VOZ DE JOSH – Anteriormente em New Stages...
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PROFESSOR – (olhando para a caderneta) E a primeira dupla sorteada é formada pelos alunos Joshua Parker e... (olhando para a classe) Ryan Jordan. Estão presentes? Close em Josh, que engole seco ao ouvir que seu parceiro de dupla será Ryan. Austin olha para o namorado e percebe que ele está incomodado com a ideia.
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JOSH – Austin, você não está com ciúmes por eu ser o parceiro do Ryan, né?
AUSTIN – Claro que não, Josh, eu só quero ter a certeza de que você está bem quanto a isso. Porque pela a sua reação, parece que você não esqueceu o Ryan ainda...
JOSH – Eu esqueci, Austin. Eu só estou dizendo que não vai ser fácil dividir o mesmo espaço com uma pessoa que me machucou muito...
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SUZIE – Você tem uma filha e precisa se responsabilizar por ela. Eu tenho certeza que o Ryan vai compreender. Sem falar que meus pais me deixaram uma generosa herança, o suficiente para continuar mantendo eu e meu filho vivos. (sorri) E também estou tendo uma ideia aqui...
KURT – Posso saber que ideia?
SUZIE – Por enquanto, não... Mas o que eu posso adiantar é que eu não quero mais ficar parada. Não quero continuar gastando o dinheiro dos meus pais sabendo que posso manter a minha família com o meu próprio esforço. (sorri) Talvez uma nova vida esteja começando pra gente, Kurt...
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KURT – ...A Liz foi o melhor presente que você me deu nos últimos tempos. Quero dizer, eu estou passando por um período bastante complicado na minha vida e isso tem a ver com bebidas alcoólicas...
KIRSTEN – O que eu espero que você conte logo para a Liz...
KURT – Eu pretendo, eu só não quero que ela descubra tão cedo que o pai dela é, na verdade, um alcoólatra de marca maior que está tentando se libertar do vício. Eu quero me familiarizar com ela antes e ter certeza de que posso confiar nela. (sorri) Mas como eu estava dizendo, a Liz foi o que de melhor aconteceu neste período tortuoso.
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CENA 01. CASA DE SUZIE. QUARTO DE SUZIE. INT. DIA.
A imagem abre no quarto de Suzie. A câmera explora o lugar até chegar à cama onde a mulher está deitada. Os primeiros raios de sol da manhã começam a invadir o quarto através da janela. Suzie desperta com a claridade. Ela se vira para o lado e percebe que Eric não está mais dormindo. De repente, a porta se abre.
ERIC –
(entrando com uma bandeja de café da manhã nas mãos) Até que enfim a
bela adormecida acordou...
SUZIE – (se sentando na cama) Posso saber o que é isso? Que eu
saiba o meu aniversário ainda está longe. Você não tem motivos para me
mimar.
ERIC – Eu tenho todos os motivos do mundo para mimar você. E não
importa qual dia seja. Todos são especiais quanto estou ao seu lado.
(sorri e coloca a bandeja de café da manhã na cama) Preparei tudo pra
você.
SUZIE – Obrigada, meu amor. É ótimo começar o dia recebendo tanto
carinho, mas... (passa a mão na cama) Agora sente-se aqui, eu estou
pensando em algo e preciso da sua opinião.
ERIC – (se senta na cama) Claro. Diga o que é.
SUZIE – Agora que o
Kurt descobriu que tem uma filha, ele me pediu para suspender a pensão
do Ryan durante algum tempo. Então, eu estava pensando que talvez essa
seja a hora de eu começar a pensar no futuro.
ERIC – Como assim no
futuro?
SUZIE – Desde que eu
me casei com o Kurt, eu nunca trabalhei. Ele sempre foi um homem
machista e achava que era o único que tinha que por dinheiro dentro de
casa. Casou-se comigo com a promessa de que nunca deixaria me faltar
nada... Nesse meio tempo, meus pais acabaram falecendo e deixaram uma
generosa herança pra mim. Nunca precisei me preocupar com dinheiro,
porque tinha a herança dos meus pais e a pensão do Ryan... Mas agora
que estou sem ela, ando pensando...
ERIC – “E se esse
dinheiro acabar?”
SUZIE – Exatamente.
Tudo bem que a quantia é alta e vai demorar um pouco para acabar, mas
por que ficar fazendo uso dela se posso ter o meu próprio dinheiro? Eu
sou uma mulher jovem ainda, posso correr atrás de um trabalho, posso me
auto sustentar...
ERIC – Mas você sabe
que não precisa disso, né? Eu estou aqui com você...
SUZIE – Eu sei, Eric,
mas não quero ficar dependendo de mais ninguém... Eu quero me sentir
viva, eu quero me sentir ativa. Talvez esse seja o momento certo para
eu
lutar por mim mesma.
ERIC – Bom, se você
está decidida a fazer isso, eu acho que posso te ajudar...
SUZIE – (pegando um
morango na bandeja de café da manhã) Sério? Como?
ERIC – Você me falou
que se formou em história, mas logo se casou com o Kurt e não teve
tempo para desempenhar a profissão. Lá na San Francisco High School,
estão precisando de um professor temporário para a disciplina, pois o
professor fixo deixou o cargo por motivos pessoais. Se você quiser, eu
posso sugerir o seu nome...
SUZIE – Eric, mas eu
nunca trabalhei como professora... Pra ser mais exata, eu nunca
trabalhei na minha vida.
ERIC – Tem uma
primeira vez para tudo. E essa é uma grande chance, Suzie. Se o diretor
da escola gostar do seu trabalho, quem sabe você não acaba se tornando
fixa na San Francisco High School? Eu acho que é uma ótima
oportunidade...
SUZIE – Nossa, faz
tanto tempo que eu estudei história... Será que ainda sou capaz de
lidar com a matéria? Será que sou capaz de lidar com adolescentes?
ERIC – (ri) Se eu
consigo, pode ter certeza que você vai tirar de letra.
SUZIE – Ótimo, acho
que aceito a proposta...
ERIC – Fico feliz em
poder ajudá-la.
SUZIE – Eu que fico
feliz por você ter me confiado essa vaga.
ERIC – Vou conversar
com o diretor, sugerir o seu nome e ainda hoje te dou uma resposta...
SUZIE – Agora, além de
dar aula no mesmo colégio onde você trabalha, também vou poder vigiar
quem são as professoras que dão em cima de você.
ERIC – (ri) Olha que
são muitas...
SUZIE – (ri também)
Mas que homem convencido...
ERIC – Agora tome o
seu café da manhã. Eu não o preparei à toa.
SUZIE – (comendo o
morango que segurava) Você quer me deixar gorda...
ERIC – Quero te
deixar preparada para uma longa rotina como professora da San Francisco
High School... Tenho que confessar a você: não é tarefa fácil.
A câmera se afasta, enquanto os dois continuam conversando e comendo os alimentos da bandeja de café da manhã.
2x13 - ERROS E ACERTOS
CENA 02.
(música: Be Your Everything - Boys Like Girls)
Tomada da cidade
de Los Angeles com imagens dos principais pontos turísticos do local.
Surge a legenda:
CENA 03. LOS
ANGELES. CASA DE KURT. SALA DE ESTAR. INT. DIA.
(Música cessa.)
Elizabeth está
sentada no sofá folheando alguns papeis. Seu pai, Kurt, entra colocando
um casaco.
KURT – O que você
está fazendo?
ELIZABETH – Estou lendo
algumas informações sobre as faculdades locais. Agora que vamos nos
mudar para Los Angeles, mamãe acha que eu devo entrar para a faculdade.
KURT – Eu acho ótimo.
Você não pode ficar muito tempo sem estudar. É uma moça inteligente,
dedicada e merece construir uma carreira profissional bem sucedida.
Aliás, já pensou em qual área deseja seguir?
ELIZABETH – Ainda estou em
dúvida... Mas eu gosto muito de desenhar roupas... Talvez eu faça moda.
O que você acha?
KURT – Se você gosta
desta área, eu acho que você deve segui-la. Olha, tendo uma filha
estudante de moda, vou ter que tomar bastante cuidado com o que visto.
(pausa) Falando nisso, acha que esse terno está elegante para uma
entrevista de emprego?
ELIZABETH – Ah, é verdade!
Hoje é a sua primeira entrevista de emprego. Saiba que eu estarei aqui
torcendo por você, papai. Se Deus quiser, você vai se sair muito bem
nessa entrevista e conseguir o emprego.
KURT – Eu espero que
sim, minha filha. Você tem planos para hoje?
ELIZABETH – Sim, eu e a
mamãe vamos ver a casa que ela está pensando em comprar. Eu achei ótima
a atitude dela em querer se mudar para Los Angeles apenas para não me
afastar de você.
KURT – Sim, sua mãe é
uma mulher muito nobre, Liz... Não é à toa que eu era apaixonado por
ela nos meus tempos de colégio... E, acredite, ela merecia um namorado
melhor naquela época.
ELIZABETH – Não fale
assim, pai...
KURT – Agora preciso
ir. Diga para a sua mãe escolher uma boa casa, não quero ver a minha
filha morando em qualquer lugar. (sorri) E me deseje sorte!
ELIZABETH – Espere. Aonde
você pensa que vai sem a gravata? (a câmera foca Kurt, que está
vestindo o terno sem a gravata) Você não quer perder um emprego por se
vestir incorretamente, né?
KURT – Parece que eu
já estou gostando da ideia de ter uma filha interessada em moda...
(sorri) Você pode ir buscá-la para mim? Está em cima da minha cama, no
meu quarto.
ELIZABETH – (se levantando
do sofá e colocando os papeis sobre ele) Claro, volto num instante.
Liz sai,
apressada. A imagem corta rapidamente para:
CENA 04. LOS
ANGELES. CASA DE KURT. QUARTO DE KURT. INT. DIA.
Liz entra no
quarto e se dirige até a cama do pai. A garota percebe que há alguns
papeis abaixo da gravata que o pai lhe pedira. Então, pega os papeis
junto com a gravata e, curiosa, começa a fazer a leitura.
ELIZABETH – (surpresa com
o que lê) Mas o que é isso?
Close no primeiro
papel com o logotipo de uma clínica de reabilitação e remetido a Kurt.
Liz levanta a cabeça e começa a se lembrar da conversa que teve com
Ryan, em San Francisco, no dia de ação de graças. A imagem corta para o
flashback:
INÍCIO DE EFEITO
FLASHBACK:
RYAN
– Olha, até um tempo atrás eu não queria olhar para cara do meu pai.
Mas depois do que ele fez com você... Ter te aceitado na vida dele e te
assumido como filha... Eu devo confessar que ele mostrou ser uma pessoa
muito humana e que merece o meu reconhecimento... E também tem toda a
história da reabilitação.
ELIZABETH
– Que reabilitação?
RYAN
– Ok... Acho que ele não te falou sobre isso ainda. Então eu prefiro
deixar que ele mesmo te conte.
FIM DE EFEITO
FLASHBACK.
Close na garota,
ainda assustada. Ela segura os papeis com as mãos bastante trêmulas.
ELIZABETH – (para si
mesma) Quer dizer que o meu pai é alcoólatra?
A imagem corta
para:
CENA 05. LOS
ANGELES. CASA DE KURT. SALA DE ESTAR. INT. DIA.
Liz entra na
sala, possessa, ainda segurando os papeis da clínica de reabilitação.
ELIZABETH – (grita) Eu
posso saber até quando você ia me esconder isso?
KURT – (surpreso) Do
que você está falando, minha filha?
ELIZABETH – (mostra os
papeis para Kurt) Desses papeis. E nem me venha dizer que cometeram um
engano ao enviá-los, pois aqui diz o seu nome. Kurt Jordan!
KURT – Querida,
abaixe o tom de voz... Nós precisamos conversar...
ELIZABETH – Ah, agora você
diz que nós precisamos conversar? Quer dizer que se eu não tivesse
flagrado esses papeis, você ia continuar escondendo essa história de
mim?
KURT – Não, Liz, eu
não quero esconder nada de você. Absolutamente nada. Eu só estava
esperando a hora certa pra te dizer que eu estou me tratando de um
vício. Eu queria me sentir preparado primeiro. E também queria te
preparar.
ELIZABETH – Você não
precisava me preparar para isso. Você é o meu pai e eu acabei de te
conhecer. Eu acho que para termos uma relação sincera desde o início,
você deveria ter começado me contando toda a verdade sobre você...
Porque pelo o que parece (balança os papeis), eu não conheço quem você
verdadeiramente é.
KURT – Liz, eu ia te
contar... Tudo. Eu só não queria te assustar. Eu não queria que você
saísse correndo pela primeira porta quando soubesse que eu sou um
alcoólatra em tratamento. Eu queria, antes de qualquer coisa, construir
um relacionamento de confiança entre nós dois.
ELIZABETH – (abaixando o
tom de voz) Ótimo. Nós podemos construir um relacionamento de confiança
entre pai e filha, mas eu preciso que você me abra o jogo sobre tudo...
Sobre o vício, sobre o tratamento, sobre quem você realmente é.
KURT – Claro...
Sente-se aqui no sofá.
ELIZABETH – (caminhando
até o sofá e se sentando) Você não está atrasado para a entrevista de
emprego?
KURT – Não, eu ainda
tenho mais alguns minutinhos... (se sentando também) Bom, eu não queria
que você descobrisse desta forma... Eu ia te contar, mas só quando eu
percebesse que as coisas estivessem caminhando bem entre a gente.
ELIZABETH – E estão,
papai. Eu jamais me afastaria de você por causa de um vício. Pelo
contrário, eu quero estar ao seu lado durante todo o tratamento. Te
ajudando, te apoiando e não deixando que você tenha nenhuma recaída.
KURT – Eu fico feliz
em ouvir isso. (sorri) Pois bem... Durante a minha vida inteira, eu
sempre dependi da bebida para tudo... Se eu conseguia um emprego
satisfatório, eu comemorava com uma garrafa de uísque...
ELIZABETH – E assim foi
sendo até você descobrir que era um dependente de bebidas alcoólicas.
KURT – Não, porque eu
nunca admiti para mim mesmo que eu era um alcoólatra. Foram uma, duas,
três, quatro garrafas até perceber que eu havia acabado com tudo. Com o
meu emprego, com a minha família, com a minha vida. Foi a bebida que me
separou da Suzie e do Ryan, Liz... E é por isso que eu não estava
preparado para te contar sobre o tratamento, entende? Eu não queria me
separar de você também.
ELIZABETH – Mas o
importante é que agora você admitiu para si mesmo que é alcoólatra. O
importante é que você procurou ajuda. Eu estou muito feliz por você ter
tomado essa atitude. E só por você ter corrido atrás dela, já merece o
meu total apoio.
KURT – Que bom, minha
filha, porque tudo o que eu mais quero nessa vida é provar pra mim
mesmo que eu ainda tenho uma segunda chance para ser feliz. E provar
para você que eu posso ser um bom pai.
ELIZABETH – Você está
sendo. (deixa uma lágrima rolar sobre o seu rosto) Muito obrigada por
ter me contado tudo. E desculpa por ter gritado com você, eu só estava
um pouco irritada...
KURT – (limpa o rosto
de Liz) Tudo bem.
(música: L-L-Love - He Is We)
ELIZABETH – (colocando a
gravata no pai) Agora é melhor você ir, antes que chegue atrasado para
a sua primeira entrevista de emprego...
KURT – Bom, nós não
queremos isso.
ELIZABETH – (ri) Não
queremos.
KURT – (com os olhos
marejados) Eu te amo, minha filha...
ELIZABETH – Eu também te
amo, pai...
Os dois sorriem e
se abraçam.
CENA 06.
(A música tocada na cena anterior continua a ser executada nesta.)
Tomada da cidade de San Francisco com imagens dos principais pontos turísticos locais. Surge a seguinte legenda:
CENA 07.
UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. CAMPUS. ALOJAMENTO. CORREDOR DE
DORMITÓRIOS. INT. DIA.
(Música cessa.)
Chelsea está
andando distraída pelo corredor, quando é barrada por Chad.
CHAD – (sorri) Aonde
pensa que vai?
CHELSEA – (irritada)
Chad, o que você está fazendo andando pelo mesmo caminho que o meu?
Será que você não entendeu o que eu te disse na última vez? Eu não
quero mais te ver. (realça) Nunca mais!
CHAD – Chelsea, me
escuta... Eu sei que você ainda está chateada por eu não ter te
contando sobre o meu lance com a Hilary... Mas, poxa... Já faz bastante
tempo que tudo aconteceu. Não é a hora certa para você me dar uma
segunda chance?
CHELSEA – Não, Chad, não
é a hora certa para... (de repente, Chelsea para de falar e pensa por
mais alguns instantes) Pensando bem... (sorri maliciosamente) Talvez
seja a hora certa sim. O que você acha da gente ir ao cinema hoje?
CHAD – Ótimo, era
isso mesmo que eu estava querendo... Sair com você, assistir um filme
ao seu lado, passar um bom tempo conversando, rindo, trocando ideias...
(sorri) Que tal às oito? Posso passar aqui pra te pegar?
CHELSEA – Não, faça o
seguinte... Vá direto para o shopping. A gente se encontra lá!
CHAD – Mas você não
acha muito mais fácil eu vir te pegar?
CHELSEA – (começando a
se irritar) Não, Chad... Eu tenho aulas o dia todo e nem sei se terei
tempo para voltar para o alojamento. Então, saindo da minha última
aula, eu corro para o shopping e a gente pega um filme juntos.
CHAD – (sorri) Ok,
como quiser... Obrigado por esquecer as desavenças passadas e me dar
uma segunda chance, Chelsea. Eu prometo que não vou te decepcionar!
CHELSEA – Assim espero!
(sorri) Agora me dá licença, porque eu não quero chegar atrasada para a
minha primeira aula do dia...
Chad sai do
caminho de Chelsea, permitindo que ela continue a andar. O garoto
sorri, satisfeito. Close em Chelsea.
CHELSEA – (diz para si
mesma) Que pena que você nem faz ideia do que eu estou aprontando para
você, meu caro Chad...
A garota ri
enquanto continua andando para a sua sala de aula.
CENA 08.
UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. CAMPUS. ALOJAMENTO. DORMITÓRIO DE JOSH E
MATT. INT. DIA.
A câmera explora
o local, revelando Josh e Ryan, que estão sentados no chão, apoiando as
costas na cama do primeiro garoto. Josh digita algo no notebook.
JOSH – Bom...
(termina de digitar) Aqui está a ideia do trabalho. (vira a tela para o
garoto) Me diga o que acha... se preciso mudar alguma coisa,
acrescentar... Enfim.
RYAN – (faz uma
leitura rápida) Eu acho que está ótimo. Assim como tudo que você faz.
Close em Josh,
que sorri, bastante sem graça.
RYAN – Eu estava
sentindo falta de momentos como esse, Josh... Pra falar a verdade, eu
estava sentindo muito a sua falta.
JOSH – Ryan, talvez
seja melhor a gente não falar sobre isso. As coisas não terminaram
muito legais entre a gente.
RYAN – Não, longe de
mim querer voltar ao passado. Eu só estou dizendo que sinto saudades de
passar mais tempo ao seu lado. Se você quiser, a gente pode pelo menos
continuar sendo amigos...
JOSH – Claro, vamos
ser amigos. Isso é o mínimo que devemos fazer se quisermos continuar
seguindo com este trabalho.
RYAN – (sorri) Mas e
então... Como anda o seu namoro com o Austin?
JOSH – Sério mesmo
que você quer falar sobre mim e o Austin?
RYAN – Ué, somos
amigos, não somos? E como o seu amigo, eu quero saber se está tudo bem
entre vocês...
JOSH – Sim, está tudo
bem entre mim e o Austin. Ele é um cara bacana, um bom namorado e me
faz feliz. (encara o garoto) Mas e você, está saindo com alguém?
RYAN – (receoso em
dizer) Bom, eu... (mente) Não, não estou saindo com ninguém. Pelo
menos, não nesse momento. Quem sabe mais pra frente...
JOSH – (volta a olhar
para o notebook) Eu acho que você deveria...
RYAN – É complicado
encontrar uma pessoa que valha a pena.
JOSH – (ri) Você teve
a coragem de me namorar, então não deve ser tão complicado assim...
RYAN – (em
pensamento) Mas você era a pessoa que valia totalmente a
pena. (diz em voz alta) É... Vou continuar procurando. (sorri)
JOSH – (olha para o
garoto) Agora me conta essa história de uma irmã de 19 anos aparecer na
sua vida...
RYAN – É uma história
longa... Graças a ela, eu acabei me assumindo para a minha mãe.
JOSH – O que? Você se
assumiu para a sua mãe? Eu achei que não precisasse...
RYAN – (ri) Você está
bem engraçadinho...
JOSH – Bom, mas não
foi só você que se assumiu aqui. Eu também resolvi abrir o jogo para a
minha mãe. Quer dizer, depois que ela me flagrou com o Austin.
RYAN – Não vá me
dizer que ela flagrou você e o Austin fazendo...
JOSH – (interrompe)
Não, Ryan. (faz cara feia) Por favor, não pense nisso ou eu vou acabar
ficando sem graça. Não é nada disso. Minha mãe viu a gente se beijando,
daí você já sabe o resto...
RYAN – E ela aceitou
tudo numa boa?
JOSH – A princípio,
não... Mas parece que agora ela já está se adaptando a ideia. E a sua
mãe?
RYAN – Sim, ela foi
bastante compreensível comigo... A minha mãe nunca foi neurótica em
relação a esses assuntos.
A câmera se
afasta, enquanto Josh e Ryan se desligam totalmente do trabalho e
conversam, riem e se divertem distraidamente, em perfeita química e
sintonia.
CENA 09.
UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. CAMPUS. CORREDOR DAS SALAS DE AULAS. INT.
DIA.
O sinal toca
anunciando o fim de mais uma aula na universidade. Os alunos saem
apressadamente da classe. Entre eles, está Chelsea, que guarda os
livros em sua mochila. Matt corre atrás da garota.
MATT – Chelsea, que
bom que consegui te alcançar...
CHELSEA – Matt, o meu
dia está lotado hoje, então não tenho tempo para conversar...
MATT – Só o dia ou a
noite também? Porque eu estava pensando em te chamar para pegar um
cinema.
CHELSEA – Que pena, não
vai dar, eu... (de repente, Chelsea para de falar e pensa por alguns
instantes) Pensando bem, acho que pode ser uma boa ideia.
MATT – Sim, sem falar
que faz bastante tempo que a gente não conversa e passa um tempo
juntos. (sorri) Posso te pegar às sete?
CHELSEA – (grita) Não!
(abaixa o tom de voz) Quer dizer, não... Vá para o shopping às oito, ok?
MATT – Como assim? Eu
não posso passar no seu dormitório para te pegar?
CHELSEA – Sabe o que é,
Matt... Como eu estava dizendo, o meu dia hoje está cheio. Não vou ter
tempo nem para respirar. Então, saindo da minha última aula, eu corro
para o shopping e te encontro lá. Pode ser?
MATT – (cedendo) Ok.
Então às oito nos encontramos no shopping.
CHELSEA – Isso! (sorri)
Vai ser ótimo passar um tempo com você, Matt... (saindo)
MATT – (para si
mesmo) Eu que o diga... (sorri) Não acredito que Chelsea Harris
finalmente aceitou um convite meu. Parece que as coisas vão começar a
fluir para você, Matt...
Close no garoto,
orgulhoso. Em seguida, em Chelsea.
CHELSEA – (andando com
um sorriso malicioso) Estou prestes a matar dois coelhos em uma
cajadada só... Eu não poderia ser mais esperta!
Close na garota,
também orgulhosa.
CENA 10.
(música: Payphone - Maroon 5 ft. Wiz Khalifa)
Tomada da cidade
de San Francisco. Anoitece.
CENA 11. SHOPPING
CENTER. ÁREA DOS CINEMAS. INT. NOITE.
(A música tocada na cena anterior continua a ser executada nesta.)
Chad chega ao
local e se senta em um banco. Ele olha para os lados, certificando se
Chelsea já está ali, mas sem resultado. O garoto então olha para o
relógio de pulso e percebe que ela está atrasada. Pega o celular e
disca o seu número, mas cai na caixa postal.
CHAD – Bom, enquanto
ela não chega, eu vou indo comprar a pipoca...
O garoto se
levanta do banco e segue em direção ao balcão de vendas da ala de
cinema. Nesse meio tempo, a câmera revela Matt chegando ao lugar. Ele
se senta no mesmo banco onde Chad havia sentado. Em seguida, olha para
os lados a fim de certificar se Chelsea já chegou, mas sem sucesso.
Então, o garoto olha para o relógio de pulso e também percebe que ela
está atrasada. Assim como Chad, tira o celular do bolso e disca o seu
número, mas também cai na caixa postal.
MATT – (se levantando
do banco) É melhor que eu vá comprar a pipoca enquanto ela não chega...
De repente, Matt
se vira para o balcão de vendas e percebe que Chad vem em sua direção
com duas embalagens de pipoca nas mãos.
(Música cessa.)
CHAD – (surpreso) O
que você está fazendo aqui?
MATT – Eu que
pergunto... O que você está fazendo aqui?
CHAD E MATT – (falam juntos)
Eu tenho um encontro com a Chelsea...
CHAD – (percebe que
acabou de dizer o mesmo que Matt) O que? Não! Eu tenho um encontro com
a Chelsea...
MATT – Acho que você
está enganado, porque ela marcou de vir ao cinema comigo hoje pela
manhã. Aqui, nesse mesmo shopping e nesse mesmo horário.
CHAD – Você que está
enganado. Porque eu encontrei a Chelsea hoje no corredor dos
dormitórios e a convidei para vir comigo ao cinema. Aqui, nesse mesmo
shopping e nesse mesmo horário. Você deve estar confundindo...
MATT – (balança a
cabeça negativamente) Essa não!
CHAD – O quê?
MATT – Você não
percebe o que está acontecendo aqui? A Chelsea armou contra nós!
CHAD – Por que ela
faria isso?
MATT – Por todos os
motivos do mundo. Ela quer ficar livre de nós. E pra brincar com a
nossa cara, armou um encontro igual com a gente, no mesmo dia, no mesmo
horário e no mesmo local. Ou tudo parece uma mera coincidência para
você?
CHAD – Droga... E eu
achei que a Chelsea estava interessada em sair comigo. Pelo jeito ela
ainda não esqueceu a história com a Hilary.
MATT – Eu que pensei
que a Chelsea estava começando a ficar afim de mim. Mas parece que
quanto mais eu corro atrás dela, mais ela quer fugir de mim. (irritado)
Cara, o que eu fiz pra merecer isso?
CHAD – (entregando
uma embalagem de pipoca para ele) Parece que fomos vítimas de uma
armadilha de Chelsea Harris. Como podemos ser tão tolos a ponto de cair
na lábia de uma garota?
MATT – (comendo a
pipoca) Bem-vindo à Chelsealândia.
(A música volta a ser tocada, permanecendo na próxima cena panorâmica.)
Os garotos saem
em direção à sala do cinema juntos, enquanto ainda discutem sobre a
Chelsea.
CENA 12.
Tomada da cidade
de San Francisco com imagens dos pontos turísticos locais até chegar à
fachada da San Francisco High School. Amanhece.
CENA 13. SAN
FRANCISCO HIGH SCHOOL. SALA DE AULA. INT. DIA.
(Música cessa.)
A câmera explora
a sala de aula, onde alunos conversam em voz alta, riem, ficam de pé e
rabiscam o quadro negro, ouvem música, etc. De repente, vemos Suzie
chegando, apressada, com a respiração bastante ofegante e jogando a sua
bolsa sobre a mesa. Os alunos param para observá-la.
SUZIE – Ok, este era
para ser o meu suposto primeiro dia de aula na San Francisco High
School, mas não consegui dormir a noite inteira, acabei caindo no sono
faltando uma hora para vir dar aula, perdi a hora, não encontrei o
estacionamento e acabei deixando vocês sozinhos por meia hora, mas...
Eu estou aqui. Prazer, alunos, eu sou Suzie Gregson, a nova professora
de história de vocês.
ALUNO 1 – O nosso antigo
professor não vai voltar?
SUZIE – Bom, pelo o
que eu soube, ele deixou o seu cargo à disposição. Então, pelo resto
deste ano letivo, eu posso ser a professora fixa de vocês. Prometo que
vou fazer um trabalho tão bom quanto o do seu antigo professor.
ALUNO 2 – (ri) Por acaso
você não é a namorada do treinador Eric Smith?
Close em Suzie,
que engole seco.
SUZIE – Bom, a minha
vida pessoal não vem ao caso agora. (muda de assunto) O meu nome foi
sugerido para a direção da escola, eles se interessaram por mim e aqui
estou para lecionar a vocês. Espero que vocês gostem do meu trabalho e
sejam pacientes comigo, porque, digamos, que eu não tenho muita
experiência no ramo...
ALUNO 3 – Se você não é
experiente no ramo, então por que aceitou o cargo?
SUZIE – (embaçarada)
Esta... Esta é uma boa pergunta! Mas eu posso te garantir que eu vou
dar o melhor de mim e tentar ser uma excelente professora.
ALUNO 2 – (ainda
insistindo no que havia dito) Eu tenho quase certeza que você é a
namorada do treinador Eric Smith... Eu vi vocês dois juntos outro dia
aqui na escola.
SUZIE – (para si
mesma) É... Parece que teremos um longo ano por aqui...
A câmera percorre
até o final da sala, onde dois alunos conversam.
ALUNO 4 – Para quem
aturava o mala do Sr. Wilson, vai ser ótimo ter uma mulher no comando
das aulas de história... Né, Mitch?
MITCH – E que mulher,
cara... Muito gostosa. Duvida quanto que até o final deste ano eu
consigo dar uns amassos com ela e encerrar o meu segundo grau com chave
de ouro?
ALUNO 4 – Cara, você só
pode estar brincando... Essa mulher deve ter uns 40 anos.
MITCH – 40 anos? Com
carinha e corpo de 20, olha lá... Sem falar que as mais velhas são as
melhores. Elas são experientes e sabem direitinho como tratar um
homem... (ri)
ALUNO 4 – Você tem
dezoito anos, Mitch.
MITCH – É por isso que
tenho que sair com as mais velhas... Eu ainda sou novo e preciso
aprender muito sobre a vida com elas... (continua rindo)
ALUNO 4 – Você é maluco!
MITCH – Maluco por
mulheres!
Close em Mitch,
que continua analisando Suzie da cabeça aos pés.
CENA 14. CLIPE
MUSICAL.
(música: No Parade - Jordin Sparks)
A música
acompanha as seguintes imagens:
01.
Suzie está dando aula na San Francisco High School. Ela se
sai muito bem no comando da disciplina de história e os alunos se
demonstram bastante interessados em sua aula. Mitch, por sua vez,
continua a encarando. A câmera corta para Suzie indo em direção a Eric.
Os dois se abraçam, muito contentes. De fundo, vemos Mitch, que encara
o abraço do casal.
02.
Kirsten está assinando o contrato da casa que comprou para
morar com a filha. Ela entrega o papel para o negociador, que a
cumprimenta, lhe desejando boa sorte. Liz e Kurt sorriem e os três se
abraçam.
03.
Josh e Ryan apresentam seu trabalho em voz alta para a
classe. Os dois se demonstram muito sintonizados durante a
apresentação, despertando o ciúme de Austin, que os assiste bastante
incomodado.
CENA 15.
UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. CAMPUS. ALOJAMENTO. DORMITÓRIO DE JOSH E
MATT. INT. NOITE.
(Música cessa.)
Josh e Austin
estão sentados na cama comendo sushi. Josh nota que Austin está quieto
e decide descobrir o que está acontecendo.
JOSH – Por acaso o
sushi está ruim?
AUSTIN – (balançando a
cabeça negativamente) Não, o sushi está muito bom...
JOSH – Eu fiz algo
que te desagradou?
AUSTIN – Não, Josh,
você não fez nada... Eu só estou com um pouco de dor de cabeça.
JOSH – Você não está
bravo por causa do trabalho que eu fiz com o Ryan, né Austin? Porque se
tiver, pense que já acabou... Eu e o Ryan não vamos mais nos ver.
AUSTIN – Eu sei que
acabou, Josh... Mas é que... É que vocês pareciam tão entrosados
durante a apresentação. Por um momento, eu pensei como seria se eu te
perdesse para ele.
(música: Feeling Good - Muse)
JOSH – (deixando o
sushi de lado) Não pense bobagem, Austin... E já sei o que vou fazer
para te distrair e esquecer o Ryan...
AUSTIN – (sorri
maliciosamente) O que?
Josh se aproxima
de Austin e se senta no colo dele, de frente para o garoto. Josh começa
a beijá-lo calorosamente e puxa a camisa dele para cima. Austin faz o
mesmo. Os dois sem camisa se deitam na cama, enquanto se beijam não
exclusivamente os lábios, mas todas as outras partes do corpo
acessíveis. Austin, que está por baixo, tira a calça de Josh,
deixando-o de cueca.
Corte descontínuo.
Agora, os garotos
já estão completamente pelados e Austin penetra em Josh, que solta um
gemido ofegante. Os dois começam a prática e, em pouco tempo, estão
completamente suados.
Novamente, um
corte descontínuo.
Austin já está
próximo da ejaculação. Muito envolvido na relação sexual, Josh acaba se
distraindo e saindo da realidade.
AUSTIN – (respirando
ofegante) Está gostando, amor?
JOSH – Sim, Ryan, não
para...
(Música cessa num baque.)
Close em Austin,
que abre os olhos, rapidamente. Josh faz o mesmo, assustado.
AUSTIN – (ainda
respirando ofegante) Você me chamou do quê?
Close em Josh,
sem reação.
A imagem escurece.
AUTOR
André Esteves
ELENCO
Graham Phillips como Josh Parker
Sterling Knight como Ryan Jordan
Jean-Luc Bilodeau como Austin Davis
Victoria Justice como Chelsea Harris
Gregg Sulkin como Matt Brooks
Natasha Henstridge como Suzie Gregson
ATORES CONVIDADOS
Tyler Posey como Chad Fletcher
Nick Roux como Mitch Dasher
Skeet Ulrich como Treinador Eric Smith
Shailene Woodley como Elizabeth Lewis
Live Schreiber como Kurt Jordan
Pequenas aparições que não constam na listagem acima (Alunos
1, 2, 3 e 4) são interpretadas por atores contratados
pela produtora.
TRILHA SONORA
So Small - Carrie Underwood
Be Your Everything - Boys Like Girls
L-L-Love - He Is We
Payphone - Maroon 5 ft. Wiz Khalifa
No Parade - Jordin Sparks
Feeling Good - Muse
PRODUÇÃO
Bruno Olsen
Diogo de Castro
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou
situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
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