE BATALHA - NOITE
Há uma enorme batalha entre Gregos e Romanos. Por entre os soldados de ambas as partes, está Kelyna. Ela corre com uma velocidade imensa, de cabeça baixa, para evitar ser atingida.
Os guerreiros mal parecem notar a sua presença. Passa por cima de corpos mortos, alguns mutilados --
Tropeça em algo, caindo no chão. Quando levanta o olhar, vê UMA CABEÇA. Os olhos ainda abertos, de terror, de dor... Kelyna fica a tremer, e levanta-se rapidamente.
KELYNA (sem fôlego): Não posso... (respira) Não posso parar.
Continua a correr, passos rápidos, de cabeça baixa. Ouvimos o som de uma espada a cortar carne. Um grito de dor. Um braço cai mesmo em frente a Kelyna. Esta desvia-se, após perceber o que é.
A câmara mostra um grande monte, coberto principalmente de terra. Kelyna olha para o monte, confiante. É seguro estar ali.
Recomeça a corrida frenética até que --
Chega ao topo do monte. Consegue ver, a uma pequena distância, uma aldeia com todas as luzes completamente apagadas.
Sabe que a terceira peça deve estar ali perto. Desce o monte, e quando está de volta ao campo de batalha, aumenta a velocidade dos seus pés.
Um guarda romano espeta a espada num soldado grego, e assim que este jaz morto, retira-a. Olha para o lado, onde repara em Kelyna. Diz umas palavras em latim, quase como se a chamar por ela, e começa a correr em sua direção.
Kelyna corre, cada vez mais rápido. Está perto do seu objetivo. Até que o guarda romano surge e lhe dá um golpe com o pulso. Ela desmaia.
CENA 02 - EXT. ALDEIA GREGA - NOITE
Na aldeia para onde Kelyna se dirigia está Kantrix. Ele também procura pela Terceira Peça. Nas suas mãos tem uma lanterna, que ilumina as ruas da pequena aldeia.
Ele caminha, atento. Olha para todos os lados, sempre à espera que alguém o ataque. Aponta a lanterna para os cantos escuros, com expectativa de ver alguma coisa que o ajude.
Vê uma pequena caixa, escondida num desses becos. Esta caixa chama atenção pois brilha. Fica com alguma esperança. Caminha lentamente até ela, mas um homem Romano agarra-o.
Kantrix assusta-se e morde-lhe a mão, deixando o Romano em sofrimento. Foge para longe, e o agressor persegue-o.
Kantrix olha para trás, para verificar que ainda está a ser seguido. O Romano continua a rastreá-lo, com espada em punho. Kantrix vira à esquerda, numa pequena rua. Passa por cima de umas caixas de madeira, e usa-as para se defender da espada que passou mesmo perto da sua cabeça -- o Romano atirou-a.
Assim que a espada bate no chão, a cerca de 10 metros de Kantrix, este levanta-se e pega nela, recomeçando a perseguição.
CENA 03 - INT. CAVERNA - CONTINUAÇÃO
Kantrix entra numa caverna. Logo atrás vem o Romano, que lhe atira pedras, numa tentativa pouco sucessiva de ver Kantrix parar.
Do POV de Kantrix, vemos que a gruta não tem saída. O Romano aproxima-se de Kantrix. Diz-lhe alguma coisa em latim, que o nosso protagonista não percebe.
Kantrix tem medo. O Romano quase o ataca com um soco, mas Kantrix pontapeia-o com tal força que o Romano bate com as costas nas paredes de pedra.
Apesar de parecer um pouco tonto, o Romano continua a tentar atacar Kantrix. Levanta-se o mais rapidamente possível, e volta a socá-lo. Kantrix desvia-se, e o Romano vai parar à beira de uma ravina.
O nosso herói aproveita para espetar a espada nas costas do seu inimigo -- uma CARA DE DOR INTENSA -- e empurra-o ravina abaixo com o pé. O Romano não grita, apenas deixa o corpo cair.
Kantrix fica assustado com o acontecimento -- está sem fôlego. Porém, acaba por ficar aliviado. Aproxima-se do local exato onde o Romano caiu. No fundo, está o corpo morto. Kantrix respira fundo.
CENA 01 - EXT. CAMPO DE BATALHA - NOITE
Há uma enorme batalha entre Gregos e Romanos. Por entre os soldados de ambas as partes, está Kelyna. Ela corre com uma velocidade imensa, de cabeça baixa, para evitar ser atingida.
Os guerreiros mal parecem notar a sua presença. Passa por cima de corpos mortos, alguns mutilados --
Tropeça em algo, caindo no chão. Quando levanta o olhar, vê UMA CABEÇA. Os olhos ainda abertos, de terror, de dor... Kelyna fica a tremer, e levanta-se rapidamente.
KELYNA (sem fôlego): Não posso... (respira) Não posso parar.
Continua a correr, passos rápidos, de cabeça baixa. Ouvimos o som de uma espada a cortar carne. Um grito de dor. Um braço cai mesmo em frente a Kelyna. Esta desvia-se, após perceber o que é.
A câmara mostra um grande monte, coberto principalmente de terra. Kelyna olha para o monte, confiante. É seguro estar ali.
Recomeça a corrida frenética até que --
Chega ao topo do monte. Consegue ver, a uma pequena distância, uma aldeia com todas as luzes completamente apagadas.
Sabe que a terceira peça deve estar ali perto. Desce o monte, e quando está de volta ao campo de batalha, aumenta a velocidade dos seus pés.
Um guarda romano espeta a espada num soldado grego, e assim que este jaz morto, retira-a. Olha para o lado, onde repara em Kelyna. Diz umas palavras em latim, quase como se a chamar por ela, e começa a correr em sua direção.
Kelyna corre, cada vez mais rápido. Está perto do seu objetivo. Até que o guarda romano surge e lhe dá um golpe com o pulso. Ela desmaia.
CENA 02 - EXT. ALDEIA GREGA - NOITE
Na aldeia para onde Kelyna se dirigia está Kantrix. Ele também procura pela Terceira Peça. Nas suas mãos tem uma lanterna, que ilumina as ruas da pequena aldeia.
Ele caminha, atento. Olha para todos os lados, sempre à espera que alguém o ataque. Aponta a lanterna para os cantos escuros, com expectativa de ver alguma coisa que o ajude.
Vê uma pequena caixa, escondida num desses becos. Esta caixa chama atenção pois brilha. Fica com alguma esperança. Caminha lentamente até ela, mas um homem Romano agarra-o.
Kantrix assusta-se e morde-lhe a mão, deixando o Romano em sofrimento. Foge para longe, e o agressor persegue-o.
Kantrix olha para trás, para verificar que ainda está a ser seguido. O Romano continua a rastreá-lo, com espada em punho. Kantrix vira à esquerda, numa pequena rua. Passa por cima de umas caixas de madeira, e usa-as para se defender da espada que passou mesmo perto da sua cabeça -- o Romano atirou-a.
Assim que a espada bate no chão, a cerca de 10 metros de Kantrix, este levanta-se e pega nela, recomeçando a perseguição.
CENA 03 - INT. CAVERNA - CONTINUAÇÃO
Kantrix entra numa caverna. Logo atrás vem o Romano, que lhe atira pedras, numa tentativa pouco sucessiva de ver Kantrix parar.
Do POV de Kantrix, vemos que a gruta não tem saída. O Romano aproxima-se de Kantrix. Diz-lhe alguma coisa em latim, que o nosso protagonista não percebe.
Kantrix tem medo. O Romano quase o ataca com um soco, mas Kantrix pontapeia-o com tal força que o Romano bate com as costas nas paredes de pedra.
Apesar de parecer um pouco tonto, o Romano continua a tentar atacar Kantrix. Levanta-se o mais rapidamente possível, e volta a socá-lo. Kantrix desvia-se, e o Romano vai parar à beira de uma ravina.
O nosso herói aproveita para espetar a espada nas costas do seu inimigo -- uma CARA DE DOR INTENSA -- e empurra-o ravina abaixo com o pé. O Romano não grita, apenas deixa o corpo cair.
Kantrix fica assustado com o acontecimento -- está sem fôlego. Porém, acaba por ficar aliviado. Aproxima-se do local exato onde o Romano caiu. No fundo, está o corpo morto. Kantrix respira fundo.
FIM DO TEASER
1x03 -
ARMADILHA
ATO UM
CENA 04 - INT. BASE "FIND
K." - AMANHECER
Ford está sentado num banco do laboratório. As lágrimas fazem brilhar os seus olhos.
Relembra o seu filho, a olhar para um monitor holográfico. Vê as gravações da festa do 5º aniversário de Kantrix. Está em volta de um bolo, a olhar para a câmara.
FORD (V.O.): Muito bem, Kannie. Agora pede três desejos.
KANTRIX CRIANÇA: Só três, pai?
FORD (V.O.): Só três. Vá, pede.
KANTRIX CRIANÇA: Eu quero... (pausa) Quero a coleção completa do Batman. Ele é tão divertido!
HERMAINIE (V.O.): Ó filho, não podes revelar os desejos!
Todos se riem na gravação, e isso desperta um pequeno sorriso em Ford.
FORD: Vá, pede outro.
KANTRIX CRIANÇA (aborrecido): Está bem. (pausa) Já está. Não posso dizer, pois não?
FORD (V.O.): Claro que não.
KANTRIX CRIANÇA: Mas eu vou dizer, porque já tenho esse desejo.
HERMAINIE (V.O.): A sério?
FORD (V.O.): Ah, isso é bom.
KANTRIX CRIANÇA: Eu pedi os melhores pais do mundo, mas já os tenho.
A gravação para. Ford continua a chorar, e toca no rosto do filho.
Uma porta abre-se e entra Hermainie. Ela coloca um saco com armas no chão e aproxima-se de Ford.
HERMAINIE: Está tudo bem?
Percebe o que se passa. Senta-se ao seu lado, e põe a sua mão no ombro do marido. Este olha para ela, sem conter os sentimentos.
FORD (triste): Não. Não está tudo bem.
Hermainie fica em silêncio.
HERMAINIE (pausa): Eu sei que não está.
FORD: E sabes porquê? Porque o nosso filho está literalmente com a vida em jogo. E não posso fazer nada. Eu vi a situação em que ele está, as maldades que ele viveu e sentiu. (pausa) Isso não é justo. Não para uma criança que foi tirada pelos pais, só porque uns filhos da mãe quaisquer querem ganhar dinheiro a procurar por coisas que provavelmente nem existem! (pausa, lágrimas) E eu estou aqui. Estou aqui, parado, a pensar que neste momento o meu filho pode estar morto porque não fui capaz de matar uma cabra que se acha superior ao resto da humanidade!
Hermainie tenta impedir Ford de continuar, colocando o seu dedo indicador nos lábios do marido.
HERMAINIE: Ei, calma Ford. A culpa não foi tua. A culpa não é de mais ninguém, a não ser da Wanda. (pausa) Não pode pensar assim. Você tem toda a razão, mas pensar que foi incapaz de salvá-lo... (pausa) Isso é insano. Nós não podemos fazer nada. As coisas são como são. A TECH era mais forte do que nós há dez anos atrás. Mas já não é. E sabe porquê? Porque nós sentimos algo que eles jamais serão capazes de sentir. Chama-se amor. O amor que sentes pelo Kantrix, que nós sentimos, será mais forte que qualquer bala disparada por aqueles homens. É nisso que te você tem que focar. Que seja qual for a situação em que o nosso filho se encontre, ele terá sempre o amor dos pais a protegê-lo.
Ford absorve as palavras. Agarra na mão de Hermainie, e beija-a. Os dois abraçam-se.
FORD: Ele está tão crescido...
HERMAINIE: Continua parecido contigo?
FORD (sorrindo): Não.
Afastam-se um do outro, e ficam olhos nos olhos.
FORD: Ele é tão bonito quanto a mãe.
Hermainie sorri, emocionada.
HERMAINIE: Eu sabia que ele acabaria por ficar parecido comigo.
Uma pausa, e ambos sorriem.
CENA 05 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - AMANHECER
Wanda está olhando para umas folhas, séria -- é um relatório do que se passou na noite da fuga de Ford.
Num dos papéis, está a fotografia de Ford, retirada de uma das câmaras de vigilância. A fúria que Wanda sente é visível através do olhar que lança à fotografia.
Com um plano em mente, liga o seu computador hiper moderno. Clica em BASE DE DADOS CIVIL. Surge uma tela de carregamento, e quando atinge os 100%, a tela fica vermelha e azul.
PROBLEMAS INTERNOS NOS SERVIDORES IMPEDEM O ACESSO À B.D.C. POR FAVOR, TENTE MAIS TARDE
Wanda está furiosa, pois sabe que é culpa sua. Se não tivesse criado um Tigre Gigante para eliminar Kantrix, nada disto teria acontecido. E ainda por cima, uma eliminação sem sucesso.
CENA 06 - EXT. CAVERNA - NOITE
Kantrix sai da caverna, correndo em direção à aldeia, agora completamente em chamas.
Kantrix para, e repara que existem vários Romanos a rondar a área. Respira fundo e volta a correr.
CENA 07 - EXT. FLORESTA - NOITE
Furtivamente, caminha por entre a floresta. Esconde-se entre os arbustos e as árvores, olhando para todo o lado, com medo de ver algum soldado romano ou grego.
A certa altura, encontra um grupo de soldados. Ele para. Quando percebe que eles não notaram a sua presença, foge. Mas a fuga desencadeia um enorme barulho, o que chama a atenção dos soldados.
Kantrix corre, aninhado. O seu treino intensivo faz com que ele seja tão rápido como uma chita.
Algum tempo depois, Kantrix chega a um caminho em terra. A alguns metros está a aldeia. Para alguns segundos para ganhar fôlego, e recomeça a corrida frenética.
CENA 08 - EXT. ALDEIA GREGA - CONTINUAÇÃO
Quando chega à aldeia, sobe para o telhado de uma pequena casa. Olhando para o cenário assustador, Kantrix acelera o passo.
No chão, Romanos invadem as casas de famílias Gregas - ouvem-se espadas a rasgar a pele de pessoas, vê-se sangue a salpicar as paredes das casas -- é assustador.
No topo das casas, Kantrix corre e salta de telhado em telhado. Ninguém parece notar a presença do jovem rapaz.
Kantrix está quase na saída da aldeia. Ele apenas tem que passar para o outro lado da rua, com um salto. Para durante alguns segundos, reflete no que tem que fazer.
Recua dois passos e prepara-se para saltar. Começa a ganhar velocidade e --
Os pés elevam-se no ar, as pernas projetam-se e o corpo de Kantrix é levado.
Assim que os seus pés caem no telhado, a câmara sobe e vemos que por detrás de Kantrix surge um Guarda, mas não é um guarda romano, nem um grego. É da TECH. Kantrix vira-se rapidamente e fica surpreso.
GUARDA: Vamos lá despachar isto.
Ford está sentado num banco do laboratório. As lágrimas fazem brilhar os seus olhos.
Relembra o seu filho, a olhar para um monitor holográfico. Vê as gravações da festa do 5º aniversário de Kantrix. Está em volta de um bolo, a olhar para a câmara.
FORD (V.O.): Muito bem, Kannie. Agora pede três desejos.
KANTRIX CRIANÇA: Só três, pai?
FORD (V.O.): Só três. Vá, pede.
KANTRIX CRIANÇA: Eu quero... (pausa) Quero a coleção completa do Batman. Ele é tão divertido!
HERMAINIE (V.O.): Ó filho, não podes revelar os desejos!
Todos se riem na gravação, e isso desperta um pequeno sorriso em Ford.
FORD: Vá, pede outro.
KANTRIX CRIANÇA (aborrecido): Está bem. (pausa) Já está. Não posso dizer, pois não?
FORD (V.O.): Claro que não.
KANTRIX CRIANÇA: Mas eu vou dizer, porque já tenho esse desejo.
HERMAINIE (V.O.): A sério?
FORD (V.O.): Ah, isso é bom.
KANTRIX CRIANÇA: Eu pedi os melhores pais do mundo, mas já os tenho.
A gravação para. Ford continua a chorar, e toca no rosto do filho.
Uma porta abre-se e entra Hermainie. Ela coloca um saco com armas no chão e aproxima-se de Ford.
HERMAINIE: Está tudo bem?
Percebe o que se passa. Senta-se ao seu lado, e põe a sua mão no ombro do marido. Este olha para ela, sem conter os sentimentos.
FORD (triste): Não. Não está tudo bem.
Hermainie fica em silêncio.
HERMAINIE (pausa): Eu sei que não está.
FORD: E sabes porquê? Porque o nosso filho está literalmente com a vida em jogo. E não posso fazer nada. Eu vi a situação em que ele está, as maldades que ele viveu e sentiu. (pausa) Isso não é justo. Não para uma criança que foi tirada pelos pais, só porque uns filhos da mãe quaisquer querem ganhar dinheiro a procurar por coisas que provavelmente nem existem! (pausa, lágrimas) E eu estou aqui. Estou aqui, parado, a pensar que neste momento o meu filho pode estar morto porque não fui capaz de matar uma cabra que se acha superior ao resto da humanidade!
Hermainie tenta impedir Ford de continuar, colocando o seu dedo indicador nos lábios do marido.
HERMAINIE: Ei, calma Ford. A culpa não foi tua. A culpa não é de mais ninguém, a não ser da Wanda. (pausa) Não pode pensar assim. Você tem toda a razão, mas pensar que foi incapaz de salvá-lo... (pausa) Isso é insano. Nós não podemos fazer nada. As coisas são como são. A TECH era mais forte do que nós há dez anos atrás. Mas já não é. E sabe porquê? Porque nós sentimos algo que eles jamais serão capazes de sentir. Chama-se amor. O amor que sentes pelo Kantrix, que nós sentimos, será mais forte que qualquer bala disparada por aqueles homens. É nisso que te você tem que focar. Que seja qual for a situação em que o nosso filho se encontre, ele terá sempre o amor dos pais a protegê-lo.
Ford absorve as palavras. Agarra na mão de Hermainie, e beija-a. Os dois abraçam-se.
FORD: Ele está tão crescido...
HERMAINIE: Continua parecido contigo?
FORD (sorrindo): Não.
Afastam-se um do outro, e ficam olhos nos olhos.
FORD: Ele é tão bonito quanto a mãe.
Hermainie sorri, emocionada.
HERMAINIE: Eu sabia que ele acabaria por ficar parecido comigo.
Uma pausa, e ambos sorriem.
CENA 05 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - AMANHECER
Wanda está olhando para umas folhas, séria -- é um relatório do que se passou na noite da fuga de Ford.
Num dos papéis, está a fotografia de Ford, retirada de uma das câmaras de vigilância. A fúria que Wanda sente é visível através do olhar que lança à fotografia.
Com um plano em mente, liga o seu computador hiper moderno. Clica em BASE DE DADOS CIVIL. Surge uma tela de carregamento, e quando atinge os 100%, a tela fica vermelha e azul.
PROBLEMAS INTERNOS NOS SERVIDORES IMPEDEM O ACESSO À B.D.C. POR FAVOR, TENTE MAIS TARDE
Wanda está furiosa, pois sabe que é culpa sua. Se não tivesse criado um Tigre Gigante para eliminar Kantrix, nada disto teria acontecido. E ainda por cima, uma eliminação sem sucesso.
CENA 06 - EXT. CAVERNA - NOITE
Kantrix sai da caverna, correndo em direção à aldeia, agora completamente em chamas.
Kantrix para, e repara que existem vários Romanos a rondar a área. Respira fundo e volta a correr.
CENA 07 - EXT. FLORESTA - NOITE
Furtivamente, caminha por entre a floresta. Esconde-se entre os arbustos e as árvores, olhando para todo o lado, com medo de ver algum soldado romano ou grego.
A certa altura, encontra um grupo de soldados. Ele para. Quando percebe que eles não notaram a sua presença, foge. Mas a fuga desencadeia um enorme barulho, o que chama a atenção dos soldados.
Kantrix corre, aninhado. O seu treino intensivo faz com que ele seja tão rápido como uma chita.
Algum tempo depois, Kantrix chega a um caminho em terra. A alguns metros está a aldeia. Para alguns segundos para ganhar fôlego, e recomeça a corrida frenética.
CENA 08 - EXT. ALDEIA GREGA - CONTINUAÇÃO
Quando chega à aldeia, sobe para o telhado de uma pequena casa. Olhando para o cenário assustador, Kantrix acelera o passo.
No chão, Romanos invadem as casas de famílias Gregas - ouvem-se espadas a rasgar a pele de pessoas, vê-se sangue a salpicar as paredes das casas -- é assustador.
No topo das casas, Kantrix corre e salta de telhado em telhado. Ninguém parece notar a presença do jovem rapaz.
Kantrix está quase na saída da aldeia. Ele apenas tem que passar para o outro lado da rua, com um salto. Para durante alguns segundos, reflete no que tem que fazer.
Recua dois passos e prepara-se para saltar. Começa a ganhar velocidade e --
Os pés elevam-se no ar, as pernas projetam-se e o corpo de Kantrix é levado.
Assim que os seus pés caem no telhado, a câmara sobe e vemos que por detrás de Kantrix surge um Guarda, mas não é um guarda romano, nem um grego. É da TECH. Kantrix vira-se rapidamente e fica surpreso.
GUARDA: Vamos lá despachar isto.
CORTA PARA:
CENA 09 - INT. BASE "FIND
K." - MANHÃ
Hermainie está sentada, a tomar café. Ford está a limpar armas. O celular de Hermainie toca.
HERMAINIE: Agente Luther.
DAN (V.O.): Hermainie, terminamos agora as buscas à casa do Jasper Galbraith.
HERMAINIE (ansiosa): E então?
DAN (V.O.): Encontramos uns documentos que é capaz de querer ver. (pausa) Vou enviar-te agora mesmo.
Hermainie afasta o celular do ouvido quando recebe uma mensagem. Abre-a e vemos vários ficheiros a surgir na tela. Ela analisa-os com cuidado. Fica surpreendida.
HERMAINIE: Isto é...?
DAN (V.O.): Sim, é a chamada Bíblia. Adaptada para a União da Justiça, está claro. Pelo pouco que li, já deu para perceber que estamos a lidar com muito mais que um criminoso.
Hermainie está chocada enquanto lê.
HERMAINIE: "O respeito pelos direitos civis foi perdido faz muito tempo. É o nosso dever restabelecê-lo." (pausa) São psicopatas.
DAN (V.O.): Eu não lhes chamaria isso. Mas sim, encaixam-se nessa categoria.
Hermainie continua a ler. Pouco tempo depois, para.
HERMAINIE (espantada): Então é isso.
DAN (V.O.): O quê?
HERMAINIE: Pelo que estou percebendo, o objetivo da União da Justiça é mostrar que tem poder - o suficiente para derrubar o governo e tomar conta dele.
DAN (V.O.): Tomar conta dele? Quer dizer, já não basta serem quase psicopatas, ainda querem ir para o Governo?
A expressão preocupada de Hermainie --
HERMAINIE (pausa): Eu vou tratar deste assunto. Mal consiga ter tempo, vou falar com a Dynamic Corp. Eles são a única conexão que tenho com a União da Justiça.
DAN (V.O.): Depois me avisa.
HERMAINIE: Claro.
Hermainie desliga.
A porta do laboratório abre-se e entra Loreen, com uma enorme caixa de cartão na mão. Hermainie fica surpresa ao ver a filha.
HERMAINIE: Loreen? Já por aqui?
LOREEN (ansiosa): Eu não conseguia dormir.
Ford aponta para a caixa.
FORD: O que é isso?
Loreen dá um sorriso nervoso.
LOREEN: Vocês vão me castigar para o resto da minha vida, eu sei. Mas eu não podia contar nada. (pausa) Não podia dar esperanças.
Ford não compreende as palavras da filha.
FORD: O que é que está dizendo?
LOREEN: É complicado. (pausa) Ou era... Quer dizer, ainda não sei se --
HERMAINIE: Loreen, o que é que se passa?
Loreen respira fundo, Olha para os pais, olhos nos olhos.
LOREEN: Ok, eu acho que consigo fazer com que vocês contatem com o Kantrix.
FORD: O quê?!
LOREEN: Eu sei que parece insano, mas isto que trago aqui (aponta para a caixa) É um dispositivo de Projeção Astral.
Hermainie está ainda mais confusa.
HERMAINIE: Ok, estou perdida. (pausa) Projeção Astral?
LOREEN: Pois, nós não temos acesso a esse tipo de tecnologias, e o que fiz é arriscado, mas... (respira fundo) Eu precisava ajudar.
Ford coloca a mão sobre a caixa.
FORD: Você criou uma máquina que nos pode levar até ao Kantrix?
LOREEN: Bem, eu chamo-lhe um dispositivo de Projeção Astral. Mas sim, é isso.
HERMAINIE: E funciona?
Loreen sorri, e abre a caixa.
AVANÇO NO TEMPO: Um grande dispositivo está a sendo montado pela família. Em redor deles estão várias caixas, cada uma com uma etiqueta a explicar o que elas contêm.
Loreen encaixa uma última peça. Ouvimos um TZUUUUUUM, e a máquina ganha luzes de várias cores -- está ligada. Ford fica preocupado.
FORD: Funciona?
Loreen faz uma pausa para apreciar a sua obra de arte.
LOREEN (surpreendida/alegre): Funciona...
HERMAINIE: Como pode ter tanta certeza? Ainda não a testamos.
LOREEN: Eu sei, mas consegui ligá-la sem problemas. (pausa) Nunca tinha conseguido.
Ford olha para a filha, apreensivo. Ela percebe e fica atrapalhada.
LOREEN: Calma, calma! O que eu quis dizer é que esta é a primeira vez que tive condições para a ligar. Se eu tentasse fazê-lo em casa, provavelmente estourava com o bairro.
HERMAINIE: Então a única coisa que tu sabes, neste momento, é que...
LOREEN: Calma! (pausa) Agora só preciso de configurar tudo isto e depois...
Os três trocam olhares. De esperança. De alegria.
FORD: E depois poderemos contactar com o nosso filho.
CENA 10 - EXT. ACRÓPOLE - NOITE
O ambiente do local é um completo contraste com a guerra que vimos anteriormente. Está tudo em silêncio, com duas tochas a iluminar o local.
Kelyna está desmaiada em frente ao gigante edifício. Aos poucos, começa a abrir os seus olhos. Olha para o céu. Os seus olhos seguem um traço e param em cima da Acrópole. Fica confusa.
Tenta levantar-se, lentamente. Sente o corpo dorido. Apesar do sofrimento, acaba por conseguir manter-se em pé. Absorve a dor com o ar que inspira, e depois expira.
Olha para a aldeia em chamas, distante do sítio onde se encontra. Vira o corpo para a gigante Acrópole. Está admirada.
KELYNA: Mas que...? (pausa) Como é que vim aqui parar?
Assim que dá o primeiro passo em frente, repara num pedaço de papel, colocado aos seus pés. Pega nele, surpeendida.
Hermainie está sentada, a tomar café. Ford está a limpar armas. O celular de Hermainie toca.
HERMAINIE: Agente Luther.
DAN (V.O.): Hermainie, terminamos agora as buscas à casa do Jasper Galbraith.
HERMAINIE (ansiosa): E então?
DAN (V.O.): Encontramos uns documentos que é capaz de querer ver. (pausa) Vou enviar-te agora mesmo.
Hermainie afasta o celular do ouvido quando recebe uma mensagem. Abre-a e vemos vários ficheiros a surgir na tela. Ela analisa-os com cuidado. Fica surpreendida.
HERMAINIE: Isto é...?
DAN (V.O.): Sim, é a chamada Bíblia. Adaptada para a União da Justiça, está claro. Pelo pouco que li, já deu para perceber que estamos a lidar com muito mais que um criminoso.
Hermainie está chocada enquanto lê.
HERMAINIE: "O respeito pelos direitos civis foi perdido faz muito tempo. É o nosso dever restabelecê-lo." (pausa) São psicopatas.
DAN (V.O.): Eu não lhes chamaria isso. Mas sim, encaixam-se nessa categoria.
Hermainie continua a ler. Pouco tempo depois, para.
HERMAINIE (espantada): Então é isso.
DAN (V.O.): O quê?
HERMAINIE: Pelo que estou percebendo, o objetivo da União da Justiça é mostrar que tem poder - o suficiente para derrubar o governo e tomar conta dele.
DAN (V.O.): Tomar conta dele? Quer dizer, já não basta serem quase psicopatas, ainda querem ir para o Governo?
A expressão preocupada de Hermainie --
HERMAINIE (pausa): Eu vou tratar deste assunto. Mal consiga ter tempo, vou falar com a Dynamic Corp. Eles são a única conexão que tenho com a União da Justiça.
DAN (V.O.): Depois me avisa.
HERMAINIE: Claro.
Hermainie desliga.
A porta do laboratório abre-se e entra Loreen, com uma enorme caixa de cartão na mão. Hermainie fica surpresa ao ver a filha.
HERMAINIE: Loreen? Já por aqui?
LOREEN (ansiosa): Eu não conseguia dormir.
Ford aponta para a caixa.
FORD: O que é isso?
Loreen dá um sorriso nervoso.
LOREEN: Vocês vão me castigar para o resto da minha vida, eu sei. Mas eu não podia contar nada. (pausa) Não podia dar esperanças.
Ford não compreende as palavras da filha.
FORD: O que é que está dizendo?
LOREEN: É complicado. (pausa) Ou era... Quer dizer, ainda não sei se --
HERMAINIE: Loreen, o que é que se passa?
Loreen respira fundo, Olha para os pais, olhos nos olhos.
LOREEN: Ok, eu acho que consigo fazer com que vocês contatem com o Kantrix.
FORD: O quê?!
LOREEN: Eu sei que parece insano, mas isto que trago aqui (aponta para a caixa) É um dispositivo de Projeção Astral.
Hermainie está ainda mais confusa.
HERMAINIE: Ok, estou perdida. (pausa) Projeção Astral?
LOREEN: Pois, nós não temos acesso a esse tipo de tecnologias, e o que fiz é arriscado, mas... (respira fundo) Eu precisava ajudar.
Ford coloca a mão sobre a caixa.
FORD: Você criou uma máquina que nos pode levar até ao Kantrix?
LOREEN: Bem, eu chamo-lhe um dispositivo de Projeção Astral. Mas sim, é isso.
HERMAINIE: E funciona?
Loreen sorri, e abre a caixa.
AVANÇO NO TEMPO: Um grande dispositivo está a sendo montado pela família. Em redor deles estão várias caixas, cada uma com uma etiqueta a explicar o que elas contêm.
Loreen encaixa uma última peça. Ouvimos um TZUUUUUUM, e a máquina ganha luzes de várias cores -- está ligada. Ford fica preocupado.
FORD: Funciona?
Loreen faz uma pausa para apreciar a sua obra de arte.
LOREEN (surpreendida/alegre): Funciona...
HERMAINIE: Como pode ter tanta certeza? Ainda não a testamos.
LOREEN: Eu sei, mas consegui ligá-la sem problemas. (pausa) Nunca tinha conseguido.
Ford olha para a filha, apreensivo. Ela percebe e fica atrapalhada.
LOREEN: Calma, calma! O que eu quis dizer é que esta é a primeira vez que tive condições para a ligar. Se eu tentasse fazê-lo em casa, provavelmente estourava com o bairro.
HERMAINIE: Então a única coisa que tu sabes, neste momento, é que...
LOREEN: Calma! (pausa) Agora só preciso de configurar tudo isto e depois...
Os três trocam olhares. De esperança. De alegria.
FORD: E depois poderemos contactar com o nosso filho.
CENA 10 - EXT. ACRÓPOLE - NOITE
O ambiente do local é um completo contraste com a guerra que vimos anteriormente. Está tudo em silêncio, com duas tochas a iluminar o local.
Kelyna está desmaiada em frente ao gigante edifício. Aos poucos, começa a abrir os seus olhos. Olha para o céu. Os seus olhos seguem um traço e param em cima da Acrópole. Fica confusa.
Tenta levantar-se, lentamente. Sente o corpo dorido. Apesar do sofrimento, acaba por conseguir manter-se em pé. Absorve a dor com o ar que inspira, e depois expira.
Olha para a aldeia em chamas, distante do sítio onde se encontra. Vira o corpo para a gigante Acrópole. Está admirada.
KELYNA: Mas que...? (pausa) Como é que vim aqui parar?
Assim que dá o primeiro passo em frente, repara num pedaço de papel, colocado aos seus pés. Pega nele, surpeendida.
Procura debaixo da Acrópole. No
subterrâneo.
-W
-W
Kelyna começa a pensar no -W.
Sorri, e guarda o papel na sua mochila.
KELYNA: Wanda. (pequena gargalhada cínica) Eu sabia que tinhas um fraquinho por mim.
Recomeça a caminhar. Lentamente, acelera o passo, e poucos segundos depois, está a correr.
CENA 11 - EXT. ALDEIA GREGA - NOITE
Continuamos a cena que vimos anteriormente com Kantrix e o Guarda da TECH.
O guarda da TECH dá um pontapé a Kantrix, que cai para trás. Levanta-se rapidamente, e tenta aplicar golpes de artes marciais no guarda. Mas ao fazê-lo, acaba por ser soqueado.
Apesar de estar um pouco tonto, Kantrix consegue manter-se em pé. Levanta um pé e tenta acertar no guarda, que agarra nele e o empurra. Kantrix desequilibra-se, e cai.
Quase que consegue se levantar, mas o guarda pisa as suas costas e ele sofre de dores. Volta a pisar, e a agonia invade o filho de Ford.
POV DE KANTRIX: Está tudo desfocado. Vemos apenas uma luz azul, que parece trazer mais alguém. Inexplicavelmente, o guarda começa a ser agredido por essa pessoa. Os dois lutam, com a pessoa anônima a conseguir defender-se dos ataques.
Ainda no POV, ouve-se um tiro, e o guarda cai do telhado. A figura desconhecida aproxima-se e ouvimos uma voz...
VOZ: Kantrix? Filho?
E então percebemos que é Ford. Já fora do POV, vemos o pai a abraçar o filho inconsciente.
FORD: Kantrix? Filho, é o pai. Por favor. Olha para mim. (em pânico) Olha para mim, Kannie. É o pai, olha para mim! (lágrimas nos olhos) Acorda! Acorda Kantrix! Acorda! Eu estou aqui. Sou eu, o pai. Sou eu! Estou aqui para te salvar. Acorda!
Kantrix começa a abrir os olhos, em sofrimento.
KANTRIX: Pai? É você?
Ford começa a chorar, aliviado. Agarra no corpo do filho, abraçando-o.
FORD: Sim... (pausa, emoção) Sim, sou eu! Kantrix, eu estou aqui.
KANTRIX: Eu...
Kantrix levanta a mão e leva-a à face de Ford. Este coloca a sua mão sobre a do filho.
KANTRIX (pausa, sofrimento) ... te amo.
FORD: Eu sei, filho. Vai ficar tudo bem.
Ford rasga a manga do seu casaco. Vemos uma pulseira eletrônica.
FORD (para o pulso): Loreen, preciso que me envie aquele equipamento de cura instantânea. Rapidamente.
LOREEN (V.O.): O Kantrix está bem?
FORD: Faz o que eu te digo, porra!
Ford continua abraçado ao filho, tentando protegê-lo a todo custo. Olha ao seu redor, para analisar o local. Está chocado com a guerra.
Vemos uma luz azul, de onde sai uma esfera branca. Ford pega nela e aproxima-a do filho.
Lentamente, ouvimos ossos a estalar, a curarem-se. O corpo de Kantrix mexe-se ao mesmo tempo que ouvimos.
No final, Kantrix abre os olhos, e com um último suspiro, adormece.
Ford abraça o filho, e fica com ele nos braços, emocionado.
CENA 12 - INT. SALA DE CONTROLO, TECH - MANHÃ
Wanda está a ver imagens do momento. A raiva devora-a. Os técnicos estão todos a trabalhar arduamente.
TÉCNICO-CHEFE: Como é que pode haver uma falha tão grande?! Deixarem entrar em forma de Projeção Astral!? (pausa) Quem é o responsável pela segurança interna da Prova?!
Um TÉCNICO NERVOSO levanta-se. Engole em seco.
TÉCNICO NERVOSO: S-S-sou eu.
Wanda e o Técnico-Chefe olham para ele. O Chefe tem um sorriso cínico na cara. Wanda continua sem expressão.
TÉCNICO-CHEFE: Muito bem. (pausa) Tens filhos?
O Técnico Nervoso olha ao seu redor, sem perceber muito bem o que se passa. Para quê esta pergunta?
TÉCNICO NERVOSO: Não.
TÉCNICO-CHEFE: Ótimo. (pausa) E esposa? Tens uma mulher que te anime as noites?
Wanda não acha piada. Ninguém acha.
TÉCNICO NERVOSO: Não.
TÉCNICO-CHEFE (pausa): Ainda bem. Assim não corro o risco de estragar um lar ao despedir-te.
O Técnico Nervoso fica surpreendido, e quase começa a chorar.
TÉCNICO NERVOSO: Es-esto-estou despedido?
O Chefe confirma com a cabeça. Um sorriso sinistro.
WANDA: Ambos estão despedidos.
O Chefe olha para Wanda, também chocado.
TÉCNICO-CHEFE: O quê?
Wanda olha para ele, séria.
WANDA: Está despedido.
TÉCNICO-CHEFE: Porquê?! Qual a razão?!
WANDA: (pausa) Me deu vontade. (para outro técnico, aleatoriamente) A partir de agora, és o Chefe da Sala de Controle.
O Novo Chefe fica surpreendido.
TÉCNICO-CHEFE: O quê?! Ele é um incompetente!
WANDA: Conquista-me mais depressa a incompetência do que o cinismo. (pausa) Ambos intoleráveis, mas em diferentes graus. (pausa, cínica) Sai. Tem uma família para alimentar, e seria uma pena se no final do mês não tivesses dinheiro a entrar em casa.
O Técnico-Chefe está espantado; o Nervoso, apesar de tudo, parece radiante com a conquista.
Wanda vai até à porta, e olha para o novo Chefe.
WANDA: Tirem o guarda dali. (pausa) E identifiquem a fonte da projeção.
NOVO CHEFE: É para já.
Wanda sai da sala, lançando um olhar de nojo para o velho Chefe.
CENA 13 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - CONTINUAÇÃO
Wanda entra no escritório e senta-se na cadeira. Começa a reler os relatórios. Até que recebe uma chamada.
TÉCNICO: Miss Fitzgerald, temos um problema. Ao tentar identificar a fonte, a situação do servidor agravou-se. Quer que continue a tentar?
Ela pensa na situação. Já não há maneira de esconder a sua frustração.
WANDA (pausa): Não.
TÉCNICO: Assim que houver novidades, eu aviso-a.
E desliga a chamada. Wanda fixa o olhar num fotograma de Ford, abraçado ao filho. Aperta o punho com toda a sua força. A mão fechada treme.
Ela grita e atira tudo o que está em cima da mesa para o chão. Levanta-se e empurra um sofá moderno, que tomba. Abre o armário com portfólios e tira-os com toda a sua cólera.
Rasga documentos.
Deixa-se cair, lágrimas nos olhos. Não de tristeza, mas sim de vingança.
SMASH TO BLACK.
KELYNA: Wanda. (pequena gargalhada cínica) Eu sabia que tinhas um fraquinho por mim.
Recomeça a caminhar. Lentamente, acelera o passo, e poucos segundos depois, está a correr.
CENA 11 - EXT. ALDEIA GREGA - NOITE
Continuamos a cena que vimos anteriormente com Kantrix e o Guarda da TECH.
O guarda da TECH dá um pontapé a Kantrix, que cai para trás. Levanta-se rapidamente, e tenta aplicar golpes de artes marciais no guarda. Mas ao fazê-lo, acaba por ser soqueado.
Apesar de estar um pouco tonto, Kantrix consegue manter-se em pé. Levanta um pé e tenta acertar no guarda, que agarra nele e o empurra. Kantrix desequilibra-se, e cai.
Quase que consegue se levantar, mas o guarda pisa as suas costas e ele sofre de dores. Volta a pisar, e a agonia invade o filho de Ford.
POV DE KANTRIX: Está tudo desfocado. Vemos apenas uma luz azul, que parece trazer mais alguém. Inexplicavelmente, o guarda começa a ser agredido por essa pessoa. Os dois lutam, com a pessoa anônima a conseguir defender-se dos ataques.
Ainda no POV, ouve-se um tiro, e o guarda cai do telhado. A figura desconhecida aproxima-se e ouvimos uma voz...
VOZ: Kantrix? Filho?
E então percebemos que é Ford. Já fora do POV, vemos o pai a abraçar o filho inconsciente.
FORD: Kantrix? Filho, é o pai. Por favor. Olha para mim. (em pânico) Olha para mim, Kannie. É o pai, olha para mim! (lágrimas nos olhos) Acorda! Acorda Kantrix! Acorda! Eu estou aqui. Sou eu, o pai. Sou eu! Estou aqui para te salvar. Acorda!
Kantrix começa a abrir os olhos, em sofrimento.
KANTRIX: Pai? É você?
Ford começa a chorar, aliviado. Agarra no corpo do filho, abraçando-o.
FORD: Sim... (pausa, emoção) Sim, sou eu! Kantrix, eu estou aqui.
KANTRIX: Eu...
Kantrix levanta a mão e leva-a à face de Ford. Este coloca a sua mão sobre a do filho.
KANTRIX (pausa, sofrimento) ... te amo.
FORD: Eu sei, filho. Vai ficar tudo bem.
Ford rasga a manga do seu casaco. Vemos uma pulseira eletrônica.
FORD (para o pulso): Loreen, preciso que me envie aquele equipamento de cura instantânea. Rapidamente.
LOREEN (V.O.): O Kantrix está bem?
FORD: Faz o que eu te digo, porra!
Ford continua abraçado ao filho, tentando protegê-lo a todo custo. Olha ao seu redor, para analisar o local. Está chocado com a guerra.
Vemos uma luz azul, de onde sai uma esfera branca. Ford pega nela e aproxima-a do filho.
Lentamente, ouvimos ossos a estalar, a curarem-se. O corpo de Kantrix mexe-se ao mesmo tempo que ouvimos.
No final, Kantrix abre os olhos, e com um último suspiro, adormece.
Ford abraça o filho, e fica com ele nos braços, emocionado.
CENA 12 - INT. SALA DE CONTROLO, TECH - MANHÃ
Wanda está a ver imagens do momento. A raiva devora-a. Os técnicos estão todos a trabalhar arduamente.
TÉCNICO-CHEFE: Como é que pode haver uma falha tão grande?! Deixarem entrar em forma de Projeção Astral!? (pausa) Quem é o responsável pela segurança interna da Prova?!
Um TÉCNICO NERVOSO levanta-se. Engole em seco.
TÉCNICO NERVOSO: S-S-sou eu.
Wanda e o Técnico-Chefe olham para ele. O Chefe tem um sorriso cínico na cara. Wanda continua sem expressão.
TÉCNICO-CHEFE: Muito bem. (pausa) Tens filhos?
O Técnico Nervoso olha ao seu redor, sem perceber muito bem o que se passa. Para quê esta pergunta?
TÉCNICO NERVOSO: Não.
TÉCNICO-CHEFE: Ótimo. (pausa) E esposa? Tens uma mulher que te anime as noites?
Wanda não acha piada. Ninguém acha.
TÉCNICO NERVOSO: Não.
TÉCNICO-CHEFE (pausa): Ainda bem. Assim não corro o risco de estragar um lar ao despedir-te.
O Técnico Nervoso fica surpreendido, e quase começa a chorar.
TÉCNICO NERVOSO: Es-esto-estou despedido?
O Chefe confirma com a cabeça. Um sorriso sinistro.
WANDA: Ambos estão despedidos.
O Chefe olha para Wanda, também chocado.
TÉCNICO-CHEFE: O quê?
Wanda olha para ele, séria.
WANDA: Está despedido.
TÉCNICO-CHEFE: Porquê?! Qual a razão?!
WANDA: (pausa) Me deu vontade. (para outro técnico, aleatoriamente) A partir de agora, és o Chefe da Sala de Controle.
O Novo Chefe fica surpreendido.
TÉCNICO-CHEFE: O quê?! Ele é um incompetente!
WANDA: Conquista-me mais depressa a incompetência do que o cinismo. (pausa) Ambos intoleráveis, mas em diferentes graus. (pausa, cínica) Sai. Tem uma família para alimentar, e seria uma pena se no final do mês não tivesses dinheiro a entrar em casa.
O Técnico-Chefe está espantado; o Nervoso, apesar de tudo, parece radiante com a conquista.
Wanda vai até à porta, e olha para o novo Chefe.
WANDA: Tirem o guarda dali. (pausa) E identifiquem a fonte da projeção.
NOVO CHEFE: É para já.
Wanda sai da sala, lançando um olhar de nojo para o velho Chefe.
CENA 13 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - CONTINUAÇÃO
Wanda entra no escritório e senta-se na cadeira. Começa a reler os relatórios. Até que recebe uma chamada.
TÉCNICO: Miss Fitzgerald, temos um problema. Ao tentar identificar a fonte, a situação do servidor agravou-se. Quer que continue a tentar?
Ela pensa na situação. Já não há maneira de esconder a sua frustração.
WANDA (pausa): Não.
TÉCNICO: Assim que houver novidades, eu aviso-a.
E desliga a chamada. Wanda fixa o olhar num fotograma de Ford, abraçado ao filho. Aperta o punho com toda a sua força. A mão fechada treme.
Ela grita e atira tudo o que está em cima da mesa para o chão. Levanta-se e empurra um sofá moderno, que tomba. Abre o armário com portfólios e tira-os com toda a sua cólera.
Rasga documentos.
Deixa-se cair, lágrimas nos olhos. Não de tristeza, mas sim de vingança.
SMASH TO BLACK.
FIM ATO UM
ATO DOIS
CENA 14 - INT. ESCRITÓRIO DE
WANDA, TECH - DIA
A cena começa com Wanda deitada no chão, envolta de folhas. O seu escritório está completamente destruído.
Fixa o olhar no teto. A sua mente percorre vários pensamentos sem sentido. Até que... Um pequeno sorriso. Maléfico. Tentador. E levanta-se do chão.
Ao caminhar até à porta, o seu sorriso cresce. E vemos que a retaliação pode estar a caminho, com uma dimensão maior.
CENA 15 - EXT. ESTRADA GREGA - NOITE
Ford caminha, parecendo cansado. O suor molha a sua camisola e respira ofegantemente. Kantrix está nos seus braços, a dormir. Nunca o vimos numa forma tão angelical.
Acaba por parar. Olha para o topo do caminho, onde está a Acrópole.
FORD: Tem certeza que a tal peça está aqui?
SHAY (V.O.): A Wanda tem um fascínio pela Acrópole de Atenas. Acho mais que natural que ela coloque lá uma das peças.
Ford olha para o filho, passando a sua mão no rosto dele.
FORD: Esperemos que estejas certo.
SHAY (V.O.): Um pouco de confiança em mim era bem-vindo.
FORD: Eu confio em ti. Só não quero que o Kantrix perca mais tempo.
SHAY (V.O.): Não te preocupes com isso. Isso vai lhe dar uma grande vantagem em relação aos outros.
Ford recomeça a caminhar. Quase já não aguenta com os braços.
FORD: Estou a rezar para que seja verdade.
SHAY (V.O.): Ainda assim, espero que tenhas consciência que depois disto, a Wanda lhe vai fazer a vida negra.
Ford começa-se a rir.
FORD: Essa cabra que nem se atreva a tocar no meu filho. Ou quem vai ter que encontrar peças é ela. Depois do tiro que eu lhe puser nos cornos, o pouco do cérebro dela vai estourar de tal forma que...
SHAY (V.O.) (interrompe): Wow wow wow, calma aí, fera! Não te precipites! (pausa) Ela não lhe vai fazer nada. Nós não vamos deixar.
Ford olha para o filho, mais uma vez. Está quase emocionado.
FORD: Quando ela o tentar fazer, já a TECH terá caído.
SHAY (V.O.): Está vendo? Não é necessário partir para a violência, ou acha que é?
FORD (irônico): Tudo bem. (pausa) "Paizinho".
CENA 15 - EXT. ACRÓPOLE - CONTINUAÇÃO
Assim que chega lá, coloca o filho no chão. Deixa-se cair, para recuperar forças. Respira rapidamente.
SHAY (V.O.): Despacha-te, Ford. Estamos a ficar sem tempo.
Ford olha para o céu uma última vez antes de se levantar. Tira do bolso a espera branca que Loreen lhe enviou. Volta a aproximá-lo do corpo de Kantrix.
Uma forte luz branca irradia da esfera, e os poucos golpes que sobreviveram no corpo de Kantrix começam a fechar-se. Ford faz a esfera passar pelo corpo inteiro do filho, não deixando nada para trás.
Um pequeno corte no queixo de Kantrix é a última ferida visível quando Ford faz a esfera passar pelo seu rosto. A ferida fica totalmente curada após alguns segundos.
SHAY (V.O.): Está na hora.
FORD: Me dá só mais um momento.
Ford desliza a sua mão no rosto de Kantrix -- o rosto ganhou cor, e as suas bochechas estão numa tonalidade rosa. Ford sorri enquanto sente a pele do seu filho.
FORD: O pai vai te tirar deste inferno.
Lentamente, Kantrix começa a abrir os olhos. A imagem do pai é lhe desconhecida por uns momentos. Quando percebe quem realmente é, tenta levar a mão ao rosto do progenitor.
KANTRIX (sonolento): Pai?
FORD (emocionado): Shh... Volta a dormir.
KANTRIX: Pai, é você?
Ford começa a chorar. Abraça o filho.
SHAY (V.O.): Está na hora, Ford.
FORD: Nós te amamos muito. Lembra-se disso.
Ford afasta-se do corpo do filho, e faz a sua mão passear no cabelo de Kantrix. Este agarra na mão do pai, ainda sonolento, e sente-a a desaparecer, com um flash azul.
Após alguns segundos, um outro raio de uma luz forte, azul. Um papel cai mesmo ao lado de Kantrix. Este volta a dormir, instantaneamente.
CLOSE-UP NO PAPEL:
A cena começa com Wanda deitada no chão, envolta de folhas. O seu escritório está completamente destruído.
Fixa o olhar no teto. A sua mente percorre vários pensamentos sem sentido. Até que... Um pequeno sorriso. Maléfico. Tentador. E levanta-se do chão.
Ao caminhar até à porta, o seu sorriso cresce. E vemos que a retaliação pode estar a caminho, com uma dimensão maior.
CENA 15 - EXT. ESTRADA GREGA - NOITE
Ford caminha, parecendo cansado. O suor molha a sua camisola e respira ofegantemente. Kantrix está nos seus braços, a dormir. Nunca o vimos numa forma tão angelical.
Acaba por parar. Olha para o topo do caminho, onde está a Acrópole.
FORD: Tem certeza que a tal peça está aqui?
SHAY (V.O.): A Wanda tem um fascínio pela Acrópole de Atenas. Acho mais que natural que ela coloque lá uma das peças.
Ford olha para o filho, passando a sua mão no rosto dele.
FORD: Esperemos que estejas certo.
SHAY (V.O.): Um pouco de confiança em mim era bem-vindo.
FORD: Eu confio em ti. Só não quero que o Kantrix perca mais tempo.
SHAY (V.O.): Não te preocupes com isso. Isso vai lhe dar uma grande vantagem em relação aos outros.
Ford recomeça a caminhar. Quase já não aguenta com os braços.
FORD: Estou a rezar para que seja verdade.
SHAY (V.O.): Ainda assim, espero que tenhas consciência que depois disto, a Wanda lhe vai fazer a vida negra.
Ford começa-se a rir.
FORD: Essa cabra que nem se atreva a tocar no meu filho. Ou quem vai ter que encontrar peças é ela. Depois do tiro que eu lhe puser nos cornos, o pouco do cérebro dela vai estourar de tal forma que...
SHAY (V.O.) (interrompe): Wow wow wow, calma aí, fera! Não te precipites! (pausa) Ela não lhe vai fazer nada. Nós não vamos deixar.
Ford olha para o filho, mais uma vez. Está quase emocionado.
FORD: Quando ela o tentar fazer, já a TECH terá caído.
SHAY (V.O.): Está vendo? Não é necessário partir para a violência, ou acha que é?
FORD (irônico): Tudo bem. (pausa) "Paizinho".
CENA 15 - EXT. ACRÓPOLE - CONTINUAÇÃO
Assim que chega lá, coloca o filho no chão. Deixa-se cair, para recuperar forças. Respira rapidamente.
SHAY (V.O.): Despacha-te, Ford. Estamos a ficar sem tempo.
Ford olha para o céu uma última vez antes de se levantar. Tira do bolso a espera branca que Loreen lhe enviou. Volta a aproximá-lo do corpo de Kantrix.
Uma forte luz branca irradia da esfera, e os poucos golpes que sobreviveram no corpo de Kantrix começam a fechar-se. Ford faz a esfera passar pelo corpo inteiro do filho, não deixando nada para trás.
Um pequeno corte no queixo de Kantrix é a última ferida visível quando Ford faz a esfera passar pelo seu rosto. A ferida fica totalmente curada após alguns segundos.
SHAY (V.O.): Está na hora.
FORD: Me dá só mais um momento.
Ford desliza a sua mão no rosto de Kantrix -- o rosto ganhou cor, e as suas bochechas estão numa tonalidade rosa. Ford sorri enquanto sente a pele do seu filho.
FORD: O pai vai te tirar deste inferno.
Lentamente, Kantrix começa a abrir os olhos. A imagem do pai é lhe desconhecida por uns momentos. Quando percebe quem realmente é, tenta levar a mão ao rosto do progenitor.
KANTRIX (sonolento): Pai?
FORD (emocionado): Shh... Volta a dormir.
KANTRIX: Pai, é você?
Ford começa a chorar. Abraça o filho.
SHAY (V.O.): Está na hora, Ford.
FORD: Nós te amamos muito. Lembra-se disso.
Ford afasta-se do corpo do filho, e faz a sua mão passear no cabelo de Kantrix. Este agarra na mão do pai, ainda sonolento, e sente-a a desaparecer, com um flash azul.
Após alguns segundos, um outro raio de uma luz forte, azul. Um papel cai mesmo ao lado de Kantrix. Este volta a dormir, instantaneamente.
CLOSE-UP NO PAPEL:
AINDA HÁ ESPERANÇA
CENA 16 - EXT. TOPO DO PARTHÉNON,
ACRÓPOLE - NOITE
Kelyna olha para todos os outros monumentos, com o papel de Wanda na mão. Está frustrada.
KELYNA: Se a porra da entrada para o subterrâneo não está lá em baixo, então só pode ser cá em cima!
Olha novamente para o papel. Fica ainda mais irritada.
KELYNA: Bem que podia ter dito mais qualquer coisa, Wanda.
Kelyna deixa escapar o papel. É levado pelo vento para longe da sua proprietária. Kelyna acompanha, com o olhar, o papel a voar no céu.
Assim que está longe do seu campo de visão, Kelyna começa a andar de um lado para o outro, observando templos -- investigando-os superficialmente.
VISTA ÁEREA DO PARTHÉNON: Kelyna, no topo, olhando para todos os edifícios que rodeiam o templo. Anda de um lado para o outro, quase desesperada.
Kelyna senta-se. Leva as mãos à cabeça.
KELYNA: Aquela cabra me enganou.
Tira a mochila das costas, e abre-a. Pega nas duas primeiras peças e observa-as. Os seus olhos estão em lágrimas.
KELYNA: Nunca vou conseguir.
Aperta as peças na sua mão, e leva-as ao peito. Encolhe a cabeça, para chorar. Porém, ouve-se o som de pedras a cair e Kelyna levanta rapidamente a cabeça, atenta.
Olha para os seus pés, onde percebe que o mármore está a rachar.
KELYNA: Oh não...
Assim que se levanta para fugir, o chão desaba! Kelyna dá um grito, caindo no buraco. Agarra-se à borda logo que pode. Olha para baixo, com receio.
No chão, vemos uma tocha. Ilumina um caminho escondido.
As lágrimas de medo desaparecem do rosto de Kelyna. Agora, o espírito de aventura voltou, e com ele, a desconfiança.
CENA 17 - INT. SALA DE CONTROLO, TECH - DIA
Shay está em frente a um computador, observando Kantrix -- continua a dormir. Na sua cara, vemos um pequeno sorriso de conquista.
Ele olha ao seu redor -- a sala está vazia, sem nenhum técnico. Encosta-se para trás na cadeira, e desliga o monitor. Aproveita para relaxar.
O seu telefone toca. É Loreen.
SHAY (alegre): Bom dia!
LOREEN (V.O.): Olá. (pausa) Era só para dizer obrigado. Sem ti, o meu irmão provavelmente já estaria morto.
SHAY: Só estou a fazer o meu trabalho! O teu pai está bem?
LOREEN (V.O.): Sim, um pouco tonto, mas é normal.
SHAY: Acredito que sim. Uma projeção astral desse nível exige muito esforço físico e mental.
A porta abre-se e entram um grupo de técnicos.
SHAY: Ei, agora tenho que ir. Depois falamos. (pausa) Adeus.
E desliga o celular. Olha para os técnicos, sorrindo.
SHAY: Agora é a minha vez.
TÉCNICO: Hoje o café tem cobertura de caramelo. Aproveita.
SHAY: Caramelo? Uau, estamos melhorando! Para se conseguir ter café com baunilha já era um problema, e agora temos caramelo?
Todos se riem. Shay dirige-se até à porta.
SHAY: Até já.
CENA 18 - INT. CORREDORES, TECH - CONTINUAÇÃO
Shay caminha até a uma máquina para fazer café inexplicavelmente moderna.
Coloca uma moeda, e um copo de metal cai num recipiente. Dentro do copo, começa a formar-se café. Na cobertura, vemos algo branco.
SHAY: Baunilha? A sério?
Ele pressiona um botão.
SHAY: Pedi caramelo!
Um homem surge por detrás de Shay. Aponta uma arma à sua cabeça. Shay começa a refletir, e fica boquiaberto.
SHAY (nervoso): Vamos ter calma.
HOMEM: Diz isso à Miss Fitzgerald. (empurra-o) Vamos.
CENA 19 - INT. SALA DE INTERROGATÓRIOS, TECH - MOMENTOS DEPOIS
Shay é impelido pelo homem para dentro da sala. À sua espera está Wanda. Por detrás dela, duas cadeiras com uma mesa a separá-las.
Eles trocam olhares -- ele está surpreso, ela está séria.
SHAY: O que é que se passa?
Uma pausa. Wanda senta-se numa das cadeiras.
WANDA: Senta-se, Lincoln.
Shay olha para o homem. Em resposta, recebe um olhar ameaçador. Aproxima-se da outra cadeira, e senta-se, ficando frente a frente com Wanda.
SHAY: Passa-se alguma coisa de errado?
Wanda sorri.
WANDA: Você sabe o que se passa, Lincoln.
Shay fica admirado.
SHAY: Não. (pausa) Não, não faço a mínima ideia --
É interrompido quando Wanda lhe dá um estalo. Shay cai. A vilã saca uma arma e levanta-se. Aponta-a para Shay.
WANDA: Onde é que ele está?
SHAY: Eu não sei do que é que você está falando!
WANDA: O homem que escapou. Aquele que você ajudou a fugir.
Shay tenta esconder a surpresa de ter sido apanhado.
SHAY: Quem?
WANDA: O pai do discípulo.
SHAY: Não sei de nada!
WANDA: Você mente!
Agride-o com o pé, espetando-lhe o salto alto no estômago. Shay queixa-se de dor.
WANDA: Diz a verdade.
Wanda aninha-se, aproximando o seu rosto ao de Shay.
WANDA: Onde está o meu fugitivo?
SHAY (em pânico e com dores): Eu não sei! Eu não sei!
WANDA: Você o ajudou a fugir!
Agarra-o pelos cabelos, levantando-lhe a cabeça do chão.
WANDA: Quem é ele? Onde é que ele está? Quem são os seus aliados?
Shay limita-se a fechar os olhos, a chorar com dores.
WANDA (pausa): Qual é o seu plano?
Shay, corajoso, abre os olhos e encara Wanda.
SHAY: Eu nunca. Jamais! Vou te dizer alguma coisa. Nem que tenha que morrer para defender os meus ideias.
Wanda volta a sorrir, maleficamente. Larga a cabeça de Shay. Esta bate no chão.
WANDA: Se assim tiver que ser...
Sai da sala, deixando Shay no chão, a sangrar. À porta ainda se encontra o Homem.
WANDA (para o Homem): Mata-o. (pausa) De forma dolorosa. (outra pausa, a sorrir) A mais dolorosa de todas.
Wanda sai.
CENA 20 - EXT. SALA DE INTERROGATÓRIOS, TECH - CONTINUAÇÃO
Wanda caminha no corredor, vitoriosa. Um pequeno sorriso cínico na cara.
Ouvem-se gritos de dor.
Kelyna olha para todos os outros monumentos, com o papel de Wanda na mão. Está frustrada.
KELYNA: Se a porra da entrada para o subterrâneo não está lá em baixo, então só pode ser cá em cima!
Olha novamente para o papel. Fica ainda mais irritada.
KELYNA: Bem que podia ter dito mais qualquer coisa, Wanda.
Kelyna deixa escapar o papel. É levado pelo vento para longe da sua proprietária. Kelyna acompanha, com o olhar, o papel a voar no céu.
Assim que está longe do seu campo de visão, Kelyna começa a andar de um lado para o outro, observando templos -- investigando-os superficialmente.
VISTA ÁEREA DO PARTHÉNON: Kelyna, no topo, olhando para todos os edifícios que rodeiam o templo. Anda de um lado para o outro, quase desesperada.
Kelyna senta-se. Leva as mãos à cabeça.
KELYNA: Aquela cabra me enganou.
Tira a mochila das costas, e abre-a. Pega nas duas primeiras peças e observa-as. Os seus olhos estão em lágrimas.
KELYNA: Nunca vou conseguir.
Aperta as peças na sua mão, e leva-as ao peito. Encolhe a cabeça, para chorar. Porém, ouve-se o som de pedras a cair e Kelyna levanta rapidamente a cabeça, atenta.
Olha para os seus pés, onde percebe que o mármore está a rachar.
KELYNA: Oh não...
Assim que se levanta para fugir, o chão desaba! Kelyna dá um grito, caindo no buraco. Agarra-se à borda logo que pode. Olha para baixo, com receio.
No chão, vemos uma tocha. Ilumina um caminho escondido.
As lágrimas de medo desaparecem do rosto de Kelyna. Agora, o espírito de aventura voltou, e com ele, a desconfiança.
CENA 17 - INT. SALA DE CONTROLO, TECH - DIA
Shay está em frente a um computador, observando Kantrix -- continua a dormir. Na sua cara, vemos um pequeno sorriso de conquista.
Ele olha ao seu redor -- a sala está vazia, sem nenhum técnico. Encosta-se para trás na cadeira, e desliga o monitor. Aproveita para relaxar.
O seu telefone toca. É Loreen.
SHAY (alegre): Bom dia!
LOREEN (V.O.): Olá. (pausa) Era só para dizer obrigado. Sem ti, o meu irmão provavelmente já estaria morto.
SHAY: Só estou a fazer o meu trabalho! O teu pai está bem?
LOREEN (V.O.): Sim, um pouco tonto, mas é normal.
SHAY: Acredito que sim. Uma projeção astral desse nível exige muito esforço físico e mental.
A porta abre-se e entram um grupo de técnicos.
SHAY: Ei, agora tenho que ir. Depois falamos. (pausa) Adeus.
E desliga o celular. Olha para os técnicos, sorrindo.
SHAY: Agora é a minha vez.
TÉCNICO: Hoje o café tem cobertura de caramelo. Aproveita.
SHAY: Caramelo? Uau, estamos melhorando! Para se conseguir ter café com baunilha já era um problema, e agora temos caramelo?
Todos se riem. Shay dirige-se até à porta.
SHAY: Até já.
CENA 18 - INT. CORREDORES, TECH - CONTINUAÇÃO
Shay caminha até a uma máquina para fazer café inexplicavelmente moderna.
Coloca uma moeda, e um copo de metal cai num recipiente. Dentro do copo, começa a formar-se café. Na cobertura, vemos algo branco.
SHAY: Baunilha? A sério?
Ele pressiona um botão.
SHAY: Pedi caramelo!
Um homem surge por detrás de Shay. Aponta uma arma à sua cabeça. Shay começa a refletir, e fica boquiaberto.
SHAY (nervoso): Vamos ter calma.
HOMEM: Diz isso à Miss Fitzgerald. (empurra-o) Vamos.
CENA 19 - INT. SALA DE INTERROGATÓRIOS, TECH - MOMENTOS DEPOIS
Shay é impelido pelo homem para dentro da sala. À sua espera está Wanda. Por detrás dela, duas cadeiras com uma mesa a separá-las.
Eles trocam olhares -- ele está surpreso, ela está séria.
SHAY: O que é que se passa?
Uma pausa. Wanda senta-se numa das cadeiras.
WANDA: Senta-se, Lincoln.
Shay olha para o homem. Em resposta, recebe um olhar ameaçador. Aproxima-se da outra cadeira, e senta-se, ficando frente a frente com Wanda.
SHAY: Passa-se alguma coisa de errado?
Wanda sorri.
WANDA: Você sabe o que se passa, Lincoln.
Shay fica admirado.
SHAY: Não. (pausa) Não, não faço a mínima ideia --
É interrompido quando Wanda lhe dá um estalo. Shay cai. A vilã saca uma arma e levanta-se. Aponta-a para Shay.
WANDA: Onde é que ele está?
SHAY: Eu não sei do que é que você está falando!
WANDA: O homem que escapou. Aquele que você ajudou a fugir.
Shay tenta esconder a surpresa de ter sido apanhado.
SHAY: Quem?
WANDA: O pai do discípulo.
SHAY: Não sei de nada!
WANDA: Você mente!
Agride-o com o pé, espetando-lhe o salto alto no estômago. Shay queixa-se de dor.
WANDA: Diz a verdade.
Wanda aninha-se, aproximando o seu rosto ao de Shay.
WANDA: Onde está o meu fugitivo?
SHAY (em pânico e com dores): Eu não sei! Eu não sei!
WANDA: Você o ajudou a fugir!
Agarra-o pelos cabelos, levantando-lhe a cabeça do chão.
WANDA: Quem é ele? Onde é que ele está? Quem são os seus aliados?
Shay limita-se a fechar os olhos, a chorar com dores.
WANDA (pausa): Qual é o seu plano?
Shay, corajoso, abre os olhos e encara Wanda.
SHAY: Eu nunca. Jamais! Vou te dizer alguma coisa. Nem que tenha que morrer para defender os meus ideias.
Wanda volta a sorrir, maleficamente. Larga a cabeça de Shay. Esta bate no chão.
WANDA: Se assim tiver que ser...
Sai da sala, deixando Shay no chão, a sangrar. À porta ainda se encontra o Homem.
WANDA (para o Homem): Mata-o. (pausa) De forma dolorosa. (outra pausa, a sorrir) A mais dolorosa de todas.
Wanda sai.
CENA 20 - EXT. SALA DE INTERROGATÓRIOS, TECH - CONTINUAÇÃO
Wanda caminha no corredor, vitoriosa. Um pequeno sorriso cínico na cara.
Ouvem-se gritos de dor.
CORTA PARA:
CENA 21 - EXT. ACRÓPOLE - NOITE
Kantrix continua deitado. Acaba por mexer as sobrancelhas.
POV KANTRIX: Há medida que abre os olhos, vemos tudo coberto por uma névoa. Os olhos voltam a fechar-se durante alguns segundos. Depois abrem-se. A névoa desapareceu, mas ainda vemos tudo meio distorcido.
Atordoado, Kantrix levanta-se. Leva a mão à sua cabeça, e respira lentamente. Fecha os olhos. Quando os volta a abrir, parece já estar bem.
Olha ao seu redor, surpreso.
KANTRIX: Onde é que eu estou?
Olha para a gigante Acrópole. Está boquiaberto.
KANTRIX: Como é que vim aqui parar?
Abana a cabeça, para afastar a distorção. Certifica-se que está mesmo naquele local. Quando tem a certeza, olha para trás.
A aldeia continua em chamas. Uma nuvem de fumo negro cobre o céu estrelado.
Quando avança, pisa algo. Olha para o chão, onde está uma folha. Imediatamente pega nela.
KANTRIX: "Ainda há esperança"?
CENA 22 - EXT. ACRÓPOLE - FLASHBACK
Um pouco distorcido, vemos que Ford está a chorar, abraçado ao filho.
FORD: Nós te amamos muito. Lembra-se disso.
CENA 23 - EXT. ACRÓPOLE - CONTINUAÇÃO
Kantrix aperta o papel nas suas mãos. O mesmo papel que o pai tocou. Ele sente. Lembra-se de tudo.
Limpa as lágrimas, e olha para a Acrópole. Os seus passos já têm um destino traçado.
A câmara acompanha o percurso épico de Kantrix. Finalmente encontrou força e esperança. Os seus passos começam a ganhar velocidade, de uma forma violenta. Aperta os seus punhos.
Kantrix continua deitado. Acaba por mexer as sobrancelhas.
POV KANTRIX: Há medida que abre os olhos, vemos tudo coberto por uma névoa. Os olhos voltam a fechar-se durante alguns segundos. Depois abrem-se. A névoa desapareceu, mas ainda vemos tudo meio distorcido.
Atordoado, Kantrix levanta-se. Leva a mão à sua cabeça, e respira lentamente. Fecha os olhos. Quando os volta a abrir, parece já estar bem.
Olha ao seu redor, surpreso.
KANTRIX: Onde é que eu estou?
Olha para a gigante Acrópole. Está boquiaberto.
KANTRIX: Como é que vim aqui parar?
Abana a cabeça, para afastar a distorção. Certifica-se que está mesmo naquele local. Quando tem a certeza, olha para trás.
A aldeia continua em chamas. Uma nuvem de fumo negro cobre o céu estrelado.
Quando avança, pisa algo. Olha para o chão, onde está uma folha. Imediatamente pega nela.
KANTRIX: "Ainda há esperança"?
CENA 22 - EXT. ACRÓPOLE - FLASHBACK
Um pouco distorcido, vemos que Ford está a chorar, abraçado ao filho.
FORD: Nós te amamos muito. Lembra-se disso.
CENA 23 - EXT. ACRÓPOLE - CONTINUAÇÃO
Kantrix aperta o papel nas suas mãos. O mesmo papel que o pai tocou. Ele sente. Lembra-se de tudo.
Limpa as lágrimas, e olha para a Acrópole. Os seus passos já têm um destino traçado.
A câmara acompanha o percurso épico de Kantrix. Finalmente encontrou força e esperança. Os seus passos começam a ganhar velocidade, de uma forma violenta. Aperta os seus punhos.
CORTA PARA:
CENA 24 - I/E. ACRÓPOLE -
CONTINUAÇÃO
A par do conjunto de monumentos, Kantrix corre. Nós acompanhamos tudo. Não para para contemplar templo nenhum.
O seu rosto está sério. Não há nenhum sorriso, nem nenhum olhar de vingança. Parece um robô.
CENA 25 - EXT. PARTHÉNON, ACRÓPOLE - NOITE
Kantrix chega ao gigante templo. Começa a abrandar o passo, e observa o local. Está pronto para fazer tudo.
No chão, está outra folha. Kantrix repara e pega nela. Fica curioso.
KANTRIX: "Procura debaixo da Acrópole." (pausa) W.
A sorrir, Kantrix percorre o edifício com o olhar, em busca de uma pista.
A par do conjunto de monumentos, Kantrix corre. Nós acompanhamos tudo. Não para para contemplar templo nenhum.
O seu rosto está sério. Não há nenhum sorriso, nem nenhum olhar de vingança. Parece um robô.
CENA 25 - EXT. PARTHÉNON, ACRÓPOLE - NOITE
Kantrix chega ao gigante templo. Começa a abrandar o passo, e observa o local. Está pronto para fazer tudo.
No chão, está outra folha. Kantrix repara e pega nela. Fica curioso.
KANTRIX: "Procura debaixo da Acrópole." (pausa) W.
A sorrir, Kantrix percorre o edifício com o olhar, em busca de uma pista.
CORTA PARA:
CENA 26 - INT. BASE "FIND
K." - TARDE
Ford está sentado num sofá, enquanto Loreen toma conta dele. Entrega-lhe uma xícara.
FORD: Obrigado.
Ford cheira a xícara, e fica com dúvidas quanto ao seu conteúdo. Parece cheirar mal.
LOREEN: É um chá que vai cortar os efeitos secundários da Projeção Astral. Vi a receita nos laboratórios da FGL.
FORD: Por falar na FGL. Qual foi a justificação que deste? (pausa) Não devias ficar em casa com tanta frequência. Vais dar nas vistas.
LOREEN: Não se preocupe. Está tudo controlado. Simplesmente fiquei em casa a fazer uma pequena experiência.
FORD: E eles acreditam nisso?
Loreen sorri.
LOREEN: Ter a Hermainie Luther como mãe ajuda.
FORD: A subchefe do departamento de Investigações tem sempre uma última palavra a dar.
Ambos riem. Trocam olhares, e ficam em silêncio. Ford fixa os olhos da filha. Ela não consegue evitá-lo.
LOREEN (após uma longa pausa): Sabe, há uma coisa que nunca percebi. Porque é que o Kantrix foi levado, há dez anos atrás, se o nome dele não constava nos registos da TECH? Pelo que eu sei, todas as crianças que vão ser levadas têm lá o seu nome.
Ford suspira.
FORD: É complicado. (pausa) Segundo o Shay, pode ter sido uma segunda opção.
Loreen fica a pensar nas palavras.
LOREEN: Segunda opção?
FORD: Sim. Imagina que uma criança morreu, e essa criança era suposto ser levada para a TECH. Eles tinham que arranjar um substituto.
LOREEN (curiosa): Hum... (pausa) Mesmo assim. Para quê raptarem crianças? Elas são muito mais frágeis que os adultos.
FORD: Não se forem treinadas durante dez anos, doze horas seguidas, todos os dias.
A porta abre-se e ambos olham. Ficam surpresos. Hermainie entra com...
Shay. Sim, esse mesmo. Aquele que Wanda ordenou a morte.
LOREEN: Então?
SHAY: O plano funcionou. Por esta altura, a nossa amiga já deve saber o que realmente se passa.
Ford sorri, a imaginar Wanda furiosa.
CENA 27 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - TARDE
O escritório já está recuperado do caos. Wanda está sentada, a ouvir música clássica. Batem à porta.
WANDA: Sim?
Quando a porta se abre, vemos o rosto de uma jovem mulher. Parece preocupada.
JOVEM: Miss, há algo de errado.
Wanda vira o seu rosto para a Jovem.
WANDA: Com a Prova?
Ela abana a cabeça.
JOVEM: Com o... (pausa) Com o suspeito.
Wanda aproxima-se. Olha para a sua funcionária, séria.
WANDA: Algo de errado? Como assim, algo de errado?
A Jovem engole em seco.
JOVEM (vacilante): É melhor ver com os seus próprios olhos.
Indica-lhe o caminho, e Wanda segue-a.
CENA 28 - INT. SALA DE INTERROGATÓRIOS, TECH - MOMENTOS DEPOIS
Wanda entra na sala de rompante. Shay, ou seja lá quem for, está sentado numa cadeira de ferro. O Homem continua com ele.
Wanda observa "Shay". Sem tirar o olhar dele, afirma com severidade:
WANDA: Sai. Isto agora é entre mim e... (pausa) Ele.
HOMEM: Há qualquer coisa de errado --
WANDA: Sai.
O Homem fica sentido com a ordem. Abana a cabeça, e sai da sala. Quando a porta bate, Wanda aproxima o seu rosto do de Shay.
WANDA: Já me disseram que não estás nos teus dias.
A sua expressão de nojo leva-a a levar as mãos à cabeça de Shay. Agarra os seus cabelos. Puxa-os.
No pescoço da vítima, vemos algumas ranhuras a abrirem-se. Com um pouco mais de esforço, a cabeça é arrancada.
Vemos faíscas a saírem tanto da cabeça como do pescoço.
Wanda olha para a cabeça. Dirige-se até à saída com ela na mão.
CENA 29 - INT. CORREDORES, TECH - CONTINUAÇÃO
Um guarda está a proteger a porta da Sala de Interrogatórios. Quando Wanda sai, esta empurra a cabeça contra o peito do guarda.
WANDA: Uma Réplica. (longa pausa) Analisem o chip. Vamos já tratar desses... Rebeldes.
Ford está sentado num sofá, enquanto Loreen toma conta dele. Entrega-lhe uma xícara.
FORD: Obrigado.
Ford cheira a xícara, e fica com dúvidas quanto ao seu conteúdo. Parece cheirar mal.
LOREEN: É um chá que vai cortar os efeitos secundários da Projeção Astral. Vi a receita nos laboratórios da FGL.
FORD: Por falar na FGL. Qual foi a justificação que deste? (pausa) Não devias ficar em casa com tanta frequência. Vais dar nas vistas.
LOREEN: Não se preocupe. Está tudo controlado. Simplesmente fiquei em casa a fazer uma pequena experiência.
FORD: E eles acreditam nisso?
Loreen sorri.
LOREEN: Ter a Hermainie Luther como mãe ajuda.
FORD: A subchefe do departamento de Investigações tem sempre uma última palavra a dar.
Ambos riem. Trocam olhares, e ficam em silêncio. Ford fixa os olhos da filha. Ela não consegue evitá-lo.
LOREEN (após uma longa pausa): Sabe, há uma coisa que nunca percebi. Porque é que o Kantrix foi levado, há dez anos atrás, se o nome dele não constava nos registos da TECH? Pelo que eu sei, todas as crianças que vão ser levadas têm lá o seu nome.
Ford suspira.
FORD: É complicado. (pausa) Segundo o Shay, pode ter sido uma segunda opção.
Loreen fica a pensar nas palavras.
LOREEN: Segunda opção?
FORD: Sim. Imagina que uma criança morreu, e essa criança era suposto ser levada para a TECH. Eles tinham que arranjar um substituto.
LOREEN (curiosa): Hum... (pausa) Mesmo assim. Para quê raptarem crianças? Elas são muito mais frágeis que os adultos.
FORD: Não se forem treinadas durante dez anos, doze horas seguidas, todos os dias.
A porta abre-se e ambos olham. Ficam surpresos. Hermainie entra com...
Shay. Sim, esse mesmo. Aquele que Wanda ordenou a morte.
LOREEN: Então?
SHAY: O plano funcionou. Por esta altura, a nossa amiga já deve saber o que realmente se passa.
Ford sorri, a imaginar Wanda furiosa.
CENA 27 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - TARDE
O escritório já está recuperado do caos. Wanda está sentada, a ouvir música clássica. Batem à porta.
WANDA: Sim?
Quando a porta se abre, vemos o rosto de uma jovem mulher. Parece preocupada.
JOVEM: Miss, há algo de errado.
Wanda vira o seu rosto para a Jovem.
WANDA: Com a Prova?
Ela abana a cabeça.
JOVEM: Com o... (pausa) Com o suspeito.
Wanda aproxima-se. Olha para a sua funcionária, séria.
WANDA: Algo de errado? Como assim, algo de errado?
A Jovem engole em seco.
JOVEM (vacilante): É melhor ver com os seus próprios olhos.
Indica-lhe o caminho, e Wanda segue-a.
CENA 28 - INT. SALA DE INTERROGATÓRIOS, TECH - MOMENTOS DEPOIS
Wanda entra na sala de rompante. Shay, ou seja lá quem for, está sentado numa cadeira de ferro. O Homem continua com ele.
Wanda observa "Shay". Sem tirar o olhar dele, afirma com severidade:
WANDA: Sai. Isto agora é entre mim e... (pausa) Ele.
HOMEM: Há qualquer coisa de errado --
WANDA: Sai.
O Homem fica sentido com a ordem. Abana a cabeça, e sai da sala. Quando a porta bate, Wanda aproxima o seu rosto do de Shay.
WANDA: Já me disseram que não estás nos teus dias.
A sua expressão de nojo leva-a a levar as mãos à cabeça de Shay. Agarra os seus cabelos. Puxa-os.
No pescoço da vítima, vemos algumas ranhuras a abrirem-se. Com um pouco mais de esforço, a cabeça é arrancada.
Vemos faíscas a saírem tanto da cabeça como do pescoço.
Wanda olha para a cabeça. Dirige-se até à saída com ela na mão.
CENA 29 - INT. CORREDORES, TECH - CONTINUAÇÃO
Um guarda está a proteger a porta da Sala de Interrogatórios. Quando Wanda sai, esta empurra a cabeça contra o peito do guarda.
WANDA: Uma Réplica. (longa pausa) Analisem o chip. Vamos já tratar desses... Rebeldes.
CORTA PARA:
CENA 30 - EXT. TOPO DO PARTHÉNON,
ACRÓPOLE - NOITE
Kantrix acaba de subir o templo. Quando chega ao topo, olha para baixo, afastando-se de imediato da borda.
Começa a caminhar, mas para poucos passos depois. Repara num buraco. Aproxima-se, para ver o que lá está.
Consegue ver a tocha. Sorri.
CENA 31 - INT. PARTHÉNON, ACRÓPOLE - NOITE
Momentos depois, Kantrix chega ao chão. Observa o solo, onde existem pegadas. Segue-as, levando-o a --
CENA 32 - INT. CAVERNA GREGA - NOITE
O caminho é apertado. Parece ter sido escavado durante milhares de anos com uma simples colher. Kantrix observa cada pedaço da caverna.
Passa a sua mão na parede, para sentir a terra. Percebe que algo está errado ali.
KANTRIX: Isto não é terra.
Olha para a frente, e fica maravilhado com o que vê.
CENA 33 - INT. TEMPLO SUBTERRÂNEO, CAVERNA GREGA - CONTINUAÇÃO
Ao aproximar-se, vê uma pequena estátua de uma deusa. Fica maravilhado. A sua mão percorre o mármore da estátua.
KANTRIX: É o mesmo material.
Kantrix olha ao seu redor.
KANTRIX (surpreendido): Isto é tudo feito com mármore.
KELYNA (O.S.): Afasta as mãos. Já.
Kantrix vira-se lentamente, sério. Tem uma arma apontada à cabeça.
KANTRIX: Tem calma, Kelyna.
KELYNA: Lamento imenso. Mas eu não posso deixar que você fique com o passaporte para a minha liberdade.
KANTRIX: Não quero ficar com a porcaria da peça.
Kelyna ri.
KELYNA: Então o que faz aqui? Turismo?
KANTRIX: Kelyna, eu posso te tirar daqui. Mas vai ter que me ajudar.
KELYNA: Ah, por favor! Não comece a tretar! Eu sei perfeitamente que isso é só uma desculpa para eu baixar as armas!
KANTRIX: Não! Não é nada disso!
Kelyna está prestes a disparar. Kantrix a impede.
KANTRIX: Ouve! Algo está a acontecer Kelyna! Algo bom para os Discípulos!
Kelyna para. Afasta um pouco a arma.
KELYNA: O que é que você quer dizer?
KANTRIX: O meu pai conseguiu infiltrar-se e comunicou comigo.
Ela fica surpreendida.
KELYNA: O quê?
KANTRIX: Eu o vi. Até tenho aqui um papel que ele me deixou antes de desaparecer.
Tira o papel da sua mochila e o mostra a Kelyna.
KANTRIX: É uma mensagem.
Ainda com algum receio, Kelyna pega no papel. Lê com os próprios olhos. Está sem reação.
KANTRIX: Esta é a tua oportunidade de se vingar do teu Padrasto.
A câmara foca em Kelyna. Está em choque -- até que vemos a vingança no seu olhar. Ela baixa a arma, e guarda-a.
KANTRIX: Fez a opção certa.
KELYNA: Qual é o plano?
Kantrix sorri.
KANTRIX: Destruir a TECH. Torná-la em cinzas.
Um sorriso partilhado entre os dois é a última coisa que vemos antes de --
SMASH TO BLACK.
Kantrix acaba de subir o templo. Quando chega ao topo, olha para baixo, afastando-se de imediato da borda.
Começa a caminhar, mas para poucos passos depois. Repara num buraco. Aproxima-se, para ver o que lá está.
Consegue ver a tocha. Sorri.
CENA 31 - INT. PARTHÉNON, ACRÓPOLE - NOITE
Momentos depois, Kantrix chega ao chão. Observa o solo, onde existem pegadas. Segue-as, levando-o a --
CENA 32 - INT. CAVERNA GREGA - NOITE
O caminho é apertado. Parece ter sido escavado durante milhares de anos com uma simples colher. Kantrix observa cada pedaço da caverna.
Passa a sua mão na parede, para sentir a terra. Percebe que algo está errado ali.
KANTRIX: Isto não é terra.
Olha para a frente, e fica maravilhado com o que vê.
CENA 33 - INT. TEMPLO SUBTERRÂNEO, CAVERNA GREGA - CONTINUAÇÃO
Ao aproximar-se, vê uma pequena estátua de uma deusa. Fica maravilhado. A sua mão percorre o mármore da estátua.
KANTRIX: É o mesmo material.
Kantrix olha ao seu redor.
KANTRIX (surpreendido): Isto é tudo feito com mármore.
KELYNA (O.S.): Afasta as mãos. Já.
Kantrix vira-se lentamente, sério. Tem uma arma apontada à cabeça.
KANTRIX: Tem calma, Kelyna.
KELYNA: Lamento imenso. Mas eu não posso deixar que você fique com o passaporte para a minha liberdade.
KANTRIX: Não quero ficar com a porcaria da peça.
Kelyna ri.
KELYNA: Então o que faz aqui? Turismo?
KANTRIX: Kelyna, eu posso te tirar daqui. Mas vai ter que me ajudar.
KELYNA: Ah, por favor! Não comece a tretar! Eu sei perfeitamente que isso é só uma desculpa para eu baixar as armas!
KANTRIX: Não! Não é nada disso!
Kelyna está prestes a disparar. Kantrix a impede.
KANTRIX: Ouve! Algo está a acontecer Kelyna! Algo bom para os Discípulos!
Kelyna para. Afasta um pouco a arma.
KELYNA: O que é que você quer dizer?
KANTRIX: O meu pai conseguiu infiltrar-se e comunicou comigo.
Ela fica surpreendida.
KELYNA: O quê?
KANTRIX: Eu o vi. Até tenho aqui um papel que ele me deixou antes de desaparecer.
Tira o papel da sua mochila e o mostra a Kelyna.
KANTRIX: É uma mensagem.
Ainda com algum receio, Kelyna pega no papel. Lê com os próprios olhos. Está sem reação.
KANTRIX: Esta é a tua oportunidade de se vingar do teu Padrasto.
A câmara foca em Kelyna. Está em choque -- até que vemos a vingança no seu olhar. Ela baixa a arma, e guarda-a.
KANTRIX: Fez a opção certa.
KELYNA: Qual é o plano?
Kantrix sorri.
KANTRIX: Destruir a TECH. Torná-la em cinzas.
Um sorriso partilhado entre os dois é a última coisa que vemos antes de --
SMASH TO BLACK.
FIM ATO DOIS
ATO TRÊS
ATO TRÊS
CENA 34 - INT. CAVERNA GREGA -
NOITE
Kantrix e Kelyna caminham, lado a lado, pelos apertados corredores.
KELYNA: Então está me dizendo que o teu pai conseguiu passar pela segurança apertada da TECH e comunicou contigo?
Kantrix confirma firmemente com a cabeça.
KELYNA: Tem noção que isso é coisa de louco?
KANTRIX: Sim, tenho. Mas também me dá a certeza de que se ele o fez, e se me deixou esta mensagem, então está a preparar algo.
Ela reage a esta última afirmação, abanando a cabeça. Não acredita numa única palavra.
KELYNA: Algo? (pausa) Você se refere destruir a TECH?
Kantrix sorri, vingativo.
KANTRIX: Talvez.
Ela para, fazendo o seu novo parceiro parar também.
KELYNA: Não quero arruinar as tuas esperanças, Kantrix. (pausa) Mas não acha que estás a dar demasiado valor a isto?
Kantrix não quer acreditar nas palavras de Kelyna...
KELYNA: Tudo bem que o teu pai passou os limites dos limites para deixar uma mensagem --
KANTRIX (interrompe): Ele não iria arriscar tanto só para me dizer que "ainda existe esperança"! (pausa) Além disso...
Respira fundo. Baixa o olhar.
KELYNA: O que é?
KANTRIX: Não sei se devo te dizer isto.
Ela coloca as mãos nas ancas, impaciente.
KELYNA: Kantrix.
Olha para ela, ainda com dúvidas. Encolhe os ombros e suspira.
KANTRIX: Tudo bem. (pausa) Esperança é a palavra que designa rebelião num dos livros favoritos do meu avô. Ele costumava dizer que um dia, a esperança iria acabar com o Governo.
Kelyna tenta interpretar as suas palavras.
KELYNA: "A revolta vai deitar abaixo o Governo." É isso?
Ele confirma.
KANTRIX: É isso mesmo.
KELYNA: Então acha que o teu pai pode estar envolvido num grupo revolucionário, ou algo do gênero?
KANTRIX: Não acho. Tenho a certeza.
Recomeçam a caminhar, passo lento.
KANTRIX: O meu pai é filho de um dos maiores gênios do século XXI, mas nunca conseguiria chegar aqui, à Prova, pelos seus próprios meios. Ele teria que ter ajuda de outras pessoas.
Kelyna processa toda a informação. Acaba por concordar com Kantrix.
KELYNA: Agora as coisas já têm pés e cabeças.
KANTRIX: E acho que está na hora de não se revoltar apenas quem está lá fora.
(pausa) Os discípulos têm que cooperar.
KELYNA (surpreendida): Revoltarmo-nos? Wow, Kantrix. Isso já é demasiado.
KANTRIX: Não se nos juntarmos todos.
Uma pausa. Kelyna sorri.
KELYNA: A união faz a força. Lá isso é verdade.
KANTRIX: Por isso é que temos que mostrar que já não é a TECH que controla a nossa vida nem o nosso destino, somos nós próprios.
Kelyna olha para Kantrix. Acena com a cabeça. Ele mostra um sorriso feliz.
KANTRIX: Isso é um sim?
KELYNA: Vamos lá dar cabo desses filhos da mãe.
Dão um high-five.
KANTRIX: E não vai haver ninguém que nos pare. (pausa) Nem mesmo a Wanda Fitzgerald.
KELYNA (após um longo momento de silêncio): Nem mesmo a Wanda.
Sorriem. Existe cumplicidade. Começam a correr e --
Kantrix e Kelyna caminham, lado a lado, pelos apertados corredores.
KELYNA: Então está me dizendo que o teu pai conseguiu passar pela segurança apertada da TECH e comunicou contigo?
Kantrix confirma firmemente com a cabeça.
KELYNA: Tem noção que isso é coisa de louco?
KANTRIX: Sim, tenho. Mas também me dá a certeza de que se ele o fez, e se me deixou esta mensagem, então está a preparar algo.
Ela reage a esta última afirmação, abanando a cabeça. Não acredita numa única palavra.
KELYNA: Algo? (pausa) Você se refere destruir a TECH?
Kantrix sorri, vingativo.
KANTRIX: Talvez.
Ela para, fazendo o seu novo parceiro parar também.
KELYNA: Não quero arruinar as tuas esperanças, Kantrix. (pausa) Mas não acha que estás a dar demasiado valor a isto?
Kantrix não quer acreditar nas palavras de Kelyna...
KELYNA: Tudo bem que o teu pai passou os limites dos limites para deixar uma mensagem --
KANTRIX (interrompe): Ele não iria arriscar tanto só para me dizer que "ainda existe esperança"! (pausa) Além disso...
Respira fundo. Baixa o olhar.
KELYNA: O que é?
KANTRIX: Não sei se devo te dizer isto.
Ela coloca as mãos nas ancas, impaciente.
KELYNA: Kantrix.
Olha para ela, ainda com dúvidas. Encolhe os ombros e suspira.
KANTRIX: Tudo bem. (pausa) Esperança é a palavra que designa rebelião num dos livros favoritos do meu avô. Ele costumava dizer que um dia, a esperança iria acabar com o Governo.
Kelyna tenta interpretar as suas palavras.
KELYNA: "A revolta vai deitar abaixo o Governo." É isso?
Ele confirma.
KANTRIX: É isso mesmo.
KELYNA: Então acha que o teu pai pode estar envolvido num grupo revolucionário, ou algo do gênero?
KANTRIX: Não acho. Tenho a certeza.
Recomeçam a caminhar, passo lento.
KANTRIX: O meu pai é filho de um dos maiores gênios do século XXI, mas nunca conseguiria chegar aqui, à Prova, pelos seus próprios meios. Ele teria que ter ajuda de outras pessoas.
Kelyna processa toda a informação. Acaba por concordar com Kantrix.
KELYNA: Agora as coisas já têm pés e cabeças.
KANTRIX: E acho que está na hora de não se revoltar apenas quem está lá fora.
(pausa) Os discípulos têm que cooperar.
KELYNA (surpreendida): Revoltarmo-nos? Wow, Kantrix. Isso já é demasiado.
KANTRIX: Não se nos juntarmos todos.
Uma pausa. Kelyna sorri.
KELYNA: A união faz a força. Lá isso é verdade.
KANTRIX: Por isso é que temos que mostrar que já não é a TECH que controla a nossa vida nem o nosso destino, somos nós próprios.
Kelyna olha para Kantrix. Acena com a cabeça. Ele mostra um sorriso feliz.
KANTRIX: Isso é um sim?
KELYNA: Vamos lá dar cabo desses filhos da mãe.
Dão um high-five.
KANTRIX: E não vai haver ninguém que nos pare. (pausa) Nem mesmo a Wanda Fitzgerald.
KELYNA (após um longo momento de silêncio): Nem mesmo a Wanda.
Sorriem. Existe cumplicidade. Começam a correr e --
CORTA PARA:
CENA 35 - INT. SALA DE VIDEOVIGILÂNCIA, TECH - TARDE
Wanda está com uma técnica em frente a diversos monitores. Num deles está a fotografia de Ford.
WANDA: Segue todos os passos desse homem após a fuga do nosso edifício.
A técnica pressiona alguns botões e faz a imagem parar no edifício da Find K., onde Ford está a entrar.
WANDA: Onde é que isso fica?
A técnica olha para o monitor, e pressiona umas teclas.
TÉCNICA: O mapa indica que fica num centro de investigação de uma universidade. Quer que lhe envie as coordenadas?
Wanda acena com a cabeça. A Técnica carrega em mais alguns botões e o tablet de Wanda recebe uma notificação. Ela o abre, para se deparar com as coordenadas.
WANDA: Bom trabalho.
Abandona o local, deixando a Técnica orgulhosa.
CENA 36 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - ANOITECER
Wanda está a olhar para algo, com um sorriso frio. A câmara desce e vemos que nas suas mãos se encontra uma arma. Observa-a com a atenção.
Desvia o seu foco para o tablet, que está em cima da mesa. Nele está a fotografia do edifício da Find K.
Pega em munição e recarrega a arma, sempre olhando para a foto. Levanta-se da cadeira.
CENA 37 - EXT. EDIFÍCIO DA "FIND K." - NOITE
Um carro topo de gama para em frente ao gigante edifício. Uma porta abre-se brutamente, e Wanda sai de lá. O chauffer fica surpreendido.
Dirige-se até à porta, abrindo-a com facilidade.
CENA 38 - INT. EDIFÍCIO DA "FIND K." - CONTINUAÇÃO
Wanda caminha nos longos corredores vazios e silenciosos do edifício. Ouve um barulho. Para e instintivamente olha para o lado, onde está uma porta. O som veio de lá.
Aproxima-se lentamente, coloca a mão na porta e segura a sua arma, firme. Devagar, abre a porta e rapidamente aponta a arma.
A sala está vazia. A câmara foca num rato, que derrubou uma lata de tinta já sem qualquer utilidade.
Continua a andar. Abre portas, umas atrás de outras, com expectativas de ver Ford. No entanto, após algum tempo, fica frustrada - não o vê em lado nenhum.
Até que --
CENA 39 - INT. BASE "FIND K." - CONTINUAÇÃO
A porta abre-se e para a surpresa de Ford, Shay, Hermainie e Loreen, é Wanda. Loreen olha para o pai, despreocupada.
POV de Wanda: A sala está vazia. Nem um sinal dos quatro.
Wanda aperta o punho, um gesto seu habitual, e fecha a porta rapidamente.
Os quatro riem.
LOREEN: Veem? Eu disse que criar o nosso próprio micro-universo era muito seguro.
FORD: Essa cabra não desiste.
HERMAINIE: Mesmo assim não podemos descansar. Se ela tivesse a brilhante ideia de explorar a sala, poderia facilmente encontrar a entrada para aqui.
LOREEN: Não se preocupe com isso. Eu vou arranjar maneira de só conseguirem entrar pessoas com autorização.
Ford olha para Shay.
FORD (tom de brincadeira): É a minha garota.
Todos os presentes na sala sorriem, aliviados.
CENA 40 - INT. CAVERNA GREGA - NOITE
Kelyna e Kantrix continuam a caminhar juntos. Veem uma luz ao fundo do corredor. Param para a observar.
KELYNA: A peça deve estar ali.
Trocam olhares e começam a andar.
CENA 41 - INT. SALA, CAVERNA GREGA - NOITE
Assim que lá chegam, ficam surpreendidos.
KELYNA (boquiaberta): Mãe de Deus.
A câmara sobe para revelar uma gigante estátua de Atenas. Os dois voltam a olhar um para o outro.
AVANÇO NO TEMPO: Os dois estão a escalar a estátua. Ajudam-se mutuamente.
A mão de Kelyna falha, e o seu corpo recua rapidamente -- Kantrix não tarda a estender a sua mão. Ela puxa o seu corpo, com um salto.
KELYNA: Obrigada.
Continuam a escalar.
AVANÇO NO TEMPO: Kantrix coloca a mão numa superfície e EMPURRA o seu corpo. Acaba por concluir que está no topo. Ajuda Kelyna a subir, porém esta recusa.
Olhando em frente, vêem uma plataforma, onde está a peça, em cima de um pedestal. Terão que saltar para lá chegar.
KANTRIX: Tu ou eu?
KELYNA: Bem, isto era capaz de me dar um gosto de vingança que quero provar faz algum tempo.
KANTRIX (rindo): Tu e muitos outros.
Kelyna dá um passo, mas Kantrix impede-a.
KANTRIX (sério): Eu faço.
KELYNA: Não me estragues o momento. (a sorrir) Você é o próximo.
Ainda reticente, acaba por acenar com a cabeça.
KANTRIX: Está bem.
Kelyna respira fundo. Dá dois passos para trás, e avança um -- saca uma arma e... BANG! O trio é certeiro. A terceira peça é atingida. Após alguns segundos, um gigante terremoto inicia-se. A iluminação começa a ficar intermitente. Os objetos começam a ficar sem textura.
KANTRIX (gritando) : Acho que resultou!
KELYNA (da mesma forma): E agora?!
KANTRIX: Temos que sair daqui! Esta porra vai cair!
KELYNA: Qual o plano agora?!
Sem pensar, Kantrix agarra na mão de Kelyna -- ela retira-a, com violência.
KELYNA: O que é que está fazendo?!
KANTRIX: Confia em mim!
Volta a dar-lhe a mão.
KELYNA (sussurro): Até estou com medo.
Kantrix não pensa duas vezes e SALTA do topo da estátua. Ela é arrastada por ele.
CENA 42 - INT. SALA DE CONTROLO, TECH - NOITE
A sala está um caos. Os técnicos não sabem o que fazer. Os monitores apresentam mensagens de erros.
TÉCNICO: O que é que se passou?
TÉCNICO #2: Houve um shut-down nos servidores que suportam a Prova.
TÉCNICO: Isso é impossível!
TÉCNICO #2: Se uma das peças for destruída, é possível. É de lá que provém a energia dos servidores.
TÉCNICO: Quem é que se lembrou de colocar a fonte de energia nas peças?!
Técnico #2 lança um olhar sério.
TÉCNICO #2: Nunca ninguém pensou que um Discípulo iria vir a destruir aquilo que procuravam para sobreviver!
TÉCNICO: E quem é que foi o estúpido a destruir uma peça?
TÉCNICO #2: Dois discípulos. Os que a chefe ordenou que se colocasse no cenário da Grécia Antiga caótica.
E BZUUUUM. Os monitores da sala desligam-se. Todos param por um segundo.
TÉCNICO: Jesus...
CENA 43 - EXT. EDIFÍCIO DA "FIND K." - NOITE
Wanda sai do edifício. Caminha furiosamente até ao carro que a espera -- até que é interrompida por uma chamada.
WANDA: O que é que se passa? Porque é que me estão a ligar? (uma longa pausa para ouvir o que lhe dizem) O quê?! Quem é que fez isso?!
Para para ouvir, mais uma vez. Olha para o edifício.
WANDA: Matem-nos. Em frente dos familiares. (pausa, a sorrir) Dolorosamente.
CENA 44 - EXT. ALDEIA GREGA - NOITE
Kelyna e Kantrix correm, passando pelo meio de soldados -- estes começam a desaparecer, intermitentemente, e depois aparecem -- o mesmo para os edifícios -- as chamas perdem o efeito, e os nossos heróis podem passar por elas sem problemas --
KELYNA: Ainda não percebi como é que sobrevivemos.
KANTRIX: Basicamente nós estamos num mundo virtual, onde tudo é controlado. Com aquele tiro, tu destronaste os servidores onde o mundo está hospedado, e portanto, leis da natureza já não funcionam como deviam, porque as leis aqui aplicadas são fictícias. Provavelmente saltamos apenas dois metros, só que pareceram cinquenta.
KELYNA: Demasiada informação para absorver... principalmente a correr desta maneira!
KANTRIX: Que se dane! Estamos vivos, e isso é o que realmente importa!
A câmara acompanha os dois a correr, e ao mesmo tempo sobe, mostrando um panorama da área: o gigante Campo de Batalha, vazio.
CENA 45 - EXT. CAMPO DE BATALHA - CONTINUAÇÃO
Os dois continuam a correr -- não têm que se preocupar com soldados desta vez, por isso, estão mais rápidos -- chamas continuam a invadir o local, mas nada de preocupante --
Kelyna abranda, para respirar. Kantrix olha para trás, irritado.
KANTRIX: Vamos!
KELYNA: Para onde?
Ele agarra na sua mão e puxa-a. Assim que Kelyna recupera o fôlego, larga a mão. Correm cada vez mais rápido.
Kantrix olha para o céu. Está em busca de algo.
KELYNA: O que é que procuras?
KANTRIX: Um ponto.
Kelyna olha também. Abana a cabeça.
KELYNA: Existem milhares!
KANTRIX: Não, o ponto é diferente, é vermelho. (aponta para o céu) Ali!
Ela olha -- ele tira a arma da bolsa de Kelyna e aponta-a para o ponto.
KELYNA: O que é que estás a fazer?
KANTRIX (uma pausa): A Esperança.
Não percebe. Kantrix dispara e --
Um raio cai do céu, atingindo ambos. A tela fica completamente branca.
Uns segundos de dúvida, e de seguida:
CENA 46 - INT. ARENA DESCONHECIDA
Kelyna e Kantrix acordam no centro da Arena. Olham em redor, surpresos.
KELYNA: Onde é que estamos?
KANTRIX: Não sei. Isto não parece nenhum local da Prova.
KELYNA: Será que...?
Houve-se um pequeno barulho, como o zoar de uma abelha, mas mais alto, e então --
Surge HUGO RAWLING, um outro discípulo. Parece assustado, atormentado.
Kantrix e Kelyna olham para ele.
HUGO: Meu Deus! O que é que se passa?
Um instante de silêncio. A câmara foca no olhar de Kantrix, satisfeito. Num tom épico, conclui:
KANTRIX: É o fim da TECH.
SMASH TO BLACK.
Wanda está com uma técnica em frente a diversos monitores. Num deles está a fotografia de Ford.
WANDA: Segue todos os passos desse homem após a fuga do nosso edifício.
A técnica pressiona alguns botões e faz a imagem parar no edifício da Find K., onde Ford está a entrar.
WANDA: Onde é que isso fica?
A técnica olha para o monitor, e pressiona umas teclas.
TÉCNICA: O mapa indica que fica num centro de investigação de uma universidade. Quer que lhe envie as coordenadas?
Wanda acena com a cabeça. A Técnica carrega em mais alguns botões e o tablet de Wanda recebe uma notificação. Ela o abre, para se deparar com as coordenadas.
WANDA: Bom trabalho.
Abandona o local, deixando a Técnica orgulhosa.
CENA 36 - INT. ESCRITÓRIO DE WANDA, TECH - ANOITECER
Wanda está a olhar para algo, com um sorriso frio. A câmara desce e vemos que nas suas mãos se encontra uma arma. Observa-a com a atenção.
Desvia o seu foco para o tablet, que está em cima da mesa. Nele está a fotografia do edifício da Find K.
Pega em munição e recarrega a arma, sempre olhando para a foto. Levanta-se da cadeira.
CENA 37 - EXT. EDIFÍCIO DA "FIND K." - NOITE
Um carro topo de gama para em frente ao gigante edifício. Uma porta abre-se brutamente, e Wanda sai de lá. O chauffer fica surpreendido.
Dirige-se até à porta, abrindo-a com facilidade.
CENA 38 - INT. EDIFÍCIO DA "FIND K." - CONTINUAÇÃO
Wanda caminha nos longos corredores vazios e silenciosos do edifício. Ouve um barulho. Para e instintivamente olha para o lado, onde está uma porta. O som veio de lá.
Aproxima-se lentamente, coloca a mão na porta e segura a sua arma, firme. Devagar, abre a porta e rapidamente aponta a arma.
A sala está vazia. A câmara foca num rato, que derrubou uma lata de tinta já sem qualquer utilidade.
Continua a andar. Abre portas, umas atrás de outras, com expectativas de ver Ford. No entanto, após algum tempo, fica frustrada - não o vê em lado nenhum.
Até que --
CENA 39 - INT. BASE "FIND K." - CONTINUAÇÃO
A porta abre-se e para a surpresa de Ford, Shay, Hermainie e Loreen, é Wanda. Loreen olha para o pai, despreocupada.
POV de Wanda: A sala está vazia. Nem um sinal dos quatro.
Wanda aperta o punho, um gesto seu habitual, e fecha a porta rapidamente.
Os quatro riem.
LOREEN: Veem? Eu disse que criar o nosso próprio micro-universo era muito seguro.
FORD: Essa cabra não desiste.
HERMAINIE: Mesmo assim não podemos descansar. Se ela tivesse a brilhante ideia de explorar a sala, poderia facilmente encontrar a entrada para aqui.
LOREEN: Não se preocupe com isso. Eu vou arranjar maneira de só conseguirem entrar pessoas com autorização.
Ford olha para Shay.
FORD (tom de brincadeira): É a minha garota.
Todos os presentes na sala sorriem, aliviados.
CENA 40 - INT. CAVERNA GREGA - NOITE
Kelyna e Kantrix continuam a caminhar juntos. Veem uma luz ao fundo do corredor. Param para a observar.
KELYNA: A peça deve estar ali.
Trocam olhares e começam a andar.
CENA 41 - INT. SALA, CAVERNA GREGA - NOITE
Assim que lá chegam, ficam surpreendidos.
KELYNA (boquiaberta): Mãe de Deus.
A câmara sobe para revelar uma gigante estátua de Atenas. Os dois voltam a olhar um para o outro.
AVANÇO NO TEMPO: Os dois estão a escalar a estátua. Ajudam-se mutuamente.
A mão de Kelyna falha, e o seu corpo recua rapidamente -- Kantrix não tarda a estender a sua mão. Ela puxa o seu corpo, com um salto.
KELYNA: Obrigada.
Continuam a escalar.
AVANÇO NO TEMPO: Kantrix coloca a mão numa superfície e EMPURRA o seu corpo. Acaba por concluir que está no topo. Ajuda Kelyna a subir, porém esta recusa.
Olhando em frente, vêem uma plataforma, onde está a peça, em cima de um pedestal. Terão que saltar para lá chegar.
KANTRIX: Tu ou eu?
KELYNA: Bem, isto era capaz de me dar um gosto de vingança que quero provar faz algum tempo.
KANTRIX (rindo): Tu e muitos outros.
Kelyna dá um passo, mas Kantrix impede-a.
KANTRIX (sério): Eu faço.
KELYNA: Não me estragues o momento. (a sorrir) Você é o próximo.
Ainda reticente, acaba por acenar com a cabeça.
KANTRIX: Está bem.
Kelyna respira fundo. Dá dois passos para trás, e avança um -- saca uma arma e... BANG! O trio é certeiro. A terceira peça é atingida. Após alguns segundos, um gigante terremoto inicia-se. A iluminação começa a ficar intermitente. Os objetos começam a ficar sem textura.
KANTRIX (gritando) : Acho que resultou!
KELYNA (da mesma forma): E agora?!
KANTRIX: Temos que sair daqui! Esta porra vai cair!
KELYNA: Qual o plano agora?!
Sem pensar, Kantrix agarra na mão de Kelyna -- ela retira-a, com violência.
KELYNA: O que é que está fazendo?!
KANTRIX: Confia em mim!
Volta a dar-lhe a mão.
KELYNA (sussurro): Até estou com medo.
Kantrix não pensa duas vezes e SALTA do topo da estátua. Ela é arrastada por ele.
CENA 42 - INT. SALA DE CONTROLO, TECH - NOITE
A sala está um caos. Os técnicos não sabem o que fazer. Os monitores apresentam mensagens de erros.
TÉCNICO: O que é que se passou?
TÉCNICO #2: Houve um shut-down nos servidores que suportam a Prova.
TÉCNICO: Isso é impossível!
TÉCNICO #2: Se uma das peças for destruída, é possível. É de lá que provém a energia dos servidores.
TÉCNICO: Quem é que se lembrou de colocar a fonte de energia nas peças?!
Técnico #2 lança um olhar sério.
TÉCNICO #2: Nunca ninguém pensou que um Discípulo iria vir a destruir aquilo que procuravam para sobreviver!
TÉCNICO: E quem é que foi o estúpido a destruir uma peça?
TÉCNICO #2: Dois discípulos. Os que a chefe ordenou que se colocasse no cenário da Grécia Antiga caótica.
E BZUUUUM. Os monitores da sala desligam-se. Todos param por um segundo.
TÉCNICO: Jesus...
CENA 43 - EXT. EDIFÍCIO DA "FIND K." - NOITE
Wanda sai do edifício. Caminha furiosamente até ao carro que a espera -- até que é interrompida por uma chamada.
WANDA: O que é que se passa? Porque é que me estão a ligar? (uma longa pausa para ouvir o que lhe dizem) O quê?! Quem é que fez isso?!
Para para ouvir, mais uma vez. Olha para o edifício.
WANDA: Matem-nos. Em frente dos familiares. (pausa, a sorrir) Dolorosamente.
CENA 44 - EXT. ALDEIA GREGA - NOITE
Kelyna e Kantrix correm, passando pelo meio de soldados -- estes começam a desaparecer, intermitentemente, e depois aparecem -- o mesmo para os edifícios -- as chamas perdem o efeito, e os nossos heróis podem passar por elas sem problemas --
KELYNA: Ainda não percebi como é que sobrevivemos.
KANTRIX: Basicamente nós estamos num mundo virtual, onde tudo é controlado. Com aquele tiro, tu destronaste os servidores onde o mundo está hospedado, e portanto, leis da natureza já não funcionam como deviam, porque as leis aqui aplicadas são fictícias. Provavelmente saltamos apenas dois metros, só que pareceram cinquenta.
KELYNA: Demasiada informação para absorver... principalmente a correr desta maneira!
KANTRIX: Que se dane! Estamos vivos, e isso é o que realmente importa!
A câmara acompanha os dois a correr, e ao mesmo tempo sobe, mostrando um panorama da área: o gigante Campo de Batalha, vazio.
CENA 45 - EXT. CAMPO DE BATALHA - CONTINUAÇÃO
Os dois continuam a correr -- não têm que se preocupar com soldados desta vez, por isso, estão mais rápidos -- chamas continuam a invadir o local, mas nada de preocupante --
Kelyna abranda, para respirar. Kantrix olha para trás, irritado.
KANTRIX: Vamos!
KELYNA: Para onde?
Ele agarra na sua mão e puxa-a. Assim que Kelyna recupera o fôlego, larga a mão. Correm cada vez mais rápido.
Kantrix olha para o céu. Está em busca de algo.
KELYNA: O que é que procuras?
KANTRIX: Um ponto.
Kelyna olha também. Abana a cabeça.
KELYNA: Existem milhares!
KANTRIX: Não, o ponto é diferente, é vermelho. (aponta para o céu) Ali!
Ela olha -- ele tira a arma da bolsa de Kelyna e aponta-a para o ponto.
KELYNA: O que é que estás a fazer?
KANTRIX (uma pausa): A Esperança.
Não percebe. Kantrix dispara e --
Um raio cai do céu, atingindo ambos. A tela fica completamente branca.
Uns segundos de dúvida, e de seguida:
CENA 46 - INT. ARENA DESCONHECIDA
Kelyna e Kantrix acordam no centro da Arena. Olham em redor, surpresos.
KELYNA: Onde é que estamos?
KANTRIX: Não sei. Isto não parece nenhum local da Prova.
KELYNA: Será que...?
Houve-se um pequeno barulho, como o zoar de uma abelha, mas mais alto, e então --
Surge HUGO RAWLING, um outro discípulo. Parece assustado, atormentado.
Kantrix e Kelyna olham para ele.
HUGO: Meu Deus! O que é que se passa?
Um instante de silêncio. A câmara foca no olhar de Kantrix, satisfeito. Num tom épico, conclui:
KANTRIX: É o fim da TECH.
SMASH TO BLACK.
CRIADO POR:
Dom Costa
Dom Costa
ELENCO:
Billy Unger como Kantrix
Joshua Jackson como Ford Luther
Rebecca Hall como Hermainie Luther
Emily Meade como Loreen Luther
David Anders como Shay Lincoln
Phoebe Tonkin como Kelyna Fort
Spencer Boldman como Jydroh Griffen
Kristen Stewart como Wanda Fitzgerald
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
Keke Palmer como Lionce
Hailee Steinfield como Frederika
Anton Yelchin como Jynx
Jaden Smith como Pedro
Josh Hutcherson como Hugo
Maisie Williams como Mariah
Elle Fanning como Ottha
Collin como Junot
Dylan O'Brien como Edu
Chance Kelly como Francis Major
Joshua Malina como Liam Spektor
Adam Brody como Dan
PRODUÇÃO
Bruno Olsen
Diogo de Castro
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
Copyright © 2015 - WebTV
www.redewtv.com
Billy Unger como Kantrix
Joshua Jackson como Ford Luther
Rebecca Hall como Hermainie Luther
Emily Meade como Loreen Luther
David Anders como Shay Lincoln
Phoebe Tonkin como Kelyna Fort
Spencer Boldman como Jydroh Griffen
Kristen Stewart como Wanda Fitzgerald
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
Keke Palmer como Lionce
Hailee Steinfield como Frederika
Anton Yelchin como Jynx
Jaden Smith como Pedro
Josh Hutcherson como Hugo
Maisie Williams como Mariah
Elle Fanning como Ottha
Collin como Junot
Dylan O'Brien como Edu
Chance Kelly como Francis Major
Joshua Malina como Liam Spektor
Adam Brody como Dan
PRODUÇÃO
Bruno Olsen
Diogo de Castro
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
Copyright © 2015 - WebTV
www.redewtv.com
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução
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