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Cine Virtual: O Silêncio da Lua aos Olhos das Estrelas

Conto de Mestre Tinga das Gerais
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Sinopse: Por entre a Serra do Cabral e o exuberante verde o Riachão onde o amor verte em dois seres. O ponto de fusão entre eles e as lembranças pelas linhas da estrada de ferro.

O Silêncio da Lua aos Olhos das Estrelas
de Mestre Tinga das Gerais

                                 

   O quinto dia de novembro, chegou numa magia incomparável.

   A passarada em revoada e o sol escondido por entre nuvens deixava o dia cinzento, mas, com presságios de chuva e também de poder sentir a saudade aguçar mais e mais em dois seres.

   Eu em meu trabalho e a inquietude a lapidar a minha alma, deixava-me a ponto de não me concentrar nos afazeres, pois, o desejo de encurtar a distância era tão grande que por momentos, fechava os olhos e imaginava-me na imensidão e em voo em direção ao meu destino, e a cada nuvem que passava me desejava um lindo encontro.

   Ao abrir os olhos me via no mesmo lugar e a saudade vigiando o meu eu. Encerrei meus afazeres e fui ao encontro de mim. Sim. De mim. Pois, faltava um pedaço de mim e aquela parte eu teria que ir ao encontro para que me tornasse um homem por inteiro.

   A cada quilômetro a ânsia ia aumentando e os meus olhos no cerrado furtavam o bailar das árvores, que era embalado pelo vento de eu querer estar perto daquela que eu tanto adoro.

   Ela nos claros montes, também agitada pela ânsia, atenua tudo aquilo nas teclas do telefone em incessantes mensagens a mim, que as devolvia até mesmo faltando letras, ou seja, palavras incompletas. Uma saudade avassaladora atormentando deliciosamente os dois inquietos seres.

   Eu cheguei ao meu destino e logo meu corpo pede descanso por um momento, pois, a cada segundo se aproximava da chegada daquela que em parte castigava aquele que quase em fragmentos, ardia de saudade.

O relógio marcava meia-noite e dali em diante, ela poderia a qualquer momento chegar ao destino almejado e eu no desejo de ver aquela que tanto esperava com muita querência e ansiedade, claro!

   Estas horas foram motivos de alguns chopes, a ponto de uma pergunta de uma das garçonetes:

   - Moço! Você está com um semblante feliz!

Esperas alguém?

    Não hesitei:

   - Sim! A minha noiva!

   Ela saiu sorrindo timidamente como quisesse de dizer:

     - “Que sejam felizes”

   E eis a razão de tudo. O ônibus estacionou e lá ela toda radiante, seus braços se erguem e um abraço tão quente e esperado, é o protagonista da chegada do meu querer.

   O silêncio da lua era um mistério e lá as estrelas serelepes mudando de lugares e feitas vaga-lumes e alumiando o caminho e nossos olhos compenetrados também brilhavam feitas as corredeiras de um rio.

   A chegada à Pousada foi algo de cinema. Ela de mãos dadas à minha e a triunfal subida nas escadas com um tapete azul, alado por quadros de refinados gostos, mármores e jardins internos decorados por aquelas pessoas de fino requinte.

   Ao entrarmos no quarto, o abraço apertado sinalizava uma saudade incessante que movia os dois ávidos namorados, que com um beijo longo selaram aquele encontro maravilhoso aos olhos da Serra do Cabral, que numa noite de espera abrigava também a essência dos campos para batizar aquela apoteose.

   Ela se alimenta com uma surpresa da iguaria que eu escolhi e acompanhando seus movimentos, onde ela se esbaldou da massa com um raro sabor.

   A entrega foi linda! Olhos nos olhos, as mãos atrevidas deslizando pelos corpos seguidos de beijos ardentes, bocas vorazes e as roupas voando e caindo pelo chão, e os corpos nus se chocam e uma sintonia cheia de desejos entrou em cena numa cama aconchegante com lençóis perfumados. Os toques provocando arrepios, a língua nua descobrindo as geografias dos nossos corpos, e os labirintos sendo invadidos pela volúpia. Os gemidos deram tom ao ato e nós na entrega total chegamos ao gozo, olhando um ao outro e um sorriso tímido verte dela que esboçava dizer: 

- “Como é lindo o nosso show, na hora do prazer!”

   Os carinhos seguiram em meio a um silêncio onde somente os dois corações pulsam e se deliciaram daquele momento onde a saudade arredia rendia aos dois amantes.

   Depois do ato, veio o sono que foi causado pela distância e pela ânsia de se encontrarem. Ali naquele ninho a serenidade do desfalecimento e sonhar aos olhos de Deus que velava aquelas duas criaturas sedentas de querer.

   O acordar é motivo de afago e beijos, abraços, e os corpos cedem a mais um ato, onde novamente o prazer embrenha em duas vidas que se comungam com o amor.

   À mesa do café os olhares inocentes e os corpos saciados, nós dois esbaldamos das delícias da D. Marta que caprichosamente preparou tudo com muito carinho.

   O alimentar é tão somente repor energias para o corpo e também para passearem pelas ruas da cidade, por entre aqueles pacatos moradores, que com muita educação e ressabiados devolveram os cumprimentos daquele casal. 

   Contemplando a imponente Serra da Cabral e seus mistérios, nós extasiados diante daquela beleza natural e os nossos olhares se misturam e eu roubando um beijinho, esbaldei naquele sorriso lindo que saíra daquele rosto angelical.

   Saímos para fazermos compras, almoçamos e retornamos ao Hotel e uma pausa para descanso, pois, à noite teria aquele prometido chope nas dependências daquele lugar aconchegante...

    Nós dois nos banhamos e ela se apronta com esmero e toda elegante, cheirosa, charmosa, é vigiada pelos meus olhos que atentamente se encheram de ternura e felicidade ao lado dela: seu anjo. Ela pede auxílio para que eu a ajudasse com os adornos e com um colar maravilhoso ela fica mais linda ainda e numa incontida alegria. É observada por todas as garçonetes pelo seu jeito charmoso de ser.

   O chope foi o cartão de visita, onde em meio a um diálogo aberto, os sorrisos e as palavras se adentraram aos alaridos das pessoas presentes e das crianças que comemoravam o aniversário de uma coleguinha. O jantar foi escolhido por ela que com seu bom gosto pediu “Costelinha ao Molho barbecue” com fritas e nos deliciamos naquele momento ímpar.

   Hora de se recolhermos e ela com o teor do chope dorme de roupas e se esquece da tão pedida lingerie que seria um dos pontos altos da noite e eu no embalo também adormeci, pois, havíamos prometido irmos à missa, e ao acordarmos ficamos sedentos trocando mais carícias e entramos no ato do sexo doce e incontido.

   Vamos rezar? Vamos. Seguimos até à Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Numa aprazível praça e lá os fiéis às suas maneiras se dirigindo para cumprirem o dever cristão, onde eles também o fariam com fé e devoção. Pedidos, mãos dadas, o rito e o pensar que estaria próximo da partida e cada um para o seu recanto.

   E é chegada a hora da tão triste partida. Mas, os corpos saciados e os olhos marejados indicavam que a saudade já imperava naquele casal que ama estar juntos.

   Partir é preciso, é preciso partir e a tristeza da espera pelo ônibus é visível em nossos semblantes, que gostariam de ficar por mais dias naquele lugar de paz e aconchego.

   Ela se despede de mim com um beijo longo e se dirige ao Hotel, pois, ela sairia mais tarde e eu com os olhos furtando seu caminhar, vi antes da esquina, ela me mandar um beijo assoprado por aquela boca linda, a mesma beijada há segundos.

   O coletivo já estava em movimento e eu já em sintomas de saudade, deixei vazar o desejo de não partir... mas...fui levando essa mulher  que muito me faz feliz. Meus olhos nos campos, o sentimento aguçado e a saudade que me moveu por inteiro e ameaça novamente invadir o meu peito.

   Com o desejo aflorado para retornar àquele recanto, por que não janeiro?

   E chega o janeiro chuvoso onde as águas beijam as barrancas com gosto, o sertão em êxtase com a terra molhada e mais uma vez, lá os dois protagonistas de mais um encontro.

   Tudo que é bom se repete e porque não voltar a um lugar aprazível, onde tudo ao redor conspira a favor daqueles que são dominados pela ânsia de estarem sempre juntos.

   Mais uma vez, aos pés da imponente Serra do Cabral, onde aconteceu um dos mais lindos encontros. Desta vez, sem mergulhar profundamente na espera em madrugadas frias, mas, com os olhos no firmamento e ouvindo o barulho da chuva que pelo chão ecoava e deixava o ambiente lindo.

   Eu desta vez, cheguei mais calmo, pois, sabendo que não demoraria a chegar aquela que tanto aguça a minha saudade, ali sentado esperando aquela que carinhosamente a chamo de “meu anjo”.

   Veio-me à mente mais uma de minhas brincadeiras com ela, onde, nós o fazemos muito bem quando em nosso cantinho, e reciprocamente nos tornamos crianças e em momentos adolescentes por entre carinhos e olhares penetrantes.

   E chega o ônibus trazendo aquela que faz dos meus momentos, um porto seguro. Eu no embalo da surpresa resolvi me esconder e uma das garçonetes fazendo parte da trama me avisa da sua descida do ônibus. Eu ligo em seguida dizendo que estaria em outro município, pois, o ônibus havia quebrado e eu chegaria após as 21h.

   Ela olha por todos os lados e à minha procura, não se contém e senta-se no banco da rodoviária. Notei certa tristeza em seu olhar e não me contive e passei à sua frente onde a ignorei olhando para outro lado. Ela silenciou-se e voltei e ao me direcionar a ela meu coração pulsou fortemente e nos abraçamos como se fossemos não mais desgrudar.

   Direcionamos-nos ao hotel e ali mais uma vez foi o cenário de mais um encontro de almas ávidas pela distância. Abraços e beijos, roupas pelo chão, bocas vorazes, mãos atrevidas, suores incontidos e o sal batizando aqueles que não medem esforços para vivenciarem momentos de pura entrega.

   Corpos cansados e olhares intensos, ela em meus braços e a minha mão acariciando a sua fronte, deixei a minha alma penetrar à dela e a dela já moradora da minha, se misturavam e a pergunta:

    - Por quê? Explica-me?

   Eu calado, respondi com os olhos num sinal de mistério e atônito, pois mergulhava num labirinto lindo, cheio de descobertas e magias.

A chuva chega e entra em cena e os alaridos são sufocados pelos pingos no telhado, mas, ali continuava a imperar toda a alegria daquelas pessoas que também se sentiam felizes aos sorrisos e degustação e nós, aos carinhos, éramos observados ao ponto da D. Marta nos apelidar de: “Casal 20” e os nossos sorrisos fartos brotaram para a felicidade de nossas almas.

   Hora de recolhermos e mesmo debaixo de chuva nos dirigimos aos aposentos e ela num olhar que me cativa propôs a uma dança ao som de músicas românticas, onde abraçados e viajando no tempo, nossos corpos bailavam e em instantes foi impossível não iniciar mais uma cena de amor, por entre casquinhas – carinhosamente ditas por nós – que entre beijos e abraços, mergulho profundo e carícias, começamos novamente o ato amor numa cama aconchegante de lençóis alvos e travesseiros como espiões daqueles que invadem um ao outro em sintonia com o querer.

   Depois de todo aquele ato, vem a pedido dela pra que rezássemos para dormirmos e assim os inocentes embriagam em sono profundo, da famosa “conchinha” e grudados, deixando os seres respirar bem suave reger a noite chuvosa e aos dengos dos pingos na janela.

   Ao acordarmos, nossas bocas colaram-se e depois o “bom dia” seguido do recomeço e a volúpia entra em ação, deixando-nos nus e envolvidos num querer sem fim. O banho a dois deixou os nossos corpos serenos e leves e a mesa do café, esperando para atenuar a fome, que os dois corpos exalavam.

   Passear pela cidade estava no roteiro e foi cumprido, onde saímos pelas ruas a contemplar a serra e também as pessoas e até mesmo sondar a sorte na lotérica, mas, a sorte já estava ali entre nós dois, o sentimento de poder sentir o calor do outro. Por entre o almoço e o retorno ao hotel, mais cumprimentos às pessoas e a chegada ao quarto para aquele sono da tarde.

   Ao levantarmos ela:

   - Vamos tomar café na rua?

   - Com pastel?

   - Pode ser.

   E fomos até à padaria e após nos dirigimos à Igreja de Nossa do Carmo e rezamos o terço com fervor, onde somente nós dois na igreja e a rápida chegada do Coroinha que ao nos vir, nos cumprimentou rapidamente e saiu.

   Saímos e curiosamente resolvemos ir pelo outro lado da cidade, onde deparamos com uma linda casa antiga e adentramos às ruas e chegamos a um lindo riacho com suas águas cantantes e uma mata virgem de um verde magnífico.

   O sol indo embora pressa e o verde nas encostas do córrego, imperando e furtando os últimos raios e o cantar da passarada em revoada, já se ajeitando em seus ninhos, outros migrando para outros sonhos e assim nós ali às margens da natureza exuberante, onde os nossos olhares se esbaldavam das belezas incontidas ao nosso redor.

   E lá a imponente Serra do Cabral ostentando seus frutos e mistérios e até em nós, pois, a sintonia do mistério em duas almas, exalava pelos nossos poros.

   A cada passo, mais sentíamos o doce canto das águas nas corredeiras e o alarido das pessoas, e as crianças serelepes correndo pra lá e pra cá, outros jogando bola, e aqueles que deixavam seus sorrisos por entre uma prosa e outra, fazendo dali um paraíso.

   Ao adentrarmos naquele recanto, os olhos do anjo brilharam feitos as estrelas em êxtase. Seu desejo de tocar às águas foi instantâneo e ela:

   - Nossa! - Que lindo! Que maravilha! Vou entrar na água!

- Você pode tirar umas fotos?

   E mais que depressa, seus pés nus mergulham nas águas e num passe de mágica ela entra na água e senta-se em uma pedra e depois se levanta a passear por sobre ela toca à água e falando baixinho como se estivesse dialogando com ela, olha pra mim e:

   - Que maravilha! Que lugar lindo! Vou trazer os meus filhos! Eles vão ficar maravilhados...a Jhuliana então...do jeito que ela gosta de tirar fotos...  

   Nem respondi. Atendi mergulhado em seus desejos e ela se envolvia com a vida na natureza. Tornei-me um paparazzo e ela feito criança vasculhando cada canto daquele paradisíaco recanto. Suas poses em meio aos sorrisos deixava o ambiente mais feliz, pois, o seu jeito menina sapeca voltará e eu feliz acompanhava os seus movimentos e as fotos da tua alma revelando o doce prazer de viver.

   E ela daqui e dali e seus passos firmes direcionaram ao parque, onde, no balanço, o seu corpo viajava ao vento e de olhos fechados ela viajava no tempo. E como um Beija-flor ela se levanta e vai às barras e como uma bailarina deixa seu corpo à mercê daquele momento lindo.

   Eu registrando todos os seus passos e olhares e ela se esbaldando de tudo com seu jeito leve e solto envolta de calmaria e o poder de Deus lhe espargindo as bênçãos. Ela ostenta seu sorriso à frente de uma das espécies de animais da região, sobe na passarela e até parecia que desfilava para uma grife famosa, mas, era mesmo, pois, ela desfilava para a sua grife pessoal, a sua alma que transcende.

   A cada pose, o seu sorriso me embriagava mais e mais e eu na incontida felicidade, sentia seu perfume que me era trazido pelo vento aliado, que assediava as nossas vidas. Ali estava o meu Anjo mergulhado na peraltice de ti mulher e no âmago desta vida que ela sabe tão bem tecer. As sapatilhas em minhas mãos também assistiam a tudo e loucas para agasalharem aqueles pés macios que pisavam na areia tímida que beijava o Riachão.

   A noite já estava na coxia, e a tarde se despindo dos seus figurinos e até as estrelas começavam a ensaiar para brilharem e comemorarem a maravilhosa cena de um anjo em estado de felicidade.

   E começava a dispersão e os visitantes já cheios de alegrias se preparam para deixar aquele cenário e voltarem para o sagrado lar. Cansados mas felizes.

   O Anjo olha pra mim e:

   - Nossa! Quero voltar! Muito lindo! Vou lavar os meus pés e iremos para o hotel.

   Deixar aquele paraíso foi como se tivéssemos dado dez passos para frente e cem para trás, nossos corpos pediam para ficar naquele lindo espaço de conviver.

   Aproximei-me dela, beijei-a sutilmente e disse:

   - Meu Anjo! Ainda voltaremos com tempo!

   Em  silêncio senti seu coração dizendo que sim.

   Na saída do Riachão a última foto, onde ela numa pose magistral, toca à pedra totalmente escrita aos pés da arte de uma lavadeira e sorri timidamente para a lente e para mim.

   Abracei-a e saímos lentamente rumo ao nosso destino e mais uma andança com passos firmes em busca de outra paragem, mas, ali estava a relíquia do tempo, a eterna linha da Estrada de Ferro Central do Brasil, onde o seu ídolo, seu professor, seu tudo, o Seu Sílvio, sim, o Sílvio de D. Maria passará sempre, e ali, tinha também o dedo dele que trabalhou incansavelmente para sustentar a família.

   Pelas duas linhas saímos equilibrando os desejos, lembrando-nos dos tempos idos, nossas mãos atadas, olhos nos trilhos e os trilhos de nós vivermos, caminhos e destinos cruzados num dia de pura magia e prazer em saber que o Anjo nunca mais irá esquecer aquele final de tarde aos pés da Serra do Cabral onde ela navegou em sua criancice e se batizou nas águas do Riachão.

   E veio a hora de maior alegria do meu “anjo”. Ao ver os trilhos da Central do Brasil, notei que incorporou nela o desejo de andar por sobre eles e de mãos dadas o fizemos em meio às lembranças e os nossos equilíbrios deixavam a gente mais crianças ainda, num fim de tarde maravilhoso.

   Chegamos novamente ao hotel e não precisa dizer mais nada. Mais carinhos, entregas, beijos, sorrisos e um delicioso banho, para que logo mais nos deliciássemos de mais uma das iguarias supimpa.

   A noite chega e depois dos momentos lindos a cabeça já deixava armazenar a despedida no domingo e nós dois nos adormecemos e pela manhã ao arrumar as malas, e cada peça de roupa que era colocada na mala, expandia a tristeza do ir e o silêncio rodeava as roupas e os nossos movimentos.

   Chegou a hora da partida e a monotonia ali contida e até mesmo um silêncio mórbido em saber que cada uma iria para seu destino. E chega o ônibus que ela ia viajar. O inevitável beijo e olhares úmidos e ela embarca sob o clima de solidão daquele que a partir daquele momento iria para outra paragem. Meus olhos furtando a saída do ônibus fui até à margem da BR - 135 para acompanhar a ida daquele carro até a curva da rodovia e levar ela de mim e ali selava mais um encontro por entre a sintonia e querer.

   Que venha logo outro encontro para que as teclas do meu computador possam bailar e criar mais uma história de amor entre dois seres ávidos pela liberdade.

   Aquela lua silenciosa disse ao firmamento:

   - Este amor foi feito nas estrelas!

   E as estrelas cintilavam e aspergia o querer nos dois corpos inebriados de amor.

   E assim nós escrevemos em nossas andanças e paragens mais um capítulo deste inabalável querer que transcende e invade o universo e a lua silenciosa batizou por entre destinos e estrelas. A saudade arredia não cessa e a cada segundo eu peço a DEUS que traga ela sempre em minha alma, pois, eu adoro e quero esta mulher que me faz muito feliz!

   Até a próxima paragem…

   Que saudade!

Conto escrito por
Mestre Tinga das Gerais

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima Francisco Caetano Gisela Lopes Peçanha Liah Pego Lígia Diniz Donega Mercia Viana Pedro Panhoca Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO



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