Sinopse: Um mistério se desenrola bem diante dos olhos de Augustinho, um menino que precisou ter um Natal bem diferente para perceber que o verdadeiro Natal vai muito além da Ceia e dos presentes.
6x02 - Um Ano (quase) sem Natal
de Lays Moraes
Não que seja meu costume ouvir conversas alheias, mas estando eu sozinha em uma viagem para Sorocaba, e como via as horas se sucederem sem nenhuma novidade na estrada, não teve como não prestar atenção no que falavam no assento ao lado. Diziam que foi um fato verdadeiro, eu tenho minhas dúvidas, mas prefiro que os leitores julguem por si. A história ocorreu em uma cidadezinha que fica lá para os lados de Presidente Prudente, na época do Natal. “Mas como é que foram se lembrar de uma coisa dessas, se estamos em agosto?”, pensei. Mas como não quero me prolongar demais, deixe-me começar a história, que era mais ou menos assim, pelo que me lembro:
Como era de costume, todos os anos, Augustinho assinalava no calendário os dias que passavam até chegar o Natal, com um mês de antecedência. Não conseguia conter a euforia porque sua mãe, sendo uma senhora muito amável, todo ano preparava uma surpresa para cada um dos dias que antecedem o Natal. Teve um ano no qual Augustinho ganhou meias coloridas no dia primeiro de dezembro; outra vez ele ganhou um passeio no fim da tarde do dia dez de dezembro. Eram pequenos detalhes, pequenas celebrações, mas como, para o menino, era a época mais esperada do ano, sentia-se o mais sortudo do mundo.
Porém, é aqui que a história fica melhor, olha só o tamanho do mistério! Naquele ano nada acontecia, os dias corriam, e nada. A mãe não dava sinal de se lembrar em que época do ano estavam, muito menos, parecia lembrar que era dezembro. Nem lembrancinha, nem presente, nada para surpreender Augustinho ao amanhecer. Nada!
Então, triste como nunca, o menino se questionou sobre o que teria acontecido com sua mamãe: -” não, isso deve ser parte da surpresa!’’, só conseguia pensar nessa hipótese.
Entretanto, ao ver chegar o dia vinte e quatro de dezembro e nada dos preparativos para a Ceia, o menino viu suas expectativas irem por água abaixo; ficou arrasado, amuado num canto, nem comer queria. A mãe, zelosa como era, ficou preocupada e foi perguntar o que havia de errado com ele. E então, o menino se encheu de esperança e perguntou pelo Natal, pelos presentes, até pelo Papai Noel. A mãe olhou-o com um sorriso imenso no rosto e questionou se essa história de Natal era uma fábula que estavam ensinando na escola. O menino não disfarçou a decepção que trazia no semblante: -” Como assim, ela não sabe o que é Natal? -pensou.
E não sabia mesmo, ninguém na cidade sabia. Naquele ano não haveria Natal. Estava tudo perdido, sem Natal, sem festa, sem presentes. Todos tinham perdido, inclusive, a memória dos Natais passados.
Ao perceber a gravidade da situação, Augustinho foi para seu quarto e começou a chorar escondido de tudo e de todos, mas um chamado vindo da janela o despertou de suas angústias. Quando olhou para fora, não acreditava no que seus olhos viam! Papai Noel, de trenó e tudo, flutuava no espaço mínimo entre a janela e a varanda. Com seu ar simpático e bonachão, era impossível não ser reconhecido… era o velho amigo de outros anos, apesar de que, no momento, Augustinho nem se dava conta de que nunca o vira pessoalmente antes. Ele existia!!
Com uma voz de quem promete e cumpre, o velhinho se aproximou da janela e, pedindo atenção, explicou ao menino qual era a situação: — Olha, Augustinho, precisamos fazer alguma coisa, quero sua ajuda, está bem? Os adultos estão acabando com o Natal, a maioria já se esqueceu do menino Jesus. Veja, tenho um plano...”
E Papai Noel, que não é bobo nem nada, explicou tintim por tintim o que o menino precisava fazer. E não é que ele entendeu direitinho!? Augustinho avisou a mãe que tinha uma missão muito importante, e saiu correndo pelas ruas da cidade para cumpri-la.
Lá se foi o Augustinho, que rumou para a praça da cidade, local onde costumava dormir uma multidão de mendigos. O menino foi pedir algo aos voluntários que distribuíam a sopa ao meio-dia. No outro dia, no dia do Natal, todos na rua se admiraram ao ver o menino pedindo doações aos vizinhos; arrecadando todo tipo de alimentos, tinha de tudo um pouco, naquilo que a bondade da população pode fornecer. E mais além: agasalhos, cobertores, brinquedos…
Depois de arranjar o que precisava, lá estava o Augustinho com os voluntários, servindo uma verdadeira Ceia de Natal aos moradores de rua, nem se importava de não ter tido uma ceia em casa e de não ter ganhado nenhum presente de Natal pela primeira vez na vida! Assim passou o melhor Natal de todos, voltou para casa em plena paz de espírito, e foi dormir mais satisfeito do que nunca.
Porém, no meio da noite, como que por um encantamento mais do que especial, ele se levantou e olhou pela janela e pode ver o Papai Noel em pessoa, que lhe chamou e disse: — Parabéns, Augustinho. É por causa de pessoas como você, que outras voltarão a acreditar no sentido do Natal. Jesus nasceu essa noite, no coração de muitas delas, e nascerá de novo nos próximos anos. Parabéns, meu pequeno. Feliz Natal!
No dia seguinte, Augustinho teve uma bela surpresa. A mesa estava posta para a Ceia (mesmo sendo sete horas da manhã).
A árvore de Natal, toda enfeitada, estava repleta de presentes, e o mais terno sorriso estampava o rosto de sua mãe, que lhe disse, alegremente:
— Feliz Natal, meu filho! Que Jesus sempre nasça em nossos corações!
E assim termina a história que ouvi… de um ano ‘’quase’’ sem Natal.
Não que seja meu costume ouvir conversas alheias, mas estando eu sozinha em uma viagem para Sorocaba, e como via as horas se sucederem sem nenhuma novidade na estrada, não teve como não prestar atenção no que falavam no assento ao lado. Diziam que foi um fato verdadeiro, eu tenho minhas dúvidas, mas prefiro que os leitores julguem por si. A história ocorreu em uma cidadezinha que fica lá para os lados de Presidente Prudente, na época do Natal. “Mas como é que foram se lembrar de uma coisa dessas, se estamos em agosto?”, pensei. Mas como não quero me prolongar demais, deixe-me começar a história, que era mais ou menos assim, pelo que me lembro:
Como era de costume, todos os anos, Augustinho assinalava no calendário os dias que passavam até chegar o Natal, com um mês de antecedência. Não conseguia conter a euforia porque sua mãe, sendo uma senhora muito amável, todo ano preparava uma surpresa para cada um dos dias que antecedem o Natal. Teve um ano no qual Augustinho ganhou meias coloridas no dia primeiro de dezembro; outra vez ele ganhou um passeio no fim da tarde do dia dez de dezembro. Eram pequenos detalhes, pequenas celebrações, mas como, para o menino, era a época mais esperada do ano, sentia-se o mais sortudo do mundo.
Porém, é aqui que a história fica melhor, olha só o tamanho do mistério! Naquele ano nada acontecia, os dias corriam, e nada. A mãe não dava sinal de se lembrar em que época do ano estavam, muito menos, parecia lembrar que era dezembro. Nem lembrancinha, nem presente, nada para surpreender Augustinho ao amanhecer. Nada!
Então, triste como nunca, o menino se questionou sobre o que teria acontecido com sua mamãe: -” não, isso deve ser parte da surpresa!’’, só conseguia pensar nessa hipótese.
Entretanto, ao ver chegar o dia vinte e quatro de dezembro e nada dos preparativos para a Ceia, o menino viu suas expectativas irem por água abaixo; ficou arrasado, amuado num canto, nem comer queria. A mãe, zelosa como era, ficou preocupada e foi perguntar o que havia de errado com ele. E então, o menino se encheu de esperança e perguntou pelo Natal, pelos presentes, até pelo Papai Noel. A mãe olhou-o com um sorriso imenso no rosto e questionou se essa história de Natal era uma fábula que estavam ensinando na escola. O menino não disfarçou a decepção que trazia no semblante: -” Como assim, ela não sabe o que é Natal? -pensou.
E não sabia mesmo, ninguém na cidade sabia. Naquele ano não haveria Natal. Estava tudo perdido, sem Natal, sem festa, sem presentes. Todos tinham perdido, inclusive, a memória dos Natais passados.
Ao perceber a gravidade da situação, Augustinho foi para seu quarto e começou a chorar escondido de tudo e de todos, mas um chamado vindo da janela o despertou de suas angústias. Quando olhou para fora, não acreditava no que seus olhos viam! Papai Noel, de trenó e tudo, flutuava no espaço mínimo entre a janela e a varanda. Com seu ar simpático e bonachão, era impossível não ser reconhecido… era o velho amigo de outros anos, apesar de que, no momento, Augustinho nem se dava conta de que nunca o vira pessoalmente antes. Ele existia!!
Com uma voz de quem promete e cumpre, o velhinho se aproximou da janela e, pedindo atenção, explicou ao menino qual era a situação: — Olha, Augustinho, precisamos fazer alguma coisa, quero sua ajuda, está bem? Os adultos estão acabando com o Natal, a maioria já se esqueceu do menino Jesus. Veja, tenho um plano...”
E Papai Noel, que não é bobo nem nada, explicou tintim por tintim o que o menino precisava fazer. E não é que ele entendeu direitinho!? Augustinho avisou a mãe que tinha uma missão muito importante, e saiu correndo pelas ruas da cidade para cumpri-la.
Lá se foi o Augustinho, que rumou para a praça da cidade, local onde costumava dormir uma multidão de mendigos. O menino foi pedir algo aos voluntários que distribuíam a sopa ao meio-dia. No outro dia, no dia do Natal, todos na rua se admiraram ao ver o menino pedindo doações aos vizinhos; arrecadando todo tipo de alimentos, tinha de tudo um pouco, naquilo que a bondade da população pode fornecer. E mais além: agasalhos, cobertores, brinquedos…
Depois de arranjar o que precisava, lá estava o Augustinho com os voluntários, servindo uma verdadeira Ceia de Natal aos moradores de rua, nem se importava de não ter tido uma ceia em casa e de não ter ganhado nenhum presente de Natal pela primeira vez na vida! Assim passou o melhor Natal de todos, voltou para casa em plena paz de espírito, e foi dormir mais satisfeito do que nunca.
Porém, no meio da noite, como que por um encantamento mais do que especial, ele se levantou e olhou pela janela e pode ver o Papai Noel em pessoa, que lhe chamou e disse: — Parabéns, Augustinho. É por causa de pessoas como você, que outras voltarão a acreditar no sentido do Natal. Jesus nasceu essa noite, no coração de muitas delas, e nascerá de novo nos próximos anos. Parabéns, meu pequeno. Feliz Natal!
No dia seguinte, Augustinho teve uma bela surpresa. A mesa estava posta para a Ceia (mesmo sendo sete horas da manhã).
A árvore de Natal, toda enfeitada, estava repleta de presentes, e o mais terno sorriso estampava o rosto de sua mãe, que lhe disse, alegremente:
— Feliz Natal, meu filho! Que Jesus sempre nasça em nossos corações!
E assim termina a história que ouvi… de um ano ‘’quase’’ sem Natal.
Conto escrito por
Lays Moraes
Tema de abertura
Jingle Bell Rock
Intérprete
Glee
CAL - Comissão de Autores Literários
Tema de abertura
Jingle Bell Rock
Intérprete
Glee
CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Gisela Lopes Peçanha
Paulo Mendes Guerreiro Filho
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado
ProduçãoBruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
Copyright © 2023 - WebTV
www.redewtv.com
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução
Comentários:
0 comentários: