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Antologia Poemas da Terra: 4x02

Antologia Poemas da Terra
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TERRA
Lady Black Raven

Mãe de cachos negros sobre o véu rubro de nossas lágrimas
Alcançaremos o perdão de nosso imperdoável crime contra ti?
Tantas demagogias e diferenças fizeram amigos se converterem em inimigos
Não há religião melhor do que a do amor
Redenção ou punição, minha Mãe?
Pois ferimos inocentes,
Pois ferimos inocentes!

Mãe, cujo leite para alimentarmos tornou-se o mais puro veneno
Alcançaremos o limite da consciência em outra era?
Tantas tecnologias no avanço de nosso próprio apocalipse
Não há mais sinal da Mãe-Terra aqui?
Eu nunca desejei ardentemente o recomeço
Pois ferimos inocentes,
Pois ferimos inocentes!

A Terra é a conexão individual do complexo nervo coletivo
De uma humanidade que em seu nascimento foi escrito o presságio
De que iria moldar-se à nova vida com base em antigos sofrimentos
Onde ergueu-se o pilar da era industrial da filosofia capitalista da mente corrompida
Rumo ao precipício, rumo ao precipício!

BÊNÇÃOS
Lunara

Vi o dia
em azul e verde.
Oceanos, matas, cascatas,
canaviais e campos de girassóis...

- Metamorfose de luz.
Vi pássaros,
bem-te-vis e colibris,
borboletas e jasmins,
cigarras e onças pintadas.

- Natureza em cores.
Vi a noite perfumada,
coroada de estrelas
luzidias.
O brilho sereno da lua.
O manto calmante da brisa.
O aroma espiritual da lavanda.

- Mantras divinos.
Vi minha terra,
meu berço,
meu começo,
recomeços,
meu lar!

ECOS DE SOBREVIVÊNCIA: A URGÊNCIA AMBIENTAL
Aline Bischoff

As temperaturas distópicas são alarmantes,
Acima da média, ardem nossos semblantes.
As secas proliferam, em véus de desalento,
E entrelaçam o solo, num eminente lamento.
 
Os recursos naturais explorados sem freio,
Com uso irrefletido, em ganancioso anseio.
O planeta chora, em sua lenta degradação,
Lamenta dores e clama por uma redenção.
 
A poluição, sombra nefasta que nos acerca,
Os seres vivos ameaça, aprisiona e cerca.
Os habitats despedem-se, a cada estação,
Enquanto espécies expiram, em extinção.
 
A educação, como poderoso farol a guiar,
Poderá, o destino da Terra, transformar.
A governança ambiental é forte alicerce,
Que com a sociedade envolvida, se tece.
 
Restaurar ecossistemas, como num renascer,
Proteger a biodiversidade em vívido florescer.
É fundamental transitar para verde economia,
O que fará a natureza renascer em harmonia.
 
Que ecoe a voz e o ser humano desperte,
E nas teias da mudança, ele se conserte.
Pois, apenas juntos, em um pacto global,
Seremos a esperança, para o futuro vital.

RIQUEZA (IN)FINDA
Patricia de Campos Occhiucci

A natureza se renova
Na cadência da criação
O humano tira a prova
Mesmo com a poluição
Poetiza, também trova
Mas, esquece da razão.

Alimento vem da terra
Ar fresco, respiração
Se o poderio emperra
Até briga de facão
Ambiente se exaspera
Ao notar vã a lição.

Se é infindo o mundo
Há recursos limitados
Um solo fecundo
O porvir, duvidado
O olhar, seja profundo
Para o bem preservado.

Dela, fazemos parte!

DIAS QUENTES
Cruz Delfino

Nesses dias tão quentes
nosso povo, confuso,
não percebe o escuso
interesse silente
de causar um profundo
mal-estar pelo mundo.

Tsunamis, enchentes,
furacões e tornados
- e aqui, deste lado
do país-continente,
Amazônia queimando:
Como ser diferente?

As pessoas parecem
olvidar de onde vêm
e quanto mais elas têm,
mais dos outros se esquecem
- e somente entristecem
quando perdem alguém.

É preciso que a Terra
absorva em seu ventre
uma nova semente
de um amor que não erra
em fazer-se presente
pelo abraço da gente,
ao redor desse verde
em que o homem se perde
se achando potente...

A DIGITAL DE DEUS
Edih Longo

Subi nos ombros do mundo e caminhei como uma criança feliz.
As árvores queimadas, renasceram como Fênix.  
O oxigênio escasso parecia uma nascente d’água. 
Onde está a degradação do planeta que tanto nos causa mágoa? 

Perguntei ao meu ínfimo eu escondido numa carcaça humana.
Ah, a paz que eu sentia estava de campana!
Por que as flores agora se abrem esplêndidas? 
Parecem almas voando em varais estendidos.
Abri minha mente e fiquei alerta. Depois da mente aberta, um clarão me fez completa.

Fiquei ali, admirando aquele quadro em cuja parte baixa, via-se uma assinatura.
Apenas vi ao longe o vulto fugidio de uma criatura.
Abaixei-me com uma lupa para analisar melhor a moldura.
Ali estava uma verdadeira obra de arte.
Ainda procurei pelo artista, não estava em nenhuma parte.

Havia pelo chão caído, algumas sementes
Como se alguém estivesse cuidando de nosso meio ambiente. 
Abaixo, com letra cursiva em luz néon, a autoria: © DEUS! 
[assim mesmo, em copyright]

Na hora tive um insight: Procurei Deus por toda parte
Uma marca dos dedos Seus, brilhavam com uma luz colorida
uma coisa que eu nunca vi em minha vida
era como se ainda visse a imagem do seu dedo.

A emoção que senti, deu-me logo o enredo:
e afirmo, sem qualquer dúvida ou medo 
que a  Natureza é a digital de Deus em relevo
—que devemos cuidar sempre com desvelo— 
[pois, se ao Grande Artista nos é negado ver, cabe só a nós, Nele crer.
E, respeitar a sua grande criação, que é o poder de nos dar a alimentação]. 
Da terra, tiramos tudo: o fruto, a carne, o pão.

A nossa alma assim que essa crença capte
  a Natureza —antigo caos e escuridão—
jamais deixará que algo nos falte.
Tudo isso é o que gostaria que acontecesse…
como seria bom, se o humano merecesse!

Poema escrito por
Lady Black Raven
Lunara
Aline Bischoff
Patricia de Campos Occhiucci
Cruz Delfino
Edih Longo

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Gisela Lopes Peçanha
Paulo Mendes Guerreiro Filho
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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