MAÇÃ ENVENENADA
Regina Nascimento
ECO DA NATUREZA
Matile Facó
Nas paisagens e paragens,
Dizem no farfalhar dos ventos suaves
Terra A Voz do mundo, mãe
Também, com o som de tantas
Estalam e o chão chia fervendo...
GUARDIÃO DA NATUREZA
Ana Lins
Regina Nascimento
Faz tempo
Gaia pede socorro
Fechamos os olhos
Tapamos os ouvidos
Nem damos atenção
Gaia insiste
Persiste
Não desiste
Respirar, voar, nadar
Sufocamento
Asas quebradas
Guelras incrustadas de óleo
As águas bloqueadas dos rios
Se desvencilham do lixo nos leitos
Dejetos imundos
Emergem do submundo
Enfeiam a paisagem
Distorcem a beleza
O paraíso adoeceu
Maçã envenenada
Eva mordeu
ECO DA NATUREZA
Matile Facó
Eu caminho entre árvores e rio, tão vasto o cenário,
Onde a brisa me acolhe e sussurra um refrão,
Neste mundo onde o verde é meu diário,
Na sinfonia dos bosques, há meu coração.
Os pássaros dançam em seu voo gracioso,
E a terra exala perfumes de um reino ancestral,
No compasso das ondas, o mundo é majestoso,
Na harmonia da vida, um acorde celestial.
Mas vejo o eco de um tempo sombrio,
Onde o homem esquece a sua conexão,
Ignora a dádiva do solo e do rio,
Esquece que é parte dessa imensa canção.
É urgente acordar e preservar este legado,
Antes que o eco se torne um lamento,
Cuidemos do lar, não percamos o trado,
Pois somos parte do ciclo, não um mero apêndice isento.
A cada passo que damos, um legado escrevemos,
No livro da terra, somos coautores do enredo,
Preservemos a vida, nos braços do meio que tecemos,
Pois o eco da natureza é nosso maior segredo.
O QUE DIZ ELA?
GenerosoDir-se-ia
Que em boca fechada não entra mosca
E engasgou
Ao dizer;
Nas paisagens e paragens,
O som das palavras
De mil anjos querubins
E dos deuses e deusas antepassados
Dizem no farfalhar dos ventos suaves
No correr das águas límpidas
De brilhantes tardes nas
Benesses de cada estação da mãe
Terra A Voz do mundo, mãe
Gaia Tão, e por tantas vezes, gentil,
A ela, até a ela, o besta humano
Se faz de surdo,
Também, com o som de tantas
Buzinas a lhe poluir a audição,
Mas eis que os
Furacões retumbam, as geleiras
Estalam e o chão chia fervendo...
Melhor destapar os ouvidos, antes que seja tarde,
E fiquemos então mudos, à força
GUARDIÃO DA NATUREZA
Ana Lins
Na dança do vento e nas águas que fluem,
A natureza entoa o poema da Terra.
Verdes bosques, pulmões que respiram,
Ecos de vida em cada raio de sol que encerra.
Mares vastos, lar de inúmeras criaturas,
Onde corais dançam em balé colorido.
Céu que abraça pássaros em suas alturas,
Um espetáculo divino, por Deus concebido.
No solo, a terra guarda segredos profundos,
Sob seus pés, raízes abraçam com carinho.
Flores desabrocham, em matizes fecundos,
Celebrando a vida, natureza vai seguindo .
Mas, alerta, a natureza adverte com pesar,
Pois a humanidade tece sombras na paisagem.
Poluição e desmatamento, a Terra a chorar,
É tempo de cuidar, restaurar essa viagem.
Somos guardiões, em papel essencial,
Preservar, amar, ser parte da solução.
No poema da Terra, um final especial,
Onde harmonia e respeito florescem em união.
Victor Coimbra
Ao olhar os olhos de minha mãe
Vi um bálsamo de Ilusões
Vi muitas vozes silenciadas
Guardadas, trancadas em si
Lugares únicos e acessados somente por ela
Gritos que deixaram de existir
Mas que desabrochavam em suas plantas
De cores variadas
De espessuras variadas
Ah! Elas davam-se as mãos
Entendiam-se pelos olhares
Uniam-se e compreendiam-se
Sendo uma a confidente da outra
À espera de carinho
Como um tempo passarinho
Sem asas para voar.
ECOSSINFONIA
Yasmin Souza
Na terra mãe, onde o verde é a língua universal,
Dança a floresta em balé silencioso,
Cantam os rios, murmúrios ancestrais,
Ecoando a saga da vida em cada curso.
Nos braços acolhedores da terra fecunda,
Germina a promessa de um amanhã resplandecente,
Onde árvores erguem-se como guardiãs,
Vigias sábias do ciclo que nunca mente.
Sob o céu que abraça o horizonte vasto,
A terra mãe tece sua manta de biodiversidade,
Cada fio, um organismo, parte de um todo,
Entrelaçando destinos com fraternidade.
Oh, mãe Terra, jardim da existência,
Teus pulmões são as florestas, tua pele os oceanos,
Guardiã do equilíbrio, tua voz sussurra ao vento,
Clamando por cuidado, ecoando em todos os cantos.
Que nosso pacto seja de amor e reverência,
Pois na Terra mãe, encontramos nossa morada,
Em cada folha, em cada rio, há uma história,
Um poema escrito pela natureza, nossa fonte sagrada.
Poema escrito por
Regina Nascimento
Matile Facó
Generoso
Ana Lins
Victor Coimbra
Yasmin Souza
CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Gisela Lopes Peçanha
Paulo Mendes Guerreiro Filho
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado
Bruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
Copyright © 2024 - WebTV
www.redewtv.com
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução
Comentários:
0 comentários: