Antologia Sempre ao Meu Lado: 3x05 - WebTV - Compartilhar leitura está em nosso DNA

O que Procura?

HOT 3!

Antologia Sempre ao Meu Lado: 3x05

Conto de Marcelo Gomes Jorge Feres
Compartilhe:

 






Sinopse: O casal Marcelo e Joice se veem envoltos em enigmas que envolvem animais diversos, em especial os cães, e que dizem respeito à morte e a continuação da vida após aquela. Diversos eventos pitorescos perpassam a sua experiência ao morarem no meio rural, nas montanhas do estado do Rio de janeiro.

3x05 - Sobre Cachorros, Cobras e Ratos
de Marcelo Gomes Jorge Feres

                Mas, ora! - foi-nos dito: tende olhos de ver e ouvidos de ouvir! Porém, eis que nada viram; porém, eis que nada ouviram...

                Mas posso, já então agora, dizer de algumas coisas ainda não vistas e ainda não ouvidas e que, com bastantes chances, irão surpreender aqueles que julgaram não haver mais coisas entre os céus e as terras que as nossas vãs filosofias pudessem supor ainda...

                Aquele era um tranquilo início de noite no aprazível Condomínio Serra Dourada. As montanhas da serra fluminense guardam, sim, muitos recantos de sonhos e de esperanças por paraísos terrenos. E bem ali, na montanhosa cidade, tão pacata, de Miguel Pereira, o cachorro Nick, o do Robert e da Dione, descansava deitado em frente à porta da suíte 205, no referido condomínio. Mas eis que, de repente, levantou-se agitado e começou a uivar de um modo desconhecido por todos os ali presentes naquele dia. O Nick uivava como se estivesse mortalmente ferido, uivava como se daquele uivo dependesse a sua própria vida, e uivava como se sentisse dor profunda e estivesse agonizante. E uivou e uivou tanto e tão intensamente que, muitos por ali então, prestaram bastante atenção àqueles uivos que mais pareciam estertores de morte, delirantes e tão marcantes que, parecia realmente, buscavam chegar a desconhecidas profundidades e distantes lonjuras. Então, no dia seguinte, soube-se que, àquela mesma hora, e coincidentemente, o proprietário do sítio ao lado do Condomínio Serra Dourada – o Sítio do Pica-Pau Amarelo – se matara.

                E outro fato curioso, e também digno de nota nesta nossa história que se reveste de interessantes mistérios e de ousadas descobertas – e tendo-se em vista o seu enredo e conteúdo que pretendem construir laços bem mais profundos entre os humanos e os irracionais - é que, o mesmo cachorro, o Nick, havia, e ainda também aqui de modo inédito, latido muito quando, por primeira vez na história do Condomínio Serra Dourada, havia se deparado com uma cobra à porta da suíte do Robert e da Dione, aquela de número 205, e bem dentro do condomínio. E isso se dera justo uma semana após a Dione ter dado à luz a sua primeira e única filha, a Alexia. Ressalte-se, aqui, que tal condomínio era formado por várias casas e por quatro blocos de apartamentos geminados que os moradores condôminos chamavam de suítes.

                Mencione-se, ainda, para os devidos registros, que tais fatos se deram no ano de 1995.

                E já em setembro de 1996, o vizinho de porta do casal Robert e Dione, o Marcelo, mudou-se, da cidade de Miguel Pereira, para uma pequena casa que se localizava às bordas de imensa floresta no município, também fluminense, de Nova Friburgo, e mais precisamente se mudara para o distrito municipal de Rio Bonito de Cima. E ainda que a sua casa era a última das sete casas da Vila da Mata, casas essas que se situavam à direita do caminho de terra que ia da estrada principal do distrito até a mata fechada, em uma distância de cerca de trezentos metros aproximadamente. E o Marcelo foi para lá morar acompanhado de sua companheira, a Joice, que era natural da cidade de Petrópolis, e de seus três cachorros: a Menina, a Rafaela e o Raposo. O Raposo era um vira-latas que fora adotado pelo Marcelo em Miguel Pereira, a Rafaela, uma pastor alemão belga, toda preta e muito linda, e a Menina, que era uma pastor alemão mestiça e, bem, essa era o grande amor da vida do Marcelo, e fora adquirida de uma ninhada nascida no bairro Acampamento, bairro do município de Paty do Alferes, que é um município contíguo ao município de Miguel Pereira.

                E como a casinha para a qual se mudaram estava há muito abandonada e vazia, claro que nos primeiros tempos houve uma multidão de intrusos: aranhas, escorpiões, uma cobra Caninana e demais insetos, por toda a parte, mas nada que a presença dos cães, com o tempo, não fosse aos poucos resolvendo. E, claro, havia as cachoeiras, rios de águas puras e cristalinas e maravilhosas trilhas nas matas e pelas redondezas – tudo maravilhoso, e todo o necessário para o conforto e a satisfação de espíritos aventureiros e predispostos aos esplendorosos paraísos terrenos.

                E Marcelo e Joice pedalavam suas bicicletas, fazendo-se acompanhados pelos três cães, e iam quase que diariamente passear e passar horas agradáveis à beira dos rios, deitados em praias de areias fofas e incrivelmente limpas de vestígios humanos, e com os céus infindos acima e as matas à volta de seus seres mergulhados em transitórios momentos e em bucólicas paisagens, feitos cenários para os dolce far niente daqueles simples e mágicos tempos...

                Um dia, a Joice, que retornava a pé à casa da vila, observou, ao passar diante da casa de número três, a sua vizinha, Simone, agachada diante da porta da frente de sua casa. Procurou enxergar o que ela fazia e se aproximou, curiosa:

                 Bom-dia, Simone!

             – Bom-dia, Joice! Estou aqui colocando panos por debaixo do vão da porta! É para não entrar cobra!

                 Mas, por quê? Por acaso está esperando “visitas”?  E ambas riram, descontraídas.

                 Não! Estou não! Você sabe que estou para dar à luz o meu quarto filho e, aqui na “roça”, todo mundo sabe que mulher amamentando atrai cobra... E Joice lembrou-se de que o Marcelo lhe contara sobre a cobra diante da porta da Dione e do Robert, lá no Serra Dourada, em Miguel Pereira, e que isso se dera quando a Dione amamentava a filha, a Alexia...

                 Sabia, não! É mesmo?

                – Sim! É mesmo! Verdade verdadeira...

              E assim, o tempo passava fácil por ali, na Vila da Mata. Fácil como também passavam os nevoeiros que sempre, em todas as tardes, vinham e iam, e fácil como também vinham e iam as chuvas repetidas, de quase todo dia, e como os bandos de macacos que gritavam e berravam assustadoramente, e como os jogos de “batalha naval” às noites iluminadas por lampiões de querosene e, assim como também aqueles estranhos insetos que pareciam saídos de desenhos animados: vagalumes gigantes que voavam em posição ereta e que com luzes que partiam de suas “barrigas” fosforescentes iluminavam as paredes da pequena sala e que com as luzes que provinham de seus olhos, e que se entrecortavam como faróis de iluminação, eram verdadeiras obras de arte da natureza, natureza que ali era tão viva! E o que dizer daquelas moscas vampiras que, quais as dos desenhos animados televisivos, possuíam tamanho enorme e eram listradas com cores fortes em preto e amarelo e que possuíam ferrões assustadoramente enormes?

                E houve uma vez em que os três cachorros sumiram para dentro da floresta. Ficaram semanas desaparecidos, havendo notícias de que matavam galinhas em uma fazenda a quilômetros da casa do Marcelo. E assim foi que os três voltaram a ser quase selvagens novamente – supondo que os cães já o foram, um dia - animais selvagens em suas origens. E de outra feita, após dias e dias sumidos, eis que apenas a Menina que retornou, cansada, magra e cheia de feridas. E então ela que bebeu muita água e comeu e comeu muito, porém, antes de terminar de comer, eis que ficou imóvel, paralisada como se estivesse em um filme que, de repente, paralisasse a sua cena. Marcelo, primeiro, não acreditou que aquilo estivesse realmente acontecendo, porém, após os instantes de perplexidade, pegou a Menina no colo e levou-a ao carro para irem, imediatamente, a Mury (localidade de Nova Friburgo), ao consultório do casal de veterinários que havia, há muito - desde quando chegara a Friburgo - conhecido.

                 Ela foi atacada, ou atacou um bando de Guaxinins. Saliva de Guaxinim paralisa cachorro.

                E Menina, realmente, foi aos poucos saindo daquela estranha paralisia... e voltou, tudo, à normalidade...

                E, por muitas vezes, o Marcelo que ficava com uma pinça de sobrancelhas retirando, um a um, os espinhos dos porcos-espinho que os três desmemoriados, e que jamais aprendiam, insistiam sempre em querer morder mais  uma vez.

                Mas a Menina, sim, era mesmo especial, ela entendia os pensamentos do Marcelo e bastava ele sussurrar, e na distância em que estivesse dela, ou mesmo apenas pensasse: - Menina, vem! – que ela vinha! Oh! Cachorros leem pensamentos! Ah! Cachorros, um dia, serão gente!

                De certa feita, Marcelo e Joice voltavam de carro do centro de Nova Friburgo para a Vila da Mata quando, no início da estrada de terra, que partia de Mury, se depararam com um casal que caminhava. Marcelo ofereceu-lhes carona e aceitaram. Iam até Galdinópolis para, depois, seguirem ainda a pé para uma comunidade alternativa que ficava ao alto de uma das montanhas da região. Ele, o homem, era do nordeste e ela, que se chamava Maria, era argentina.

                 O que você faz, Maria?

                 Ah! Cuido de uma ôvelhinha...

                 Legal! E tira lã dela?

                 Não! ... uma ôvelhinha...

                 Eu sei! Você já disse!...

                 Cuido de uma ferida na perna dela...

                – Você é veterinária?

                 Não...não... uma ôvelhiiinhaaaa...

                Bem, na verdade, a Maria cuidava de uma velhinha. E conversa vai, conversa vem e a Maria revelou algo que o homem que a acompanhava não aprovou de primeiro: eles eram da comunidade do Santo Daime, Céu da Lua Branca, em Galdinópolis. E a Maria até convidou o novo casal de amigos para visitá-los.

                E foram duas as vezes em que Marcelo e Joice estiveram no Céu da Lua Branca, local cheio de santos e de gente muito magra. Tinha Santo Daime, Santa Maria etc. E foram lá nas duas ocasiões sempre à noite, para as celebrações da comunidade.

                Homens e mulheres separados, dançando ao longo de toda a noite em um galpão de chão marcado para os passos compassados, entrecortando as danças com as filas para a beberagem do líquido verde-escuro, e de gosto bastante amargo. Dançavam a noite toda, com uma energia desconhecida e com visões e percepções realmente mágicas e quase divinas.

                Porém, eis que nenhum paraíso será eterno de sobre a Terra!

        E eis que em um fim de tarde, início da noite daquele dia, o Raposo que, repentinamente, inesperadamente, tornou-se inquieto e estranhamente agitado. E que então, postando-se frente à porta da casa, assumiu uma postura de vigilância aflita e começou a uivar desesperadamente. E uivava como se algo extremamente doloroso lhe corroesse as entranhas. E uivava e uivava. Eram uivos de lamentos e agonias. Algo de tenebroso e assustador, aquilo. E o Marcelo que se lembrou, então, do Nick e de seus uivos às vésperas da morte do vizinho do Sítio do Pica-Pau Amarelo, lá, em Miguel Pereira. E Marcelo anotou a hora em que tal fato se dera: eram quase dezoito horas...

                E, naquela manhã seguinte ao evento do Raposo e de seus uivos lancinantes, manhã cinzenta, o vizinho da segunda casa de baixo, a antepenúltima da vila, o Nazareno, que veio subindo pelo caminho de terra batido em direção à casa da Joice e o Marcelo que, o tendo visto, foram ao seu encontro.

                – Bom-dia, Nazareno!

                – Bom-dia! Mas não trago boas notícias!

                – O que foi?

               – Ontem, por volta das seis horas, o irmão do Clóvis matou ele, seu irmão, a facadas, aqui, no centro de Rio Bonito.

                Sim, deixemos o tempo passar com as suas facilidades de curar feridas. Pois tudo sempre continuará em nossas rotinas e apesar de todos os ocorridos...

                Semanalmente, Marcelo e Joice iam à Nova Friburgo, distante mais de uma hora e meia de carro da vila. E, naqueles anos, do final dos anos noventa, Rio Bonito de Cima não contava ainda com serviços de eletricidade, e então preciso se fazia a compra de botijões de gás para o fogão, para a geladeira – para a geladeira a gás funcionar, um botijão durava exatamente vinte e três dias - e para o chuveiro aquecido a gás. E também que se recarregassem as baterias que serviam para alimentar a pequena televisão, mas de bem pouco uso, entretanto. E foi lá, no centro, na praça central de Nova Friburgo, que Marcelo divisou um índio de pé diante de um imenso pano estendido no chão e sobre o qual estavam dezenas de porções de ervas variadas, e todas à venda e indicadas para isso ou aquilo...

                – Olá! Meu nome é Charrú. Sou indígena, Pataxó. Precisa de algo para aliviar dores ou facilitar as funções do organismo ou da mente?

                – Olá, Charrú! Chamo-me Marcelo. Diga-me, Charrú: por que as pessoas por aqui acreditam que amamentar bebês atrai cobra?

                – Oh! Na cidade não existem cobras! Não as que se arrastam! Mas vou dizer do porquê: é porque a gente da floresta sabe que as cobras são atraídas pelas crias dos animais que mamam...

                – Os mamíferos...

                – Sim! Os que mamam exalam cheiros...

                – Os feromônios...

                – Sim! E então as cobras sabem que este cheiro é o de crias indefesas que podem ser engolidas. As mães, que amamentam suas crias, exalam cheiros, os dos hormônios da amamentação... as mulheres... humanas... também o fazem... viu, agora, a razão singela da mãe natureza...?

                – Oh! Vejo, sim!... E, Charrú, por que os cães uivam tanto quando alguém vai morrer...?

                – Cães veem Espíritos! O que você acha que acontece então...?

                E o Marcelo, desde aquele dia, começou a querer saber o que o Charrú pretendeu  dizer com aquele: “cães veem Espíritos...” e “o que você acha que acontece então?”

                Ah! Sincronicidades, coincidências, tudo o que coincide e coexiste, seriam indicações premeditadas e precisas ou meras casualidades necessárias apenas?

                Mas aconteceu do Marcelo lembrar-se, então, de um livro que chegara às suas mãos inexplicavelmente há muito tempo. Nele, um cientista francês do século dezenove, o Gabriel Delanne, relatava uma série de ocorrências que havia estudado e nas quais diversos cães, que haviam morrido, reapareciam...

                Mas a vida caminhava, às vezes altiva, às vezes cabisbaixa. Às vezes, Joice e Marcelo iam à Cabritinha Vadia, do sueco Ulf, para bater papo, para assistir aos jogos da Copa do mundo (já estamos em 1998), e também para beber algo. E haviam conhecido, também, a Tulic, a ex-esposa sueca do Ulf que garantia que a sua gata, morta, estava sempre lhe reaparecendo, lá em seu sítio.

                – Sabe, Joice, os cães veem Espíritos...

                – Eu sei.

                – Mas aposto que você não sabe que os “uivos da morte” dos cães anunciam realmente a morte de alguém!

                – Tem certeza disso?

                – Sim! O Charrú me deu uma dica nesta semana e eu descobri algo chocante. Ele me disse que os cães aprenderam com os homens a uivar de desespero diante das mortes dos seres humanos. Disse que, ao longo de muitos séculos, os cães que acompanharam os humanos em suas jornadas terrenas, assistiram esses mesmos homens chorando em desesperos extremos de dor em velórios, acompanharam esses homens uivando seus lamentos repetidamente e que, por hábitos tornados instintos inconscientes, por conta das repetições das causas e seus efeitos, em associações, passaram, também, a fazer o mesmo. Ou seja, automatizando-se em elos de uma corrente de causa e efeito, como na sequência: presenças de seres invisíveis, morte e uivos de desesperos. Mas mais ainda, muito mais que só apenas isso: Eu mesmo li, em muitos livros, que toda vez que alguém vai morrer, ou desencarnar, um grupo de Espíritos já desencarnados, chamados socorristas, se faz presente nos ambiente terrenos, fazendo assepsias e antecipando os trabalhos de ajuda nos desligamentos dos Espíritos moribundos de seus respectivos corpos de carne. E os cães, que realmente veem Espíritos, e isso já o li também em número maior ainda de livros, que passaram, pois, a associar essas presenças com desencarnações e mortes, e com velórios e uivos desesperados de lamentos dos humanos. Viu? E os cães apenas nos antecipam esses comportamentos em tudo isso! A natureza não é maravilhosa, Joice? E assim, os Espíritos socorristas surgem e os cães os veem e os pressentem, e até pelas vibrações que emitem de determinados teores que sensibilizam os animais, e então uivam porque sabem que agora os homens o farão também, e que se lamentarão em uivos alucinantes também! Oh! São nossos companheiros, realmente, esses maravilhosos cachorros que tanto amamos, e que com eles tanto aprendemos!

                Oh! O tempo a passar solene! Ah! Esse nosso companheiro de sempre, o cão! Companheiro de travessias, de aventuras e descobertas! Ah! Cachorrinho! Pequenino irmão em nossos presentes paraísos!

                – Charrú! Descobri! Finalmente tudo se explica! Os navios... !

                – Marcelo! Por acaso você esteve “viajando” em visões de um além, ou de um aquém?

                – Não, Charrú, não viajei, não, mas descobri por que os ratos se lançam ao mar, antes dos naufrágios!

                – Mesmo? Fez isso sozinho? Conte-me, pois então!

                – Ora, também os ratos veem e pressentem a presença marcante dos “socorristas”! Como os cachorros, aprenderam, ao longo dos infindáveis tempos, com as repetições dos eventos, com a introjeção de experiências milenares repetidas que se transformam em instintos, e que também são partes e componentes, mesmo, de um saber universal que se estabelece em energias universais, incorporando-se ao todo cósmico. Aprenderam ao passar dos muitos milênios, a associarem vibrações determinadas no éter dos espaços, que percebem, com o naufrágio e a submersão das embarcações e com as suas próprias mortes, então. E como muitos são os que irão morrer nos naufrágios, digo, de seres humanos, imagina quantos socorristas presentes, se cada grupo de três ou quatro deles, desencarnados, é necessário para cada um humano que vai desencarnar? E os ratos, como os cães, sabem que assim, e que agora bem ali então, é jogar-se às águas ou morrer encaixado e submerso na embarcação. Aprenderam, sim, como os cachorros, por tentativas e erros ao longo de séculos e milênios. Assim: surgem as vibrações das presenças dos Espíritos, e que são até também vistos, e sabem os ratos, por instintos de aprendizados milenares de causas e efeitos, aprendizados de milênios, que haverá naufrágio, mortes e mais novos aprendizados, claro!

                Oh! Na vida tudo se aprende, reaprende e fascina! Ah! Olhos de ver, os ouvidos de ouvir e todos os nossos papéis, aqui a cumprir!

                – Charrú! Você, por acaso, tem alguma erva aí para ampliar a percepção e a consciência?

                – Tem Padú! Quer?

                – Ah! Santa Maria! E para dor de barriga, tem alguma erva também?


Conto escrito por
Marcelo Gomes Jorge Feres

CAL - Comissão de Autores Literários

Agnes Izumi Nagashima

Gisela Peçanha

Paulo Mendes Guerreiro Filho

Rossidê Rodrigues Machado

Telma Marya


Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO

""

Copyright 
© 2024 - WebTV
www.redewtv.com
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução



Compartilhe:

Antologia

Antologia Sempre ao Meu Lado

Episódios da Antologia Sempre ao Meu Lado

No Ar

Comentários:

0 comentários: