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Antologia Contos Contemporâneos da Violência Urbana: 5x13 (Season Finale)

Conto de Vera Coelho
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Sinopse: Uma jovem, marcada pela perda, que observa constantemente a comunidade à beira do abismo. Ela vê-se envolvida em um movimento contra a opressão, onde a esperança é um fio tênue.

5x13 - O Complexo na Esperança Turva (Season Finale)
de Vera Coelho

Não é um conto verídico, apesar de estar baseado em acontecimentos reais e ter-me inspirado numa mulher que perdeu a filha na operação ao Complexo do Alemão. A escrita é uma variedade de português de Portugal. Não aconselho a pessoas sensíveis.

O estampido de tiros atinge os meus ouvidos, desta vez o som é mais alto e seguido, estão mais perto. Os ruídos só dão pausas curtas e tenho noção que só há um prédio entre mim e a ameaça. 

A minha reação e das pessoas em redor pela primeira vez não é a mesma, algumas correm e procuram abrigo, outras encolhem-se e destroem as gargantas com gritos, enquanto eu não tenho qualquer movimento ou sentimento.

Nunca ninguém se conseguirá habituar, eu não sou exceção. Suponho que cada apavorado tem muito a perder para temer a morte, talvez seja só o instinto de defesa a chamar mais alto, esse também eu o destruí.

Passei a minha vida toda neste morro, os poucos dezesseis anos da minha vida estive trancada no centro do caos. O Complexo do Alemão já foi de tudo, já foi um sítio capaz de habitar, mas eu tinha cerca de três anos quando isso aconteceu e a única recordação que tenho dessa idade é do meu pai a morrer às mãos dos mesmos policias militares que prometiam a nossa proteção.

Hoje, não existe sinal da polícia. Se algum dia houve, esse tempo está fora da minha memória. Autoridades que outrora foram tão eficazes, porque resta o vazio sinistro? Usurpam por onde passam, colocando o crachá à frente da integridade.

Volto para casa, o caminho é ocupado por um duro sossego. Os cafés fecharam as portas e não há movimento. Até chegar a casa as pessoas já devem ter voltado ao costume.

A Alzira costuma ficar sentada à sombra do telheiro e a pôr conversa comigo, é claro que o seu alpendre agora está com um ar abandonado. Mas sei que ela está a ver-me de alguma janela e vai dar-me um ralhete por não colocar a minha segurança em primeiro lugar.

A praça é pequena e é raro vê-la tão vazia. Sempre foi um largo simples, alguns baloiços, um escorrega que sempre queimava quando o descíamos sob o sol. Tudo era uma alegria quando mais nova. Ao ganhar idade passou a interessar-me mais por ser o único sítio com verde perto de casa, poder sentir o fresco da relva curta e esconder-me na sombra das árvores enormes que não perdem as folhas. Deixei de ter tempo para isso também.

Passavam a correr crianças, umas atrás das outras e choravam por um gelado. Enquanto mulheres levavam seus filhos com mochilas coloridas às costas. Eu também costumava passar aqui todos os dias, enquanto ainda ia à escola, a minha mãe nunca conseguiu vir buscar-me, o que preocupava mais as outras mães do que a mim, por um tempo.

O caminho continua igual com anos aqui vividos, mas tem sempre mais detalhes para reparar. O muro está pintado apenas pela metade e completamente assinado com grafitis; até estão por cima da publicidade que mais ninguém presta atenção. Há posters de gratidão ou felicidade, passam a mensagem de paz e Deus, mera poluição.

Por muito que ame o meu lugar de origem, se pesquisar “rua” na internet o que me aparece não se relaciona ao que vejo diariamente. Os prédios irregulares, construídos andar a andar, onde o último é sempre aquele por pintar, sem vidros nas janelas ou pilares a substituir paredes. Uma casa com telhado de telhas é algo que nunca vi.

Entro na esquina, já ouço pessoas perto. No recinto pequeno e quase escondido, lá estão eles reunidos outra vez. Tornou-se habitual vê-los ao voltar para casa. Devem ser umas trinta pessoas, com aparências distintas, têm um duro passado que as une. Até hoje não entendo o que fazem lá, não sei se estão de luto ou a ultrapassar traumas. Admiro-os, mas nunca os compreendi.

É estranho porque a maioria por aqui bebe até apagar, e entopem os pulmões de fumo na esperança de que isso também ocupe o vazio que carregam. Todas as músicas dançadas não passavam de fuga, ou eu não sou capaz de ver nada além disso.

Quando dou por mim, estou novamente parada a observá-los da entrada. Alguns já estão abraçados com risos, vozes suaves e meigas, eles estão sempre calmos, mas tudo o que dizem é mais do que parece.

─ Qual é o objetivo de se juntarem e lastimarem a vida, se não estão dispostos a mudar a situação? ─ Ouço a minha voz perguntar mais veloz que o meu pensamento.

Assim que me ouvem, muitas vozes fazem silêncio. Quem geria a turma, uma mulher alta e elegante, roda o tronco para mim com um ar curioso.

─ Bem-vinda. ─ Cumprimenta elevando um sorriso leve que lhe forma covas nas maçãs do rosto ─ Tem algum problema?

─ Tenho. ─ Afirmo, inclinando a cabeça, varrendo os olhos pela roda de pessoas ─ Vejo-vos de semana a semana e a única coisa que muda é o número do grupo a aumentar.

A senhora não pareceu ofendida, com uma expressão compreensiva e interessada virou o corpo na minha direção: ─ O que pretende fazer?

─ O vosso maior problema não é a comunidade? ─ Pergunto após pensar por alguns segundos ─ Vão e lutem pelo que querem.

─ Estás a propor um motim? ─ Escuto apreensão na entoação dela.

─ Não, não. ─ Nego com um sorriso constante com falta de ânimo, balanço a cabeça ─ Já há confusão demais por aqui.

─ Então como quer que tenhamos voz? ─ Pergunta-me, expectante, esperando que eu saiba, assim como os que estão atentos à conversa.

Os meus lábios voltam a curvar-se: ─ Revolução é um direito.

***

Não foi preciso mais de uma semana para ter uma multidão a protestar pelas ruas. O sol fresco mostra o amanhecer, mas são eles a fazer a manhã. Aqueles que iam ao grupo de apoio multiplicaram-se, não sei como são tantos, é irrelevante. 

Eu estou entre eles. Não grito ou protesto, sou apenas a sombra atenta de um sorriso nunca antes experimentado. Tenho o peito completo com algo desconhecido há muito: esperança. Há um fervor a rodear-nos, a veemência conduz todos a pisarem fundo.

Não me envolvi muito na coligação, ou em qualquer outro movimento, mas muito ouvi falar. Cada passo que dão juntos é uma forma de pronúncia. Não conheço ninguém ao meu redor, mas sei pelo que passam, e provo da mesma fé deles.

Os meus olhos não são capazes de se susterem, sinto necessidade de capturar cada momento histórico. Os canteiros são repletos de folhas verdes com flores por florescer. Leio um pôster “Vamos viver pela paz”, sempre esteve lá e só agora o entendi.

Pessoas saem de casa para assistir à magnificência deste acontecimento. Todas as portas e janelas são cercadas por olhares carregados de sorrisos que nos vão seguindo ao passarmos. Duas mulheres sentadas na calçada, cada uma com um bebê ao colo, mostram aos pequenos o que nunca antes observaram. Até um polícial fez questão de sair do seu posto para nos ver, com um ar surpreso.  No meio das cabeças agitadas, encontro a Alzira na sua típica cadeira a apreciar o espetáculo.

O sol já toca o zênite. E eles não desperdiçam o tempo, têm um propósito em comum e hoje recusam-se a ir dormir sabendo que tudo vai continuar a piorar.

Muitos mais se juntaram ao grupo inicial e no meio de tantos, já não reconheço mais ninguém que estava comigo no começo.

Pediram silêncio. Estavam mais pessoas do que os meus olhos acompanhavam e pelos quarteirões houve um sossego que nunca havia presenciado. Foi fascinante como a revolta se tornou calada. As palavras foram sentidas e elevadas, mas o seu sigilo é a transparência da dor. Calaram-nos por muito tempo, porém o silêncio não é mais inocente.

Aquela harmonia fez-me retornar ao presente, ao que estava a acontecer ali, ao belo e único momento, inspirando do ténue ambiente, do mélico sabor de plenitude.

A única coisa a cortar a ausência de vozes foram as palmas altas e contagiantes que deram retorno aos gritos de protesto. A única força ao dispor é a união e usam-na sem piedade. Para olhos de fora parecem pacíficos, no entanto cada grito ou gesto em conjunto é aguçado com uma crítica implícita.

Estou no tumulto limpo. Não identifico mais por onde estamos a ir, mas não sinto como se precisasse de me preocupar, nunca julguei voltar a admirar a segurança. Eu faço parte disto. Eu faço parte de alguma coisa. 

Tinha a ideia que seria algo mais curto, mas o sol já deixa o horizonte com camadas alaranjadas e da minha janela tenho uma visão ampla dos quarteirões ocupados com pessoas apertadas.

Uma idosa chama-me à atenção, tem um sorriso tão real. Ela vai a seu passo seguindo a multidão, aumentando a entoação de sua voz para protestar. O mais certo é ela não chegar a ver alguma alteração por aqui, mas isso não lhe apaga a animação. Está revoltada pelo que viveu, somente luta para que alguém não tenha de passar pelo mesmo.

Os traficantes saem de suas muralhas. Homens armados descem o morro. Não fazem mais do que se alinharem a presenciar a cena. E bastou para aterrorizar uns e enfurecer outros. Julgam que têm controle por aqui, contudo não afrontam além de exibirem os acessórios perigosos.

Nesse instante, uma sirene alta, parece uma campainha sem ser convidativa. Tudo arrefece em questão de segundos. Há uma desorientação sobre a minha pele, cegando-me e circundando-me.

Alguns estão demasiado irritados a ponto de irem contra os contrabandistas de mãos vazias. Os gritos tornam-se duros de ouvir. O heroísmo mata-os.

Pensei que fosse a confusão a varrer as pessoas, até ter espaço para ver as viaturas do outro lado da rua. Homens caírem dos carros para aterrorizarem os demais, todos eles armados e protegidos por coletes, óculos e luvas, nomeados de Militar Bope em cada parte da farda.

A minha cabeça vai demasiado apressada para tentar perceber porque estão a circundar-nos como se fossemos culpados. Não demora muito até o som dos tiros ser seguido e bruto.

A mesma idosa de sorriso encantador, não fica tão bonita apavorada. Ao mesmo que mantenho um olhar arregalado sobre sua expressão, também assisto um agente a agarrá-la sem misericórdia, derrubando-a com pouco. Por entre os empurrões que eu recebia, esforço-me para me aproximar e assegurar-me da sua saúde.

─ Não!! Largue-a! ─ Ouço o berro fugir-me da boca, quando o polícia se baixa para a segurar. Tento furar as pessoas perturbadas e correr na expectativa de ajudar alguém. Antes que consiga chegar perto, o aperto de uma mão firme cobre-me o braço. O meu corpo vira-se assim que sinto o toque, aqui está o instinto que perdi.

─ Vai para casa garota. ─ Pede o polícia que me prende, num tom cuidadoso. Os seus olhos imbuídos de um pedaço da mesma dor que eu sinto.

─ Ninguém tinha feito nada! ─ Acuso-lhe, e o meu desespero transborda em cada gesto meu; nas minhas pálpebras e no meu tremer. Contenho uma urgência para saber como ficou a mulher, mas a única imagem que tenho é da mancha de sangue que deixou no chão.

─ Onde estão os teus responsáveis? ─ Ele pergunta-me com uma voz frustrantemente calma, ignorando todo o facto de tudo ao nosso redor estar no abismo. Ele reforça a pressão sobre o meu braço enquanto me tento afastar.

Quando a sua pergunta entra-me nos ouvidos, deixo-me ficar quieta, voltando os olhos novamente a ele. Só tenho uma responsável, o outro foi morto por um que usava um crachá como o que ele traz.

─ Não fizemos nada de errado. ─ A minha cabeça balança em negação, a todos, a tudo. Não sou mais capaz de desviar os olhos dele. Ele já me largou, mas algo ainda me deixa imóvel.

─ Proteja-se. ─ A sua voz torna-se arrastada e a face dele mostra-me um cru pesar. Ele despe o colete para colocá-lo em mim, sinto o peso da roupa, e do que os bolsos contêm ─ Isto vai ficar feio por aqui, salve-se enquanto pode.

Tarde demais. Atrás dele, tenho a visão de uma criança a cair atingida. O menino franzido deixa a arma maior que ele lhe escapar dos dedos, demasiado novo. A partir do momento que fica no chão ninguém lhe presta atenção ao pisoteá-lo.

─ Eu…─ Não tenho tempo de lhe agradecer ou negar.

Sinto pelo menos dois tiros acertarem-me, seria a minha morte. Ao contrário de mim, não restou tempo ao polícia para levantar a arma uma última vez. As costas dele foram completas de balas, com um leve sorriso pousou os joelhos no alcatrão e lá se deixou ficar.

─ Não, não, não.

As minhas mãos vão aos meus lábios, a minha visão torna-se embaçada, mas é demasiado para ser capaz de chorar. Tudo no meu peito volta a submergir tão fundo num rancor.

O meu corpo não está quieto, cada encontrão desmancha-me. Volto a raciocinar com o impacto de mais um tiro impedido pelo colete, ele voltou a me salvar.

Recuo um passo atrás, distanciando-me do polícia, morto. Com os olhos vidrados no mesmo, à beira das lágrimas. Assim que saí do lugar torna-se fácil dar meia volta e escapar-me por entre o resto das pessoas.

O tempo que as minhas pernas passam uma à frente da outra é cada vez mais curto e o chão embaixo de mim passa com mais velocidade. Não sei onde estou a ir, nem me recordo mais de que lado fica a minha casa.

***

O escuro do lado de fora passa pelas brechas e será o que nos iluminará esta noite, todos julgam que ligar a luz chama atenção. Devia ser o nosso dia de liberdade e estou trancada em casa a ouvir soluços.

A constante sirene não cede, toca há mais de duas horas, já não foi suficiente?

A minha mãe proibiu-me de sair de casa, ela nem imagina que eu vi a confusão de perto. Trago o odor da tragédia, em momento algum tirei o colete, e a minha mãe não fez questão de o perceber. Não sabe que eu sou a culpada de tudo isto.

A minha vida toda culpei a justiça por me ter tirado o pai. No entanto, a mesma deu-me a vida, ele não perguntou se eu merecia ou queria, simplesmente ofereceu-me a chance.

Tento não fazer barulho ao abrir a porta de casa. Quero ver o parque antes de não haver mais nada. Estão muito distraídos dentro do medo e quando derem pela minha falta já não haverá nada que possam fazer. Assim que abro a porta a primeira coisa que me gela é o fio de água que escorre pela estrada, sempre tivemos problemas com o acesso à água. Os próximos dias vão ser secos.

As ruas estão mais agitadas, mas há menos pessoas a circular, e as que o fazem vêm em sentido contrário ao meu, mandando-me voltar a entrar ou pedindo para lhes abrir a porta. 

Os meus olhos estão reféns do fumo a poucos quarteirões que sobe pela noite, é para onde vou. Eu causei isto, podia ter-me mantido no meu caminho. A cada passo, o céu é mais tomado pelo cinzento que se acumula nos meus pulmões. Comecei algo maior que eu, não posso desfazer os meus erros, mas posso estar lá quando terminar.

Um cheiro acre fazia o ar pesar, não muito à frente um automóvel era consumido pelas chamas ficando irreconhecível. Ao lado das chamas está uma mulher a chorar pelo filho perdido, abraçando o cadáver cálido, alguns tentam afastá-la do perigo, eles não percebem que o perigo já a atingiu e arrasou.

Consigo ver a praça em fragmentos, a alegria dos jovens há décadas. A árvore onde eu compartilhei muitos momentos, foi derrubada e os seus ramos lentamente vão aceitando as fagulhas. Quero me afundar nas caixas de água, mas o que elas continham escorre pelo alcatrão.

Uma quantidade absurda de policias circundam o povo e como se havia de esperar isso atraiu os traficantes que não os queriam lá. 

As chamas crepitam nos carros carbonizados, só restando o cheiro a combustível que entorpece os meus pulmões. Pedregulhos e metais pesados tombam com estrondo. Sons quase impercetíveis pelas pessoas em meu redor, eles só sofrem pelos tiros que os ensurdecem.

Não tenho reação ao que vejo, não corro, não grito e não desvio o olhar. Não consigo entender se o cenário está mais destruído do que eu. No entanto é como se estivesse a observar o mundo através de um ecrã turvo, num corpo que não me pertence, só me obedece.

Ao subir a minha cabeça fico com a visão de uma senhora de idade a assistir à cena na janela de um segundo andar, parece-se com a que deixei para trás. Ela tinha lindas rugas nos olhos de quem muito sorriu, mas agora dá um grito de desespero ao ver a praceta, onde deve ter morado a vida toda, ser derrubada em curtos minutos. Devo estar a alucinar, porque vejo a sua cabeça a cobrir-se de sangue. Eu sinto muito.

Cada morador tinha os olhos cansados, sabendo que nada ia impedir o caos a este ponto, e sabiam que quem limparia os cacos seriam os habitantes mais inocentes. Todos eles haviam sido abandonados há anos.

Ele disse para me salvar, mas não há como procurar algo que nunca vi. A ruína já nos levou. Até mudar, vai tocar um por um, é inescapável.

Talvez eu tenha vivido para ser a vítima injustiçada que faz as pessoas se para terem uma vida melhor. Ou, talvez eu só diga isso a mim mesma para não me sentir tão arruinada. Talvez tudo tenha sido por os meus olhos estarem encobertos e nunca terem visto que nem tudo estava perdido. Ou, talvez agora que não resta nada além das ruínas eu enfim consiga ver como o antes devia ter bastado.

Os meus olhos são um reflexo do que nos destrói: a falta de esperança. Ninguém vê por trás do escuro. E nas luzes veio a tragédia que levou a fé consigo.

A névoa que me cobre também me fecha no seu sufoco, e a densidade do ar vai acumulando todo o seu peso nos meus pulmões, disto o colete não pode me proteger. E o fumo lentamente vai deixando os meus olhos encharcados, ou isso será dor do que eles presenciam.

Sinto um toque cálido apertar a minha mão, dedos grandes envolvem-na. Sem pressa viro a cara para vê-lo, a sua pele morena e barba mal feita, olhos amorosos e sorriso transparente, toda a sua beleza diante dos meus olhos. Tudo o que me faltou.

─ Morreste cedo, pai.

─ Morri por ti, filha. E tudo foi em vão.


Conto escrito por
Vera Coelho

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima Gisela Peçanha Paulo Mendes Guerreiro Filho Pedro Panhoca Rossidê Rodrigues Machado Telma Marya

Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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