(QUINTA, 28 DE DEZEMBRO DE 2023)
LAST OF US ( Um pequeno ensaio sobre o Cap 3 : A Long Long Time)
Com o fim da maratona OSCAR, pude me debruçar em algumas séries que deixei para trás, e começar a ver e me deliciar com LAST OF US, que apesar de não conhecer o jogo, pequenos Spoilers de filhos e amigos pipocam aqui em casa.
Assisti empolgado os 2 primeiros capítulos e pensei que iria maratoná-lo até o fin. Até que surgiu uma obra PRIMA: o CAPITULO 3 que conta a história de Bill e Frank.
Já não fosse uma das peças mais brilhantes e sensíveis dos últimos tempos da televisão, o roteiro é absurdo. A introdução dos personagens na fala do protagonista é cirúrgica. O flashback de toda história de vida de Bill contada enquanto estava sozinho e depois sua psique desbravada com a chegada de Frank e a transformação de um homem ranzinza e desacreditado para o mundo para quem encontrou o propósito no amor é uma joia narrativa como poucas vezes vistas. Durante o flashback entendemos também a relação dos dois com o protagonista o que tal capítulo não é só uma ramificação da linha principal, como é também uma forma de tornar toda série incorporada, pois a história de Bill e Franck culmina em decisões éticas na jornada de Joel, colocando uma tridimensionalidade absurda na obra.
Destaque para a composição sonora, direta e indireta, a escolha sublime de mostrar o horror quando a violência da cena requer e esconder o mesmo horror quando o momento é de solenidade, e diálogos precisos e gigantes como: "Eu não tinha medo de nada até você chegar".
Termina o capitulo sem perder a principal narrativa dando sinais importantes a uma das personagens que seguem (um momento de frieza que impressiona), colocando em duvida a aparente inocência, deixando com maestria uma pista moral para que possa ser recompensada em capítulos seguintes.
É daqueles capítulos que será obrigatório o estudo em faculdade de cinema e escrita narrativa. Daqueles momentos que valeram a pena estar vivo para assistir.
SUSTO I
SUSTO II
SUSTO III
UMA DÉCADA II
CURTA TEMPORADA II
EVENTO
RITINHA: Por hoje é só meus amores. Beijos de luzzz.
EU QUERIA SURPREENDER OS LEITORES O TEMPO INTEIRO E ISSO FEZ COM QUE EU TIVESSE UMA PANE, diz WANDERSON ALBUQUERQUE
Ele mora em Itabaiana, Sergipe. Começou no MV como leitor de obras em meados de 2010. No ano seguinte, resolveu se aventurar como autor e publicou "Sem Fronteiras" no AGTV, logo em seguida foi para a Clubtv e escreveu "A Escalada". "Budapeste" seria a próxima produção, a sinopse ganhou vida, mas a história foi engavetada, após Wanderson Albuquerque deixar o Mundo Virtual. Uma década depois voltou e os trabalhos ganharam forma e a história avançou. Para Albuquerque a escrita é sua fuga para uma outra realidade. Como se fosse uma terapia. Albuquerque seja bem-vindo ao Diário do Autor.
WANDERSON: Muito obrigado, Gabo! É uma honra estar conversando contigo! GABO: Wanderson como foi a sua chegada aqui no mundo virtual? Quais foram as primeiras impressões? WANDERSON: Foi bem louca, caí de paraquedas, porque eu via os consolidados dos sites e alguns postavam suas histórias. Eu achava aquela época muito doida. GABO: No início você ficou nos bastidores, lendo as produções, quando você decidiu que era o momento de publicar seu primeiro projeto? WANDERSON: Eu passava o dia inteiro lendo histórias. Tinha uma em um site que não me recordo o nome, mas o nome era “Poker Face”, ela teve 385 capítulos, mais de um ano que o autor produzia. Acho que por um bom tempo eu fui o único leitor dele. Nesse mesmo período, eu conheci o AGTV e resolvi entrar em contato com diretor da época e eu fazia uma revista eletrônica, depois acabei migrando para a obra escrita com “Sem Fronteiras”. GABO: Como surgiu a obra "Sem Fronteiras"? Qual foi a inspiração para criar a trama? Você encontrou alguma dificuldade? WANDERSON: Sem Fronteiras é teoricamente baseado em uma experiência pessoal minha. Eu queria escrever o que estava acontecendo comigo naquele momento, então, conheci o Daniel Durães e ele disse que seria ótimo publicar a história, sendo assim, eu entrei no AG e fui publicando a história. GABO: Abordando diversos temas, a pesquisa é fundamental para o autor e a história. Qual foi o tema mais complexo que você já trabalhou? WANDERSON: Com certeza o nazismo. Na medida que eu escrevia Budapeste, meu maior medo era de que a história humanizasse os vilões, então, precisei deixá-los mais sórdidos do que a ideia inicial. GABO: Quando a imaginação flui, o autor vive uma das melhores etapas no desenrolar da história. Durante o desenvolvimento você prefere o silêncio ou coloca uma trilha sonora e a obra vai fluindo?
WANDERSON: Sempre coloco algum álbum para ouvir. Acho que me sinto mais conectado e fora do meu mundo quando resolvo colocar meus fones de ouvidos e começo a escrever.
GABO: O que ocasionou a sua saída do MV por uma década? Você chegou a pensar que poderia não retornar ao MV?
WANDERSON: Eu acabei deixando de lado por conta da escola, mas sempre pensava em voltar a escrever alguma história, criei centenas de sinopses ao longo desses 10 anos, mas nunca concluí o primeiro capítulo de nenhuma. Eu cheguei a desistir, na verdade. Achava até que nem existia mais pessoas que escrevessem web-novelas.
GABO: Depois de 10 anos você voltou. Quais mudanças você percebeu no MV? Prefere o momento atual ou o anterior?
WANDERSON: Todas! Antes o MV era muito competitivo, sempre tinha um barraco para alegrar as noites no msn. Acho que as pessoas de agora elas conseguem ser mais empáticas, antes o ego de muitos autores era absurdo. Prefiro o momento atual por ter mais essa leveza, mas sinto falta de alguns amigos que fiz naquela época.
GABO: No planejamento de uma história, ou tema, você já passou por um bloqueio criativo? Como você enfrentou essa situação?
WANDERSON: Budapeste foi a primeira história que eu tive um bloqueio. Eu queria surpreender os leitores o tempo inteiro e isso fez com que eu tivesse uma pane, mas como eu gosto de escrever, acabo indo escrever alguma outra coisa e isso faz com que as ideias vão surgindo.
GABO: Além de escrever, atualmente você trabalha na direção da Ranable Webs junto com Felipe Vieira e Selma Dumont. No comando da emissora temos Ezel Lemos. Como tem sido essa nova experiência? Quais são as suas atribuições?
WANDERSON: Tem sido muito bacana. Confesso que não sou dos melhores, principalmente porque esse ano finalizei minha graduação, mas temos coisas boas vindo na Ranable em 2024. Eu faço a parte da divulgação das histórias.
GABO: Qual a sua opinião sobre a crítica no mundo virtual? Qual a importância do feedback e como você lida com ele?
WANDERSON: Acho essencial e lido muito bem. Toda crítica construtiva é muito bem-vinda, isso faz com que eu tenha mais vontade ainda de escrever.
GABO: Quem é Wanderson Albuquerque fora do mundo virtual?
WANDERSON: Wanderson é um homem que até hoje não superou o fim da One Direction. Meus amigos costumam dizer que sou o alívio cômico dos rolês, mas ao mesmo tempo, eu sou muito tímido. Prefiro sempre ficar em casa e ficar jogando valorant e apaixonado por Marketing, já que é a área que atuo.
GABO: Agora é a hora do nosso bate-bola jogo rápido. Preparado?
WANDERSON: SIM!
BATE-BOLA:
ESCREVER: Terapêutico.
LER: Essencial
AGTV: Nostalgia
CLUBTV: Pesadelo
RANABLE WEBS: Melhor emissora
SEM FRONTEIRAS: Amor impossível
A ESCALADA: Meu maior pesadelo como autor
BUDAPESTE: Minha queridinha.
MUNDO VIRTUAL: Uma loucura
FRASE: “Não se esqueça de nada. Lembre-se de tudo e supere. Se não superar, sempre será uma criança cuja a alma nunca floresce”
WANDERSON POR WANDERSON: Louco, mas legal.
GABO: Wanderson, fica o espaço para suas considerações finais.
WANDERSON: Quero agradecer pelo espaço, Gabo. Foi muito divertido o bate-papo. Espero que eu tenha oportunidade de voltar mais vezes. Obrigado a todos que acompanharam Budapeste e me apoiaram durante esse ano que voltei para o MV. Em 2024, trago uma nova história e prometo trabalhar duro para que ela seja um sucesso.
OBRIGADO!
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