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Antologia A Magia do Natal: 7x08

Conto de Nanda Érica
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Sinopse: Quando Alana tinha 12 anos, ela descobriu de que o Papai Noel, assim como outras figuras mágicas de sua infância, não existiam, isso desmoronou seu mundo. Sentindo-se traída e decepcionada, ela vê seus sonhos de uma viagem para a Disney se esvaírem com a realidade financeira de sua família. A véspera de Natal, que prometia ser uma noite cheia de magia, acaba se tornando um momento doloroso e confuso para Alana, quando é confrontada com a dura verdade.

7x08 - Descobri que o Papai Noel não existe
dNanda Érica

Eu tinha 12 anos quando o mundo parou de fazer sentido. Foi nessa idade que descobri que o Papai Noel não existia. E não parou por aí: a Fada do Dente, a Fada Madrinha, até o Bicho-Papão! Sim, aquela criatura assustadora que eu jurava viver no meu armário era apenas uma invenção para me fazer dormir. Inacreditável! Na época, eu me senti profundamente traída. ARGH, jurei nunca mais confiar em ninguém. Era o fim do mundo! Ou pelo menos, parecia ser.

Claro que, com o tempo, isso tudo soa um pouco dramático, né? Tipo, “calma, Alana, você não vai morrer por causa disso”, mas naqueles dias, eu queria reunir todos que me contaram essas mentiras e organizar um tribunal das fábulas. Porém, com o passar do tempo (e algumas boas doses de sobremesa de Natal), percebi que o importante não era se Papai Noel existia ou não. O verdadeiro presente do Natal são as pessoas que estão ao seu lado. E quer saber? Minha família é bem mais legal do que um velhinho de barba que invade casas no meio da noite! 

Mas vamos começar do começo, ou pelo menos, do início dessa história. Eu estava na 7ª série, era uma garota boa e inteligente, e minha família não era rica, nem nada do tipo. Até aquele ano, o Natal era a minha época favorita porque sempre ganhava presentes do Papai Noel. Minha irmã mais velha, Fernanda, sempre implicava comigo e me chamava de infantil, mas eu adorava ser mimada pelo Papai Noel. Me comportava bem o ano todo, mas, de vez em quando, os presentes que meus pais me davam eram mais simples, o que me deixava um pouco triste.

Havia uma coisa engraçada: eu tentava ficar acordada para ver o Papai Noel desde os 9 anos, mas sempre acabava adormecendo. Quando acordava, o presente estava na minha cama ou na mesa de estudos.

Era Início de agosto, faltavam alguns meses para o Natal, quando, durante o café da manhã, perguntei para minha mãe:

— Mãe, quais são as chances de eu ir para a Disney este ano?

Ela me respondeu com um sorriso compreensivo:

— Olha, minha filha, você só tem 12 anos. Até os 18, vou tentar economizar o máximo que pudermos para realizar seu sonho.

— Mas 18 anos, mãe? Eu queria ir ano que vem. Yasmin e Aline vão na viagem juvenil e eu queria ir com elas.

— Eu sei, mas nem tudo o que queremos é possível.

— Mas se o Papai Noel fosse meu pai, ele me daria! — eu disse, sabendo que era uma ideia meio infantil, mas eu era uma criança na época e nem fazia ideia do quanto isso magoava minha mãe.

Levantei emburrada e saí correndo para o meu quarto. Durante aqueles meses, ouvi as crianças planejando a viagem, as roupas e tudo mais. A viagem seria em março do ano seguinte, bem no mês do meu aniversário. Seria um presente duplo. Mas, conforme os dias passavam, meu entusiasmo começava a desaparecer.

A primeira vez que pensei que meus pais me odiavam foi quando descobri que a viagem de agosto para visitar a vovó em São Paulo tinha sido cancelada. A justificativa era que eles precisavam economizar para a formatura da minha irmã.

_Que Droga!!!

A raiva que senti foi gigantesca, mas o que uma criança de 12 anos poderia fazer, né? A chinela voadeira da minha mãe me deixava com medo, e meu pai era na dele: culto, comportado, mas um bom provedor. No entanto, quando se tratava de mim e de presentes, ele não sabia o que fazer. Por isso, o Papai Noel devia ser meu pai!

Uma vez por mês, íamos ao clube recreativo da cidade, mas paramos de ir. Precisávamos economizar, claro! Sempre a mesma história: formatura da Fernanda, faculdade da Fernanda, sempre a mesma coisa. 

No Dia das Crianças, eu ganhei uma bola de vôlei (e eu odeio vôlei) e um pijama do meu pai, mais um para a coleção. Pensava que tinha que sobreviver só até o Natal, o papai Noel realizaria meu sonho e estava esperando ganhar coisas boas. Eu amava o Papai Noel. Escrevi minha carta para ele em junho, logo depois de descobrir que a viagem colegial estava programada. Na carta, eu pedi:

"Querido Papai Noel, eu queria muito ir para a Disney. Minha família não tem condições, mas você poderia me dar esse presente? Se isso acontecer, serei a criança mais feliz do mundo e prometo me comportar o ano todo.

Eu amo minha mãe e meu pai, mas eles não sabem o que eu quero ou que gosto. O Natal é a minha época favorita por causa dos presentes que ganho de você.

Com amor, Alana."

A cartinha desaparecia sempre algum tempo depois, e minha mãe dizia que tinha colocado na caixa postal e que o Papai Noel a recolheria para ir preparando o presente.

Como ele era perfeito e sabia o que todas as crianças queriam. Algumas crianças na minha escola nunca o tinham visto e não ganhavam nada dele. Quando conversei com minha mãe sobre isso, ela me disse que ele só aparece para quem tem sorte e fé.

Agora, uma coisa que eu realmente queria naquele ano? Uma viagem pra Disney. Sim, eu passei as noites planejando o dia em que iria abraçar o Mickey e tirar fotos com a Cinderela. E, obviamente, achei que Papai Noel seria minha melhor aposta para realizar esse sonho, já que, sejamos sinceros, meus pais nunca conseguiriam pagar por isso. Papai era pedreiro e mamãe trabalhava em uma escola pública. Quer dizer, como eles conseguiriam bancar uma viagem que custava uns 8mil dólares? Nem vendendo todos os meus brinquedos de infância daria pra cobrir metade disso.

Eu me comportei direitinho, fiz todas as tarefas da escola, até ajudei a lavar a louça (algo que eu nunca fazia). Tudo pra aumentar minhas chances com o Papai Noel.

Só que aí tinha outro detalhe: minha irmã Fernanda. Ela estava prestes a ir morar fora pra fazer faculdade de jornalismo, e, apesar de ter conseguido uma bolsa de 50%, meus pais ainda precisavam pagar o resto. Eu sabia que o dinheiro estava curto e que, enquanto eles ajudavam a Fernanda, meus planos de visitar o Mickey iam ficando mais distantes.

Cada dia que passava, eu via meu sonho de ir para a Disney se esvaindo como poeira ao vento. As semanas e meses passaram, e a esperança foi murchando, até que eu percebi que, talvez, Papai Noel não fosse tão bom assim em realizar desejos caros. Até que chegou a véspera de Natal.

A casa estava um verdadeiro conto de fadas natalino. As luzes piscavam de forma alegre nas janelas e nos contornos da lareira, enquanto uma enorme árvore de Natal ocupava o canto principal da sala. Minha mãe passava a tarde toda enfeitando a árvore com enfeites brilhantes, e meu pai colocava a estrela dourada no topo com um sorriso satisfeito. As batatas doces, um clássico da nossa ceia, estavam sendo preparadas com um cheiro doce que se espalhava pela casa, misturando-se com o aroma dos pinheiros e da cera das velas.

Meus primos ajudavam a arrumar os presentes embaixo da árvore, colocando-os cuidadosamente em pilhas organizadas. Cada presente estava embalado com papel colorido e fitas brilhantes, e eu passava os olhos de um pacote para o outro, imaginando qual deles poderia ser meu. A mesa da ceia estava repleta de pratos deliciosos, desde o tradicional peru assado até uma variedade de saladas e doces típicos e pudins " Ah, como eu amo pudins!".

A atmosfera era ótima, talvez havia outras razões para eu gostar tanto do Natal além dos presentes

As risadas ecoavam pela casa enquanto todos se preparavam para a grande noite. Eu, com os olhos brilhando de expectativa, ajudava a preparar os últimos detalhes, ansiosa para o momento em que abriríamos os presentes e celebraremos a magia do Natal.

Tudo começou durante uma conversa entre os primos, quando Caio teve a ideia de brincar de “Verdade ou Desafio". Quem não respondesse à verdade ou não aceitasse o desafio teria que beber um copo de refrigerante. A brincadeira estava a mil por hora.

— Verdade que você já deu seu primeiro beijo? — perguntou um primo, olhando para mim com um sorrisinho travesso.

Claro, todos nós tínhamos 12 anos, então ninguém bebeu. A pergunta foi mais uma forma de rir um pouco e deixar o clima leve.

— Verdade que você ama seus irmãos? — perguntou outro primo, e novamente ninguém bebeu. É claro, estávamos todos aqui para nos divertir.

A brincadeira continuou, e a próxima pergunta foi algo que fez minha barriga se revirar de ansiedade:

— Verdade que você acredita no Papai Noel?

Só eu, com a minha cara de quem não tinha ideia do que estava acontecendo, levantei o copo e bebi o refrigerante. Todos me olharam e começaram a rir. Sério, parecia que eu tinha acabado de fazer a maior gafe da história. Fiquei sem graça e sem entender o que estava acontecendo. Naquele momento, a realidade de que minha crença no Papai Noel era um segredo guardado só por mim se tornou um pouco desconfortável.

A sensação de ser o “último a saber” e de estar sendo alvo de risadas foi um balde de água fria na minha noite de Natal. Enquanto os outros continuavam a brincar e a se divertir, eu me sentia mais isolada do que nunca. A ideia de que eu ainda acreditava no Papai Noel parecia tão ridícula para eles que eu quase queria me enfiar embaixo da mesa e desaparecer. 

Naquele instante, as luzes piscando e o cheiro de comida não pareciam tão encantadores.

— Eu acredito, sim! O Papai Noel vem, e ele só aparece para quem tem fé! A magia do Natal é real, e ele é o símbolo do Natal!

Sem esperar mais nada, saí correndo da sala. Enquanto ouvia as risadas.

Depois da brincadeira de “Verdade ou Desafio”, fui para o quarto, onde Fernanda estava sentada à mesa, revisando suas anotações para a faculdade. Eu me aproximei com passos hesitantes, tentando esconder as lágrimas que começavam a se formar. A tensão no ar era palpável, e Fernanda, com seu olhar sério, percebeu imediatamente meu estado.

— Ei, Alana, o que aconteceu? — ela perguntou, fechando o livro e olhando para mim com uma expressão preocupada.

Eu, com a voz embargada, respondi:

— Fernanda, eu... eu ainda acredito no Papai Noel. As pessoas estão rindo de mim e eu não sei o que fazer.

Ela suspirou profundamente, colocando o livro de lado e se levantando. Com um tom suave, mas firme, ela disse:

— Alana, você precisa entender que essas histórias são apenas isso, histórias. Não é saudável se apegar a coisas que não são reais, especialmente quando você está crescendo. Eu sei que isso é difícil, mas faz parte de amadurecer.

Eu a encarei, as lágrimas começando a rolar. Fernanda tentou se aproximar e me abraçar, mas eu recuei um pouco, com o coração pesado. Ela suspirou profundamente:

— Eu te amo, e sei que isso é doloroso. Mas estava na hora de você ver o mundo como ele é. A magia do Natal pode estar em outros lugares, pessoas e situações, como a família reunida, esse clima de união, de desejar bênçãos para o novo que vem, não apenas em um velhinho de barba branca que desce pela chaminé e come bolachas com leite.

Eu balancei a cabeça, tentando absorver suas palavras, enquanto ela me dava um beijo carinhoso na testa antes de se afastar. A realidade estava sendo esfregada na minha cara, nada existia, fadas do dente, nem bicho papão tudo historinhas para crianças.

Com o coração pesado, fui até minha mãe e disse que não queria participar da ceia de Natal. Tranquei-me no meu quarto e fiquei lá, imersa na tristeza. Eu sentia como se todo o mundo tivesse desmoronado ao meu redor

Enquanto a noite avançava, o silêncio do meu quarto foi quebrado por um som suave, não quis abrir os olhos porque pensei que poderia ser minha mãe vindo ver se estava dormindo. Algum tempo depois eu me levantei, curiosa vi um envelope grande e decorado com logos natalinos e escrito “Para Alana”.

Com as mãos tremendo, abri o envelope e encontrei uma autorização e os papéis para a viagem à Disney. Tentei conter o grito de surpresa e alegria. A emoção foi tão intensa que eu me deixei cair no chão, chorando de felicidade. O pensamento de “ Eu sabia que ele existia e era real!” passou pela minha cabeça, mas respirei fundo e corri até o quarto da minha mãe a porta do  guarda roupa estava meio aberto, olhando no espelho meu rosto estava todo amarrotado. Queria dar a boa notícia a todos com aparência melhor, então fui mexer nas coisas dela, para procurar por batons, maquiagem e brincos. Eu os encontrei, mas encontrei algumas fantasias de Papai Noel, fotos do meu pai usando-as, e outras surpresas que me deixaram sem palavras. E, para finalizar, dentro de uma caixinha minhas 8 cartinhas para o papai Noel.

Naquele momento algo aconteceu, lembranças e lembranças dos presentes, a bicicleta, a casinha de boneca, o Kindle, o Iphone 15S, viagem para Niterói, Caldas Novas entre outros destinos, cada presente caro, papai Noel seria milionário? Ou será que outra pessoa tinha me dado, pessoas que me amam de verdade?

Já passava das 23:00 quando desci as escadas, correndo, e fui para sala procurar meus pais. Ouvi um pedaço do que eles estavam falando :

— Será que ela vai gostar do presente?

Minha mãe respondeu:

— Provavelmente sim. Espero que a viagem seja boa para ela, mas precisamos arrumar um pouco mais de dinheiro para que ela possa levar.

Minha irmã tirou os fones de ouvido e disse olhando para os meus pais.

— Eu vou ajudar com mais 2 mil reais que tenho guardado, era para minha formatura, mas tá tudo bem, vou deixar para formar na faculdade.

— Não precisa, Fernanda! Meu pai retrucou.

— Ela é minha irmã e eu a amo! Acho que ela está com raiva porque eu contei que o Papai Noel não existe.

Meu pai completou:

— É por isso que fui ao quarto. Parecia que estava dormindo, mas espero que ela goste do presente, deixei em cima da mesa dela

Eu não consegui segurar as lágrimas e, durante a conversa entendi, que meus pais tinham feito um esforço imenso para manter a magia viva. Ele tinha feito um empréstimo, vendido o carro e até mesmo sacrificado seus próprios desejos, a ida para o clube, desistido da viagem a São Paulo, e eu tinha notado, mas nem tinha me perguntado, e tudo foi para garantir que eu tivesse o Natal dos meus sonhos.

Não consegui me segurar e entrei na sala, segurando as roupas e a passagem na mão. Com um nó na garganta e a voz tremendo, falei:

— Vocês me tiraram para boba, mentiram para mim! E joguei tudo no chão. Eu sentia muita raiva, mas não era raiva deles, e sim deles terem mentido para mim. Nunca que ia querer que meu pai vendesse o carro para eu ir viajar, e naquele momento lembrei das cartas que enviei e de tudo o que eu disse.

Meus pais olharam para mim. Com uma mistura de pena e dúvida meu pai tentou explicar:

— Desculpe, Alana. Não queríamos mentir, mas achávamos que era melhor você aproveitar a infância.

— Mentindo? Me iludindo? — retruquei, com a dor estampada no rosto.

Fernanda entrou na conversa:

— Não é sobre mentir, Alana. Era sobre deixar você ser criança, acreditar na magia enquanto ainda podia. Tudo o que você tem e ganhou nesses natais foi por causa dos nossos pais, que deram o melhor para você, eles se sacrificaram porque família é isso, e Natal é tempo de união.

Enquanto ela falava, minhas lágrimas começaram ainda mais a escorrer pelo meu rosto, misturando-se com as emoções confusas que eu estava sentindo. Naquele momento, percebi que o Papai Noel era, na verdade, meu pai, e que todos os presentes que recebi foram dados por eles. Nenhuma fada ou bicho-papão existia, e o verdadeiro significado do Natal estava na união da família. A magia do Natal era sustentada pelo amor que habitava nosso lar.

Eles estavam realizando meu sonho sem pensar nos problemas, porque me amavam acima de tudo.

Enquanto lágrimas de gratidão e amor corriam pelo meu rosto, compreendi que o verdadeiro presente de Natal era a família e o sacrifício que eles fizeram para me ver feliz, diferente, mas como Jesus fez por todos nós. Por isso, o Natal é tão mágico e bonito as pessoas passam o ano todo para demonstrar afeto e amor pelos entes queridos.

Todos os meus sentimentos foram trocados por sentimentos profundo de gratidão e compreensão. Meu pai se levantou do sofá e foi na minha direção e me abraçou, minha mãe se juntou a nós, com um sorriso emocionado.

— Você é o melhor presente que poderíamos ter, Alana independente de ser Natal ou não — minha mãe disse, com os olhos brilhando de lágrimas. — A verdadeira magia do Natal é estar juntos e apoiar uns aos outros, Natal é apenas a época que renovamos nossos votos.

Fernanda também se aproximou, com um olhar carinhoso. Ela me disse:

— Eu sinto muito por ter sido dura antes. Quero que saiba que o que importa não é só o presente, mas o amor e o esforço que cada um de nós coloca nisso.

Com um sentimento renovado de compreensão, eu me juntei a eles na ceia de Natal, apreciando não apenas a comida deliciosa, e a sobremesa e tudo junto com amor que preenchia a sala. À medida que a noite avançava, a magia do Natal se manifestava de uma forma nova para mim — através do sacrifício e da dedicação dos que eu mais amo.

E em março eu viajaria para Orlando, às custas das pessoas que mais me amavam, e decidi que seria uma boa aluna, boa pessoa pelos meus pais e por mim. Foi duro ter que crescer, mas necessário.

Conto escrito por
Nanda Érica

Tema de abertura
Jingle Bell Rock

Intérprete
Glee

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima Gisela Lopes Peçanha Paulo Mendes Guerreiro Filho Pedro Panhoca Rossidê Rodrigues Machado Telma Marya

Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO



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