Sinopse: Em uma pequena casa de madeira, entre campos e montanhas, vivia uma família humilde com três filhos. Embora as datas festivas, especialmente o Natal, passassem despercebidas, eles encontravam verdadeira riqueza no amor cultivado diariamente. Com o tempo, até Papai Noel deixou de ser uma ausência constante.
7x06 - Papai Noel sempre Ausente
de Liah Pego
Em uma pequena casa de madeira, perdida entre campos verdejantes e montanhas majestosas, morava uma família humilde composta por três filhos: Miguel, o mais velho, com seus doze anos, Lucas, o irmão do meio, de dez, e a doce Maria, a caçula, com apenas sete anos. Seus pais, João e Clara, eram pessoas trabalhadoras e amorosas, mas a vida não lhes proporcionava muitas oportunidades.
Os filhos frequentavam a escola local, onde aprendia não apenas as disciplinas pedagógicas, mas também o valor das datas festivas. À medida que os feriados se aproximavam, Miguel, o mais velho, com doze anos, já começava a despertar para a vida adolescente. Ele sentia uma crescente curiosidade, prestando atenção nas conversas dos colegas sobre as datas de festividades e outros assuntos relacionados. Ouvia atentamente seus amigos animados compartilhando histórias sobre os presentes que receberam no Natal, os ovos coloridos de Páscoa e os fogos de artifício do Ano Novo. Quando questionado, fugia do assunto ou do meio Pois, em sua casa, essas celebrações passavam despercebidas.
Certo dia, com os olhos brilhantes de curiosidade, Miguel perguntou aos pais por que eles não comemoravam tais datas. Os pais trocaram olhares compreensivos e, com um suspiro, João começou a contar a história de sua vida. Ele revelou que fora empregado na fazenda distante por muitos anos, onde conheceu a mãe de Miguel, Clara. Ambos se apaixonaram durante uma festa de Natal na fazenda de Clara, mas seus pais não aprovaram o relacionamento. Determinados a ficarem juntos, eles fugiram e começaram uma jornada difícil.
Apesar da saudade dos pais, mantiveram firmes em seus propósito de salvar um ao outro e a família que planejavam construir. Temerosos por suas vidas, optaram por afastar o mais distante possível. Proteger e amar os demais que viriam e concretizar seus sonhos.
Os anos se passaram, e eles finalmente conseguiram comprar um pedaço de terra, onde construíram sua humilde casa. Porém, as dificuldades financeiras ainda eram uma constante em suas vidas, e por isso, as celebrações que pareciam tão simples para os outros eram luxos inalcançáveis para eles. Clara explicou que preferiam ser honestos sobre sua situação com os filhos, em vez de criar ilusões que não poderiam sustentar.
Na manhã seguinte à conversa, Clara encontrou um pequeno bilhete sobre a mesa da cozinha, escrito com uma caligrafia trêmula, erros ortográficos e infantil: "Querida família, passamos dificuldades, até ontem não sabia nada dos meus pais. Hoje percebo que não só lutaram pelo amor deles, mas mantiveram nossa família unida. Isso foi a maior data festiva de todos os tempos para mim e creio para meus irmãos também. Hoje é meu aniversário. Será que posso levar um pouco de bolo para a escola?" Amo todos vocês e até depois da aula.
As lágrimas de Clara caíram enquanto ela lia o bilhete deixado por sua filha. Aquelas palavras eram como uma melodia do coração de Maria, e elas penetraram profundamente na alma da mãe. O fato de Maria estar aprendendo a escrever era uma revelação surpreendente. Clara não pôde deixar de pensar em quanto tempo havia passado desde que ela mesma havia sido deserdada por escolher o amor e a família.
A mãe, sorriu com ternura, emocionada com a doçura de sua filha. Ela se apressou em preparar um bolo simples, mas carregado de amor, e envolveu-o cuidadosamente em um pano. Miguel, observando sua mãe, sentiu um aperto no coração e decidiu que precisava fazer algo especial para a irmã.
Enquanto Lucas e Maria permaneciam na escola, Miguel desapareceu por algumas horas. Quando voltou para casa, trouxe consigo um punhado de flores silvestres que ele colhera nos campos ao redor. Com habilidade, ele as arranjou em um pequeno vaso improvisado e as colocou sobre a mesa ao lado do bolo. Era uma modesta mas sincera demonstração de afeto, um gesto que simbolizava a profunda conexão que compartilhavam. Determinado a demonstrar seu carinho, quis presenteá-la de uma maneira especial.
No final do dia, Maria voltou da escola, radiante de alegria. E quando seus olhos se fixaram no vaso de flores feitas com tanto carinho por Miguel, seu rosto se iluminou ainda mais. Na volta para casa do dia seguinte, compartilhou empolgada como seus colegas haviam gostado do bolo simples, mas delicioso, que sua mãe havia preparado.
Naquela noite, enquanto a família jantava à luz das velas, Miguel olhou para seus pais com um brilho determinado nos olhos. Ele expressou sua gratidão por tudo o que seus pais haviam feito por eles e sua compreensão sobre as dificuldades que enfrentavam. Mas também fez um pedido: que eles começassem a celebrar as datas especiais, não com presentes caros, mas com gestos de amor e união.
No dia seguinte, a família acordou com uma sensação diferente. A energia era de gratidão e conexão. O pequeno espaço da cozinha estava ainda decorado com as flores silvestres que Miguel havia colhido, e os resquícios de bolo, sobre a mesa.
Clara e João trocaram olhares orgulhosos e emocionados, meditando as palavras ditas na noite anterior, vendo a maturidade e a compaixão que haviam florescido em seu filho mais velho. A partir daquele momento, a família começou a comemorar as datas festivas de uma maneira simples, porém cheia de significados. Eles compartilhavam refeições especiais, trocavam cartões feitos à mão e passavam tempo juntos, fortalecendo os laços que os uniam.
Com o passar dos anos, a situação financeira da família melhorou gradualmente, mas a essência da celebração nunca mudou. Eles aprenderam que as datas festivas eram muito mais do que presentes materiais; eram oportunidades para expressar amor, gratidão e conexão uns com os outros.
Maria, uma vez a menina que escreveu um bilhete emocionante, cresceu para se tornar uma mulher forte e inspiradora. Ela continuou sua educação, empregando seu amor pelas palavras para criar histórias que tocassem corações. Seus irmãos também encontraram seus próprios caminhos, mas os laços familiares permaneceram inabaláveis, sustentados pelo amor e as lições que seus pais lhes ensinaram.
No Natal, eles se reuniam ao redor de uma fogueira acesa no quintal, sob o brilho suave da lua e das estrelas, compartilhando histórias e risadas. Trocavam abraços apertados, agradecendo pelas lições aprendidas ao longo dos anos, pelas lutas superadas e pelo amor incondicional que os sustentava. Papai Noel, já não se fazia tão ausente, porém, seus presentes continuavam sendo o afeto, o carinho e amor, que ambos sentiam uns pelos outros.
E assim, naquela casa modesta, entre campos verdejantes e montanhas majestosas, uma família pobre encontrou a verdadeira riqueza nas pequenas alegrias compartilhadas, nas lembranças feitas juntos e no amor regado a cada dia.
Conto escrito por
Liah Pego
Tema de abertura
Jingle Bell Rock
Intérprete
Glee
CAL - Comissão de Autores Literários
Tema de abertura
Jingle Bell Rock
Intérprete
Glee
CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Gisela Lopes Peçanha
Paulo Mendes Guerreiro Filho
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado
Telma Marya
ProduçãoBruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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